(Bornheim1989)
O existencialismo é das doutrinas mais características de nosso século. Todo o seu empenho está em pensar o indivíduo concreto, a partir de sua existência cotidiana, desprovida de qualquer relevo especial. O único filósofo que aceita a palavra existencialismo para designar a sua própria doutrina é Sartre.
Mas ele toma de Heidegger (outro filósofo) a frase que tornou famosa toda a escola: a existência precede a essência.
Isso significa que não existe uma natureza humana, (…)
João Cardoso de Castro (doutor Bioética - UFRJ) e Murilo Cardoso de Castro (doutor Filosofia - UFRJ)
Matérias mais recentes
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Bornheim (1989) – O Existencialismo de Sartre (Definição)
17 de março, por Cardoso de Castro -
Flusser (1982) – O instrumento do fotógrafo ou o fotógrafo do instrumento?
17 de março, por Cardoso de CastroEnsaio publicado na revista IRIS em agosto de 1982
Curiosa profissão, esta. A maioria das profissões exige engajamento em determinado assunto. Sapateiro engaja-se em sapatos, construtor civil em casas, cientista em física, ministro no governo. Quanto ao fotógrafo, este se engaja na máquina fotográfica. que não é assunto, mas instrumento. E como se o sapateiro se engajasse em agulhas, o construtor em bulldozers, o físico em microscópios, o ministro em papeladas. Ou, para quem considera (…) -
Capalbo (1987) – Fenomenologia da História
17 de março, por Cardoso de Castro(Capalbo1987)
A análise do "Ser-no-mundo" aproxima-nos da compreensão de que o Ser Humano é um Ser Histórico.
A História se apresenta como um encontro onde se verifica o esforço de compreensão do outro, e onde se coloca o fenômeno da inter-subjetividade.
é pela sua manifestação no mundo que o outro se torna outro-para-mim. Isso implica em que a história, supondo o encontro, faz respeitar a distância e a proximidade, a dualidade e a unidade, o outro enquanto tal. No encontro esse outro (…) -
Capalbo (1987) – Fenomenologia e Psicanálise
17 de março, por Cardoso de Castro(Capalbo1987)
Em geral, os adeptos da filosofia na Franca (Sartre, M. Ponty, Simone de Beauvoir, Francis Jeanson) ou na Bélgica (Vergotte, De Waelhens, Ladrière, Van Breda) veem a fenomenologia como tendo tarefa a elucidar as relações vividas e efetivas entre o homem e o mundo.
O importante nesta experiência é o ENCONTRO, encontro entre as coisas e o meu eu, entre o meu eu e o outro; este encontro, esta união, só surge graças â medição do Corpo, conforme, aliás, já mostrara a filosofia (…) -
Morujão (1961) – O mundo como correlato da consciência
17 de março, por Cardoso de Castro(Morujão1961)
As análises levadas a efeito nos parágrafos anteriores vão permitir a Husserl atingir o limiar da esfera transcendental. É uma verdade, confirmada pela própria evolução das ideias, que a experiência humana segue de facto um curso que obriga a nossa razão a ultrapassar o plano das coisas dadas intuitivamente, situando sobre esse plano e baseado nele, uma verdade física. Ora esse curso da experiência humana podia também ser outro. Não significa esta afirmação que o (…) -
Askay & Farquhar (2011) – Heidegger x Freud
17 de março, por Cardoso de Castro(Askay2011)
What were the most fundamental presuppositions of Freudian metapsychology and why were they problematic?
1. Freud assumed that only “objective” things exist. Here Freud fell prey to a presupposition that extended throughout almost the entire Western philosophical tradition, all the way back to Plato and Aristotle. The focus was on beings to be investigated. It was as a result of Descartes powerful influence on modem thinking that this approach became especially dominant. (…) -
LDMH – Schelling
17 de março, por Cardoso de CastroSi un lecteur de Schelling ne peut guère ignorer aujourd’hui Heidegger, un lecteur de Heidegger peut encore moins ignorer Schelling, génie philosophique de premier ordre mais au parcours protéiforme. Et pourtant, la véritable rencontre de Heidegger avec la pensée de Schelling, dont le nom n’apparaît pas dans Être et temps, semble avoir été assez tardive – au début des années 1930 ou peu avant (voir lettres à K. Jaspers du 24 avril 1926 et du 27 septembre 1927) – mais non moins éclairante et (…)
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Capelle (2001:245-246) – Teologia e Filosofia
16 de março, por Cardoso de Castro(Capelle2001)
À la fin de son ouvrage De l’esprit, J. Derrida « imagine » une scène entre Heidegger et les théologiens chrétiens : « Mais ce que vous appelez, diraient ces derniers, l’esprit archi-originaire et que vous prétendez étranger au christianisme, c’est bien le plus essentiel au christianisme. Comme vous, c’est ce que nous voudrions réveiller sous des théo-logoumènes, des philosophèmes ou des représentations courantes. » Derrida veut éprouver, jusqu’en ses plus fortes tentations, (…) -
Richir (2000:43-44) – linguagem e língua
16 de março, por Cardoso de Castro(Richir2000)
L’élargissement de la phénoménologie, nous le proposons, on le sait, d’une part par la prise en compte du langage phénoménologique, des phénomènes de langage et des Wesen de langage — le langage étant ici à distinguer rigoureusement de la langue, toujours symboliquement instituée —, c’est-à-dire de la Sinnbildung, à distinguer rigoureusement de la Sinnstiftung, puisque la Bildung, la formation du sens en train de se faire, n’est pas la Stiftung, l’institution du sens, puisque (…) -
Richir (1987:19-21) – fenomenalização
16 de março, por Cardoso de Castro(Richir1987)
Il s’agit donc, pour nous, par la réduction phénoménologique radicale que nous proposons, de considérer le phénomène en tant que rapporté exclusivement à sa phénoménalité, tout concept déjà disponible ou tout concept a priori étant mis entre parenthèses, ou hors circuit. Si nous distinguons par phénoménalisation du phénomène, ce en quoi et par quoi le phénomène en vient à paraître, et à apparaître, comme phénomène et rien que phénomène, il vient que la considération du (…)