[KIERKEGAARD, Søren. Tratado do Desespero. Tr. José Xavier de Melo Carneiro. Brasília: Coordenada-Editora de Brasília, 1969, p. 60-62]
É verdade que o imaginário concerne em primeiro lugar à imaginação; mas esta por sua vez afeta o sentimento, o conhecimento, a vontade, de modo que se pode ter um sentimento, um conhecimento, um [60] querer imaginários. A imaginação é geralmente o agente da infinitização, não é uma faculdade como as outras… mas, por assim dizer, é o seu Proteu. O que há de (…)
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Kierkegaard
SØREN AABYE KIERKEGAARD (1813-1855) foi uma "impulsão" a seu pensamento como declara o jovem Heidegger em GA63 .
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
Matérias
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Kierkegaard (TD:60-62) – imaginação
16 de junho de 2021, por Cardoso de Castro -
Kierkegaard (CA:C3) – tempo e angústia
29 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[KIERKEGAARD, Søren. O conceito de angústia. Tr. Álvaro Luiz Montenegro Valls. Petrópolis: Vozes, 2017 (epub)]
português
Afirmou-se constantemente, nos dois capítulos precedentes, que o homem é uma síntese de alma e corpo, que é constituída e sustentada pelo espírito. A angústia era, para usar uma nova expressão que diz o mesmo que já foi dito até aqui e que também aponta para o que vem a seguir, o instante na vida individual.
[…]
O homem era, portanto, uma síntese de alma e corpo, (…) -
Kierkegaard (TD:48-51) – doença mortal do eu
24 de maio de 2023, por Cardoso de Castro[KIERKEGAARD, Soeren. Tratado do Desespero. Introdução e Tradução de José Xavier de Melo Carneiro. Brasília: Coordenada-Editora de Brasília, 1969, p. 48-51]
Esta ideia de “doença mortal” deve ser tomada num sentido especial. Ao pé da letra significa um mal cujo termo, cujo desfecho é a morte, e serve então de sinônimo de uma doença da qual se morre. Mas não é em tal sentido que se pode chamar assim o desespero; pois, para o cristão, a própria morte é uma passagem para a vida. Assim sendo, (…) -
Kierkegaard: LA VIE SECRÈTE DE L’AMOUR COMMENT ON LA RECONNAIT A SES FRUITS
25 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de « Vie et règne de l’amour », Soren Kierkegaard. Trad. Trad. Pierre Villadsen. Aubier, 1947
Luc (VI, 44.,) « Tout arbre se reconnaît aux fruits qu’il porte. Car on ne récolte pas de figues sur les épines ni de raisins dans les haies. »
Si la prétendue sagesse, qui se targue de ne pas se laisser induire en erreur, avait raison d’affirmer que l’on ne doit rien croire de ce qu’on ne peut percevoir avec les yeux du corps, la première chose à laquelle il devrait être interdit dé (…) -
Kierkegaard: PRIÈRE
18 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de « Discours chrétiens », par Søren Kierkegaard. Trad. P.-H. Tisseau. Delachaux & Niestlé, 1952.
PRIÈRE
Père céleste! Au printemps, tout revient dans la nature avec une vigueur et une beauté nouvelles; l’oiseau et le lis n’ont rien perdu depuis l’an passé : puissions-nous, inchangés nous aussi, revenir à l’enseignement de ces maîtres! Mais si, hélas! notre santé a souffert dans le temps écoulé, puissions-nous la recouvrer en nous instruisant de nouveau auprès des lis des (…) -
Kierkegaard (Parábolas) – a carta ilegível
8 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroA que devemos comparar o pathos da solidão de luto?
Se um homem possuísse uma carta que ele sabia, ou acreditava, continha informações sobre o que ele deveria considerar como a felicidade de sua vida, mas a escrita era pálida e fina, quase ilegível — então ele a leria com inquieta ansiedade e com toda a paixão possível, em um momento recebendo um significado, no seguinte outro, dependendo de sua crença de que, tendo distinguido uma palavra com certeza, ele poderia interpretar o resto; mas (…) -
Kierkegaard (TD) – desespero enquanto desespero sobre si
13 de março de 2022, por Cardoso de Castrotradução desde Hong & Hong
Um indivíduo em desespero desespera sobre algo. Assim parece por um momento, mas apenas por um momento; no mesmo momento o verdadeiro desespero ou desespero em sua verdadeira forma se mostra. Ao desesperar sobre algo, ele realmente desesperou sobre ele mesmo, e agora ele quer se livrar dele mesmo. Por exemplo, quando o homem ambicioso cujo slogan é “Ou César ou nada” não chega a ser César, ele desespera com isto. Mas isto também significa outra coisa: (…) -
Kierkegaard (Ou:I) – Eros
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroKIERKEGAARD, Søren. Either/Or Part I. Tr. Howard V. Hong & Edna H. Hong. New Jersey: Princeton University Press, 1987
nossa tradução
Na cultura grega, o sensual era controlado na bela individualidade, ou, para ser mais preciso, não era controlado, pois não era um inimigo a ser subjugado, nem um insurgente perigoso a ser controlado; era liberado para a vida e alegria na bela individualidade. Assim, o sensual não foi colocado como um princípio. O aspecto psíquico que constitui a bela (…) -
Barbuy: Kierkegaard (1) - Desespero
8 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroNotas de uma palestra pronunciada na “Semana de Kierkegaard”, sob os auspícios do Instituto Brasileiro de Filosofia e da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de S. Paulo, publicadas na “Revista Brasileira de Filosofia”, vol. VI, fasc. 1, 1956. BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 181-188
A teoria do desespero em Kierkegaard demonstra que o drama do espírito humano não tem apenas raízes psicológicas, mas radica também no próprio ser (…) -
Kierkegaard (P) – Ou/Ou
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[KIERKEGAARD, Søren. Provocations. Spiritual Writings of Kierkegaard. Ed. Charles E. Moore. Farmington: Plough Publishing House, 2007 (ebook)]
Uma escolha! Sabes, meu ouvinte, como expressar em uma única palavra nada mais magnificente? Dás conta, mesmo se fosses discutir ano sim ano não como poderia mencionar nada mais surpreendente que uma escolha, o que é ter uma escolha! Pois embora seja certamente verdade que a benção suprema é escolher certo, ainda assim a faculdade de escolher ela (…) -
Kierkegaard: Les Soucis des Païens - Le Souci de l’Abondance
9 de dezembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de « Discours chrétiens », par Søren Kierkegaard. Trad. P.-H. Tisseau. Delachaux & Niestlé, 1952.
Ne Vous mettez donc point en souci, disant : Que mangerons-nous? Que boirons-nous? — Car toutes ces choses, ce sont les païens qui les recherchent.
L’oiseau n’a pas ce souci. L’abondance est-elle donc un souci? Peut-être est-ce une simple façon de parler, piquante et badine, que de mettre la pauvreté et l’abondance, si différentes, sur un pied d’égalité comme le fait l’Evangile, (…) -
Kierkegaard (P) – Sob o feitiço das boas intenções
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[KIERKEGAARD, Søren. Provocations. Spiritual Writings of Kierkegaard. Ed. Charles E. Moore. Farmington: Plough Publishing House, 2007 (ebook)]
Há uma parábola nas Escrituras que é raramente considerada apesar de instrutiva e inspiradora: Dois filhos enviados à vinha (Mt 21,28-31). Poderíamos também perguntar de outra maneira: quais destes dois era o filho pródigo? Imagino se não era aquele que disse «Sim», aquele que não somente disse «Sim», as disse, «Irei, senhor», como se para (…) -
Stokes: o "si mesmo" segundo Kierkegaard
29 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroSTOKES, Patrick. The Naked Self. Kierkegaard and Personal Identity. Oxford: Oxford University Press, 2015, p. 13-14
tradução parcial
As articulações de Kierkegaard sobre a individualidade [selfhood] são completamente não substancialistas. De fato, desde o início, o pseudônimo de Kierkegaard, o juiz William, rejeita ativamente a noção de si mesmo como uma substância à qual quaisquer predicados psicológicos poderiam ser atribuídos sem comprometer sua identidade, como se um indivíduo (…) -
Kierkegaard: Les Soucis des Païens - Le Souci de la Pauvreté
18 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de « Discours chrétiens », par Søren Kierkegaard. Trad. P.-H. Tisseau. Delachaux & Niestlé, 1952.
Ne vous mettez donc point en souci, disant : Que mangerons-nous? Que boirons-nous ? Car toutes ces choses, ce sont les païens qui les recherchent.
L’oiseau n’a pas ce souci. De quoi vit-il ? Car, pour le moment, nous ne parlons pas du lis qui a la chance de vivre de l’air du temps ; mais l’oiseau? Le magistrat, nous le savons, doit se soucier de bien des choses; parfois, il (…) -
Kierkegaard (Parábolas) – o tédio dos deuses
8 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroO tédio é uma condição humana perene?
Os deuses estavam entediados, e então eles criaram o homem. Adão estava entediado porque estava sozinho, e assim Eva foi criada. [Daquele momento em diante] o tédio entrou no mundo e aumentou na proporção do aumento da população. Adão estava entediado sozinho; então Adão e Eva ficaram entediados juntos; então Adão e Eva e Caim e Abel ficaram entediados em famíla; então a população do mundo aumentou, e os povos ficaram entediados em massa. Para se (…)
Notas
- Colette (2009:C1) – Schelling e Kierkegaard, existencialismo
- Ferreira da Silva (2009:47-49) – O homem é liberdade
- Gurvitch: Perspectives de la Métaphysique selon Kierkegaard
- Kierkegaard (CA:Caput III) – O possível corresponde com o porvir
- Kierkegaard (Ou:§57) – sou um fio na trama da vida
- Kierkegaard (Parábolas) – a carta ilegível
- Kierkegaard (Parábolas) – a conflagração alegre
- Kierkegaard (Parábolas) – o "como" da caminhada
- Kierkegaard (Parábolas) – o filósofo ocupado
- Kierkegaard (Parábolas) – O Peregrino
- Kierkegaard (Parábolas) – o poeta
- Kierkegaard (Parábolas) – o tédio dos deuses
- Kierkegaard (Parábolas) – tromba d’água
- Wrathall (2017:14-15) – niilismo