(Richir1996)
[…] as apercepções («percepções de uma só vez» que sempre implicam mais do que aquilo que parece explicitamente «contido» nelas) estão sempre já simbolicamente codificadas, são sempre já apercepções de língua, há diferentes tipos de apercepções de acordo com os diferentes tipos de instituição de língua, e sua gênese só pode ser compreendida na trans-posição, da qual nos esforçamos para mostrar, aqui, que é arquitetônica, da linguagem, para nós fenomenológica, até a língua. Não (…)
João Cardoso de Castro (doutor Bioética - UFRJ) e Murilo Cardoso de Castro (doutor Filosofia - UFRJ)
Matérias mais recentes
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Richir (1996:7-8) – apercepções
16 de março, por Cardoso de Castro -
Apel (2000:26-31) – Verdade versus método?
16 de março, por Cardoso de Castro(Apel2000)
Face ao questionamento histórico de um conceito cientificamente reduzido de racionalidade metódica, parecemos estar próximos de colocar em questão o paradigma do método científico em geral, e de, em vez dele, ter em vista — como caminho determinativo [26] para uma transformação da filosofia — uma forma fenomenológica de pensamento, que se aproveite das discrepâncias entre o conceito moderno de método e a experiência pré-científica de vida [Leben] e de mundo [Welt] (ou seja, a (…) -
Lawrence Berger (2017) – atenção
16 de março, por Cardoso de Castro(Lawrence Berger, Critchley2017)
Heidegger similarly sees attention as the way we gain access to things, but otherwise he sees it quite differently from how it is conceived in cognitive science. For Heidegger attention is how things come into presence for us. (His most sustained meditation on attention can be found in his lectures, “What Is Called Thinking?” GA8) To see this, note that if we stay with the movement of attention from moment to moment, we see that it moves from entity to (…) -
Araújo de Oliveira (1996:206-211) – a compreensão
15 de março, por Cardoso de Castro(MAO1996)
A compreensão, enquanto um dos existenciais do eis-aí-ser (Dasein) e a linguagem pertencem à mesma esfera: a esfera do [206] desvelamento dos entes que radica na essência da linguagem enquanto casa do ser . Em outras palavras, a tecnologia da informação é uma, a que hoje é dominante, das maneiras de revelação da linguagem a nós, mas que, enquanto absolutizada, oculta-nos a verdadeira essência da linguagem.
Ora, como toda a tradição filosófica e científica tem uma postura (…) -
Patocka (2015) – mecanicismo
15 de março, por Cardoso de Castro(Patocka2015)
El mecanicismo moderno no puede considerarse, naturalmente, una pura teoría científica, marcado como lo estaba por rasgos metafísicos. Con todo, el surgimiento de esta metafísica se encuentra estrechamente relacionado con el método de la ciencia matemática de la naturaleza tal como, tras la primera campaña victoriosa de la ciencia natural, la del heliocentrismo de Copérnico a Kepler, fue elaborado en la siguiente oleada de teóricos de la mecánica de Galileo a Newton. El (…) -
Richir (1987) – ego
15 de março, por Cardoso de Castro(Richir1987)
Ce que nous voulons dire, donc, c’est que Husserl a ouvert ce lieu, ce hiatus, à l’aveugle, presque à son corps défendant, mais qu’il s’y est aussi, presque aveuglément, maintenu. Si le spectre du psychologisme transcendantal continue de hanter son œuvre, ce n’est sans doute pas, primairement, parce que les phénomènes se trouvent rapportés au pôle d’un ego transcendantal, mais parce que les essences sont insuffisamment “définies” au plan strictement phénoménologique, ou parce (…) -
Richir (1987) – ipseidade
15 de março, por Cardoso de Castro(Richir1987)
Já sabemos que o campo da fenomenologia transcendental está desprovido de ipseidade antropológica e de uma ipseidade a priori reconhecível dentro do que seria a estrutura fixa, sempre já decidida, de um Da-sein em sua "neutralidade" . O correlato, por assim dizer metodológico, da nossa fenomenologia transcendental é um "sujeito" de certa forma mais anônimo, também irredutível ao ego transcendental husserliano e à estrutura constitutiva do Presente vivo. Ele é dotado, (…) -
Richir (1987) – campo transcendental sem sujeito
15 de março, por Cardoso de Castro(Richir1987)
Ce n’est donc pas, tel est le second point sur lequel nous voudrions insister, que le champ de la phénoménologie transcendantale telle que nous l’entendons soit une sorte de “champ transcendantal sans sujet” (sans subjectivité transcendantale, sans Da-sein). Nous disons plutôt qu’il est sans “sujet” déterminé et surtout sans “sujet” déterminant (puisque, Heidegger l’a montré de manière presque aveuglante, toute détermination de l’être des phénomènes est du même coup (…) -
Richir (1987) – um fenômeno é um fenômeno-do-mundo
15 de março, por Cardoso de Castro(Richir1987)
Suportes, nos fenômenos, da transcendência do mundo, as essências concretas dos fenômenos fazem deles fenômenos-do-mundo. A ordem aparentemente abstrata que destacamos em nossas Investigações Fenomenológicas como uma espécie de álgebra dos fenômenos — onde estes eram tomados como "variáveis" de um mesmo problema — começa aqui a se colorir. E à questão que, lá, devia necessariamente permanecer em suspenso (o que é, então, um fenômeno?), começamos aqui a dar uma resposta: um (…) -
Lawrence Berger (2017) – presença e manifestação
15 de março, por Cardoso de Castro(Lawrence Berger, Critchley2017)
Com base nisso, vou mostrar que, para Heidegger, não apenas estamos em contato direto com as pessoas e coisas deste mundo, mas também que nossa presença é importante para a maneira como elas se manifestam — como elas vêm à tona — no pleno potencial associado ao tipo de seres que elas são. Essa não é nossa presença em um sentido físico, mas sim no sentido de como estamos engajados como seres humanos vivos e experienciadores — o que Heidegger famosamente se (…)