A que devemos comparar o pathos da solidão de luto?
Se um homem possuísse uma carta que ele sabia, ou acreditava, continha informações sobre o que ele deveria considerar como a felicidade de sua vida, mas a escrita era pálida e fina, quase ilegível — então ele a leria com inquieta ansiedade e com toda a paixão possível, em um momento recebendo um significado, no seguinte outro, dependendo de sua crença de que, tendo distinguido uma palavra com certeza, ele poderia interpretar o resto; mas (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Kierkegaard (Parábolas) – a carta ilegível
8 de outubro de 2022, por Cardoso de Castro -
Kierkegaard (Parábolas) – O Peregrino
8 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroA que devemos comparar a imutabilidade de Deus em meio aos nossos anseios humanos?
Imagine um viajante. Ele foi levado a uma parada no sopé de uma montanha, tremenda, impassível. É esta montanha… não, não é seu destino atravessá-la, mas ele dispôs seu coração à travessia; pois seus quereres, seus anseios, seus desejos, sua própria alma, que tem um meio de condução mais fácil, já está do outro lado; só lhe resta seguir. Imagine-o chegando aos setenta anos; mas a montanha ainda está aí, (…) -
Kierkegaard (Parábolas) – tromba d’água
8 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroTo what shall we compare our miscalculations about divine providence?
“Um homem nunca deve perder a coragem; quando os infortúnios se elevam mais assustadores sobre ele, aparece no céu uma mão amiga.” Assim falou o reverendo Jesper Morten na última noite. Agora tenho o hábito de viajar muito a céu aberto, mas nunca tinha visto nada parecido. Alguns dias atrás, no entanto, durante um passeio a pé, ocorreu um fenômeno semelhante. Não era exatamente uma mão, mas algo como um braço que se (…) -
Paul Gilbert (2004:16-18) – a problemática de Maurice Blondel
5 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroA análise blondeliana se desenvolve pondo em evidência a potência da “vontade querente”, que tende para o cumprimento de seu desejo aberto indefinidamente, enquanto a “vontade querida” encarna esse élan na particularidade de nossas existências. A relação entre a vontade querente e a vontade querida é precisa: essa última alimenta-se daquela que lhe dá seu élan e da qual é a expressão e a correia de transmissão, sem nunca lhe esgotar a amplidão inteira.
A problemática de Blondel pode ser (…) -
Paul Gilbert (SP:16-18) – a problemática de Maurice Blondel
5 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroA análise blondeliana se desenvolve pondo em evidência a potência da “vontade querente”, que tende para o cumprimento de seu desejo aberto indefinidamente, enquanto a “vontade querida” encarna esse élan na particularidade de nossas existências. A relação entre a vontade querente e a vontade querida é precisa: essa última alimenta-se daquela que lhe dá seu élan e da qual é a expressão e a correia de transmissão, sem nunca lhe esgotar a amplidão inteira.
A problemática de Blondel pode ser (…) -
Duval (HZ:197-201) – Conhecer - "esquematização" da Vida mesma
28 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroMais uma vez, devemos lembrar que todo o esforço de meditação que perseguimos supõe uma primeira e decisiva renúncia ao “sujeito”, ao “eu”, ao “eu”, o que não significa que não o encontraremos mais tarde, mas outro.
Meditamos sobre “o que” possibilita a configuração de tal sujeito. A meditação, portanto, diz respeito menos ao além, ao horizonte que permanece então o do sujeito, do que ao aquém que o porta.
Une fois encore il faut rappeler que tout l’effort de méditation que nous (…) -
Duval (HZ:169-173) – A sensibilidade
28 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroEspaço e Tempo: duas formas que a Vida transfigura em realidade humana para expressar a si mesma a Magnitude de seu desdobramento. Duas formas puras, a priori, da sensibilidade da realidade humana, da Sensibilidade do Corpo da Panrealidade sobre si mesmo.
Cerner “ce qui” rend possible la connaissance humaine. Complicité kantienne.
Niveau a priori. A priori : non pas “ce qui est indépendant de l’expérience” (définition subjective) mais expérience de la provenance productrice pure de la (…) -
May (HSH:) – Nada, Vazio e Clareira
27 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroPara Heidegger, o topos que corresponde ao Ser é o Nada, o tópico primordial de seu pensamento. A pergunta inicial sobre o ser do ente recebeu assim uma resposta, que culmina na fórmula: ‘Ser: Nada: Mesmo’.
1.1 In order to pursue the supposition of further correspondences between Heidegger’s thinking and Daoist ideas, we turn to three central topics [Topoi] that are found again and again in his work. Our first concern is with the topos ‘Nothing’ [das Nichts], which runs significantly (…) -
Eudoro de Sousa (SMM) – Sacrifício
26 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroSacrifício autêntico é, pois, o de um deus que cria homens e natureza, quando, assassinado por outros deuses, naqueles se transforma. Também, verdadeiro mito é só o relato do deicídio primordial e da transformação que não deixa subsistir, longe ou perto do transformado, a «personalidade» que pela morte se transformou. Depois desta, uma ressurreição é «expediente», uma astuciosa intromissão teística, que se constitui em um dos factores predominantes do politeísmo. De um deus otiosus, causa (…)
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Duval (HZ:174-177) – Imaginação
26 de setembro de 2022, por Cardoso de CastroA imaginação é a faculdade motora das artes particulares, mas é mais fundamentalmente a faculdade que deve dominar toda a vida para torná-la uma arte de viver.
Analyse des conditions de possibilités de notre connaissance : en son fond, en son expérience a priori, elle est analyse de la connaissance que la Vie prend d’elle-même.
Corps de la Panréalité (sensible, intelligible, X…) se réfléchit sur lui-même dans l’expérience modale de la réalité humaine.
Miroir. Homme “être – humain”. (…)