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Marques Cabral / Alexandre Marques Cabral
MARQUES CABRAL, Alexandre. Heidegger e a destruição da ética. Rio de Janeiro: Mauad, 2008.
MARQUES CABRAL, Alexandre. Cartografias do luto. A-deus, Jonas Rezende. Rio de Janeiro: Mauad X, 2018
MARQUES CABRAL, Alexandre. Niilismo e Hierofania: Uma abordagem a partir do confronto entre Nietzsche , Heidegger e a tradição cristã. Heidegger e a polimorfia de Deus. Rio de Janeiro: Mauad X, 2015
MARQUES CABRAL, Alexandre. Heidegger em Bultmann : da destruição fenomenológica à desmitologização teológica. Rio de Janeiro : Via Verita, 2017
Matérias
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Marques Cabral (2014:37-39) – tematização do sagrado na obra de Heidegger
12 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Não menos problemática é a tematização do sagrado na obra de Heidegger. Nas suas Interpretações fenomenológicas de Aristóteles [GA61], escrito de 1923, que antecipa diversos aspectos da analítica existencial de Ser e tempo, Heidegger afirma que “a filosofia é fundamentalmente ateia e compreende o que é”. [GA61:18] Essa afirmação não é aleatória, ela foi dita na primeira parte do texto, intitulada “Quadro da situação hermenêutica”, que delimita a proposta do escrito e caracteriza seu método. (…)
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Marques Cabral (2014:15-17) – niilismo
12 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
A assunção do niilismo como um dos temas centrais das discussões filosóficas no âmbito acadêmico tornou-se talvez hoje lugar-comum. Diversos são os lugares de tematização dessa questão. Colóquios, congressos, livros, revistas especializadas, etc. são dedicados à questão do niilismo e a seus impasses no mundo contemporâneo. No entanto, pelo que tudo indica, o eixo hermenêutico norteador das diversas abordagens do niilismo pode ser denominado de apocalíptico, caso levemos em consideração a (…)
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Marques Cabral (2018:37-41) – o luto
7 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
O que me interessa, contudo, é afirmar com Agostinho que a morte de um amigo mata algo em nós, sem precisar sublimar essa morte por meio da relação com um Deus que não se move.
Admirava-me de que os restantes mortais vivessem, visto que aquele, que eu amava como se não houvera de morrer, tinha morrido e mais me admirava que eu continuasse a viver depois de ele morrer, visto que eu era o outro ele. Bem disse alguém, em relação a um amigo seu, que ele era metade da sua alma. Porque eu (…)
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Marques Cabral (2014:29-32) – morte de Deus e niilismo
12 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
O aforismo acima reproduzido contém os elementos necessários para uma compreensão provisória e funcional do significado da morte de Deus, atendendo aos objetivos e limites impostos por esta introdução. Ele narra uma história fictícia na qual se confrontam um personagem chamado de “homem desvairado” e um grupo de homens localizado em uma praça. O anúncio da morte de Deus não é efetuado por qualquer tipo de prova racional acerca da sua inexistência. Não se trata de um gesto tradicional do (…)
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Marques Cabral (2014:17-21) – estratégias de enfrentamento do niilismo
12 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
[…] duas estratégias muito comuns no enfrentamento atual da experiência do niilismo, a saber, a estratégia nostálgica e a estratégia remoralizadora. Por vezes agindo de modo complementar e outras agindo autonomamente, essas estratégias têm em comum a intenção de corrigir o niilismo através do enfrentamento de seus efeitos. Não é raro escutarmos críticas incisivas ao mundo contemporâneo, não somente a partir de princípios vinculadores antigos, mas sobretudo em prol de sua rememoração, além da (…)
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Marques Cabral (2014:39-41) – a fé é um modo de existência do ser-aí humano
12 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
[…] ainda na primeira fase do seu pensamento, no escrito “Fenomenologia e teologia” [GA9], de 1927, Heidegger relaciona-se positivamente com a teologia cristã, mesmo que ainda preserve as características metodológicas ateias anteriormente citadas. O que importa é sobretudo caracterizar o modo de articulação da relação positiva entre teologia e fenomenologia. Assumindo primeiramente um viés desconstrutivo, em consonância com seu projeto destrutivo já firmado e tematizado em Ser e tempo, [ SZ (…)
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Marques Cabral (2014:268-280) – hierofania
13 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
O homem toma conhecimento do sagrado porque este se manifesta, se mostra como algo absolutamente diferente do profano. A fim de indicarmos o ato de manifestação do sagrado, propusemos o termo hierofania. Este termo é cômodo, pois não implica nenhuma precisão suplementar: exprime apenas o que está implicando no seu conteúdo etimológico, a saber, que algo de sagrado se nos revela. Poder-se-ia dizer que a história das religiões — desde as mais primitivas às mais elaboradas — é constituída por (…)