tradução parcial
A questão do fenômeno é muito anterior à fenomenologia; abre-se com a filosofia e acompanha-a ao longo da sua história. Mas este pré-requisito inelutável - pois ser significa aparecer - é sobredeterminado por um pressuposto irrefletido. Da Grécia a Heidegger, nas problemáticas clássicas da consciência e da representação, nas suas críticas, na fenomenologia da intencionalidade e nos seus prolongamentos, " fenômeno " designa o que se mostra num horizonte de visibilização, o (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Henry (1963:Apresentação) – monismo ontológico
23 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro -
Henry (1963:§9) – distância fenomenológica
23 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrotradução parcial
Entendido no seu sentido ontológico como a condição para que algo como um "fenómeno" se nos ofereça, ou, mais precisamente, como a própria estrutura da fenomenalidade, o conceito de distância fenomenológica deve obviamente ser distinguido do de distância espacial ou "real". A distância que separa as coisas, ou que nos separa delas, é uma distância que podemos medir objetivamente, mas que já existe antes de qualquer medição, como uma distância imediatamente experimentada, (…) -
Henry (2003c:25-26) – subjetividade
23 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrotradução parcial
Por "subjetividade" entendemos aquilo que se experiencia a si mesmo. Não algo que também tem a propriedade de se experienciar a si mesmo, mas o próprio facto de se experienciar a si mesmo considerado em si mesmo e como tal. Experienciar-se a si mesmo significa aparecer a si mesmo, mas de tal modo que esse aparecer tem o sentido de uma experiência e de ser uma; de tal modo também que o que aparece não é outra coisa, enquanto subjetividade, senão o próprio aparecer, é sempre (…) -
Henry (1963:§8) – fenomenologia
23 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrotradução parcial
A fenomenologia é a ciência dos fenómenos. Isto significa que é uma descrição, anterior a qualquer teoria e independente de qualquer pressuposto, de tudo o que se nos apresenta como existente, em qualquer ordem ou domínio. Entendida como uma descrição, a fenomenologia implica a rejeição de qualquer hipótese, de qualquer princípio com um valor unificador real ou suposto em relação a um conjunto de conhecimentos e, em última análise, de um sector da realidade que encontraria (…) -
Henry (1963:§69) – sentimento e ação
22 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrotradução
A determinação ontológica fundamental da afetividade como constituindo o ser da vontade e da ação coloca a problemática perante esta consequência essencial: na medida em que lhes é interior como seu ser, como constituindo a sua própria essência e realidade, o sentimento não pode depender da vontade ou do seu exercício, da ação, nem ser produzido por elas. Que o sentimento não possa depender da vontade ou da ação, que não ocorra como sua consequência ou como seu efeito, que não (…) -
Maldiney (Aîtres:7-10) – es gibt
21 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroLe Es du es gibt allemand peut bien être le fond. Mais le y du il y a est l’ouverture . Y être tel est l’acte originaire qui rend possible toute présence dont l’imminence au monde conditionne toute instance. Or il se déploie en ouvrant le temps. C’est parce qu’en lui la présence se destine qu’il y a destin. « Si la présence peut être atteinte par les coups du destin, c’est uniquement parce que dans le fond de son être elle est destin. »
Mais la présence n’est pas ce qu’elle est dans le (…) -
Maldiney (Aîtres:5-7) – Existence et temporalité – présence et souci
21 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroExistence et temporalité d’une part, présence et souci d’autre part forment deux structures affines qui communiquent entre elles et se rejoignent dans cet existential équivoque qu’est le destin.
La tension diachronique sous-jacente à la constitution du schème temporel est celle d’une présence (humaine) qui s’anticipe soi-même en s’ouvrant son propre champ. La temporalité est la dimension d’être d’un être en souci. Il ne s’agit pas là d’une simple constatation empirique (encore que (…) -
Beaufret (2000:18-21) – ser-no-mundo
18 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroCette irruption du Dasein en forme d’être-au-monde qui est le fondement même de l’homme en son humanité, Heidegger, pour la désigner, reprend un très vieux mot qu’il ranime en lui infusant un sens nouveau : le mot transcendance.
BEAUFRET, J. De l’existentialisme à Heidegger: Introduction aux philosophies de l’existence et autres textes. Paris: J. Vrin, 1986.
Dans notre précédente étude, nous en sommes restés au point de départ. Nous avons vu comment le point de départ nécessaire de (…) -
Reis (2014:45-46) – possibilidade e sentidos de ser
18 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro[…] pode-se falar de uma concepção transcendental de possibilidade em duas acepções: ao projetar-se compreensivamente para os sentidos de ser, os seres humanos transcendem em direção a um campo do possível, e desde tal contexto é que acontece a experiência ou encontro significativo com algo.
Assim sendo, o conceito de possibilidade e as demais noções modais apontam para a estruturação interna das condições do aparecer de algo como fenômeno. Em Ser e Tempo, Heidegger examinou três sentidos (…) -
Reis (2014:38-39) – possibilidade existencial: de dicto ou de re?
17 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroAté onde é de meu conhecimento, Heidegger não empregou a distinção modalidades de dicto e de re para qualificar a diferença introduzida com a noção existencial de possibilidade.
Como foi visto, Heidegger pretende que seja admissível um sentido do conceito de possibilidade relacionado ao ser-aí humano. Como o ser-aí é entendido como sendo o ente para o qual o próprio ser está em questão, segue-se que o significado desse conceito de possibilidade não está referido a sentenças, proposições (…)