[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 112-113]
RESUMO DE REPÚBLICA VI, apenas de 504d a 511e
65. «Então é que o mais importante não era aquilo de que falávamos, a justiça e o resto, e algo há que mais importa ainda […]. — Que é, no entanto, esse estudo que é o mais importante e qual o seu objecto, ao que te parece? […] — É uma coisa de que não poucas vezes me ouviste falar […], que, efectivamente, não há mais importante (…)
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Eudoro de Sousa
EUDORO DE SOUSA (1911-1987)
Ensaios sobre o Pensamento Antigo
SOUSA, Eudoro de. Horizonte e Complementariedade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2002
Mitologia - História e Mito. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2004.
Dioniso em Creta e Outros Ensaios. Lisboa: INCM, 2004
Catábases: estudos sobre viagens aos infernos na antiguidade. São Paulo: Annablume, 2013.
Matérias
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Eudoro de Sousa (HCSM:112-113) – Ideia do Bem
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Eudoro de Sousa (HCSM:191-192) – mundo mitológico e mundo de homem-natureza
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 191-192]
Que relação haverá entre o mundo mitológico (com tudo o que ele contém, ou continha, num horizonte aparentemente perdido) e o mundo em que existe Deus, o Homem e a Natureza? Esta era a segunda pergunta.
O mundo em que nós vivemos e, sobretudo, aquele que nós pensamos, não parece que ainda seja o mundo da mitologia (a não ser que contemos com aquele que a alguns é dado (…) -
Eudoro de Sousa (HCSM:181-184) – falácia da fórmula "do mito ao logos"
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 181-184]
Não obstante a fortuna que ganhou o pensamento implícito na fórmula «Do Mito ao Logos» (como se sabe, este é o título de um célebre trabalho de Wilhelm Nestle, que o mais sucintamente designava os primórdios do processo evolutivo do pensamento europeu) [181], da mitologia para a filosofia, ainda ninguém conseguiu ver distintamente o caminho recto ou sinuoso e, portanto, (…) -
Eudoro de Sousa (HCSM:79-84) – Xenófanes
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[Eudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 79-84]
42. Não nos move, nem de leve, o intuito de escrever uma história, ainda que parcelar, da filosofia grega. Mas, a fim de [79] restabelecer o paralelismo (ou, talvez, a convergência) da codificação mítica e da codificação lógica do mistério do horizonte, que, vê-lo-emos em breve, Parménides revelou o quanto pôde, há pelo menos dois nomes que não devem ser omitidos, se quisermos (…) -
Eudoro de Sousa (HCSM:123-124) – indizibilidade do Ser
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 123-124]
71. Se «o que é dizer» é «dizer o que é», e do que é, nada mais há a dizer, senão «que é», pois tudo o mais que dele se diga implica o dizer que não é, o que se dá no limite é a indizibilidade do Ser, ou, valendo o mesmo, a indiferença de tudo quanto dele se possa dizer. Platão parece falar da indizibilidade do Ser, quando afirma que a Ideia do Bem está epekeina tes ousias (…) -
Eudoro de Sousa (HCSM:161-163) – antipositivismo
11 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroEudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 161-163
1.a Segundo declara no «Prefácio», a intuição de que partiu para escrever sua última obra, Horizonte e Complementaridade, lhe adveio de um exame da bibliografia de Parmenides; sem dúvida, tem lugar no dito livro uma discussão em profundidade das mais importantes teses que a respeito deste filósofo recentemente se formularam, e aí V. várias vezes toma partido com firmeza em pró de (…) -
GA7:167-184 – A Coisa
21 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroTradução da conferência "A Coisa" por Eudoro de Sousa, refazendo tradução anterior de José Xavier de Mello Carneiro. Publicada em DE SOUSA, Eudoro. Mitologia História e Mito. Lisboa: Imprensa Nacional, 2004, p. 201-2015
Eudoro de Sousa
1. No tempo e no espaço todas as distâncias se contraem. Lá onde outrora o homem viajava por semanas e meses, chega ele agora, de avião, numa noite. Aquilo de que outrora o homem só obtinha informação, após anos, ou de que, pura e simplesmente, nem era (…) -
Eudoro de Sousa (MHM:85-86) – «eu» e Absoluto
12 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroDE SOUSA, Eudoro. Mitologia História e Mito. Lisboa: Imprensa Nacional, 2004, p. 85-86
63. Eloquentíssimo na sua mudez é o facto de tão pouco como nada poder falar da minha subjetividade irredutível, quanto, por consabida necessidade, de Deus não posso falar. Por aqui, não identifico, note-se bem, «eu» e Absoluto; denuncio uma analogia: para aquém-horizonte, eu não sou nada do que o «mim mesmo» é, pois tenho que negar dele tudo quanto afirmo de «mim». O Absoluto ou Separado é-o, por (…) -
Eudoro de Sousa (HCSM:118-123) – interpretação da República VI e VII (504d-517c)
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 118-123]
REPÚBLICA VI e REPÚBLICA VII
68. Só para desentranhar todas as implicações destas poucas páginas da República, necessário seria escrever um livro inteiro. Supondo que não nos tenhamos omitido de ler com a devida atenção nenhum dos mais importantes comentários que constam da bibliografia especializada, digamos, para começar, que só nos ocorre uma excepção (Fergusson) ao (…) -
Eudoro de Sousa (HCSM:69-73) – Tales de Mileto
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[Eudoro de Sousa. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 69-73]
A filosofia, na Grécia, tem por certidão de nascimento um texto de Aristóteles repetidamente citado e minuciosamente comentado (Met., I, 3, 983 b 6 e segs.): «a maioria dos primeiros filósofos, acreditaram que os únicos princípios (arkhas) de todas as coisas (hapanta tà ónta) são os de índole material; pois aquilo de que constam todos os entes e é a primeira origem da sua geração (…)
Notas
- Eudoro de Sousa (2002:162) – três estados do pensamento humano [Comte]
- Eudoro de Sousa (2002:166-167) – Teoria dramática do conhecimento
- Eudoro de Sousa (HC:205-206) – Divindade
- Eudoro de Sousa (MHM:133-134) – morte
- Eudoro de Sousa (MHM:136-137) – sujeito
- Eudoro de Sousa (MHM:144-145) – símbolos
- Eudoro de Sousa (MHM:148) – valores humanos