ZUBIRI, Xavier. Inteligência e Realidade. Tr. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2011, p. li-lv
Para muitos leitores, a meu livro Sobre a Essência faltava um fundamento porque consideravam que saber o que é a realidade é tarefa que não pode ser levada a efeito sem um estudo prévio do que nos é possível saber. Isso é verdade, quando se trata de alguns problemas concretos. Afirmar, porém, de forma absolutamente geral, que isso seja próprio do saber da realidade enquanto tal é algo (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Zubiri (IR:li-lv) – inteligir e sentir
29 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Kierkegaard (CA:C3) – tempo e angústia
29 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[KIERKEGAARD, Søren. O conceito de angústia. Tr. Álvaro Luiz Montenegro Valls. Petrópolis: Vozes, 2017 (epub)]
português
Afirmou-se constantemente, nos dois capítulos precedentes, que o homem é uma síntese de alma e corpo, que é constituída e sustentada pelo espírito. A angústia era, para usar uma nova expressão que diz o mesmo que já foi dito até aqui e que também aponta para o que vem a seguir, o instante na vida individual.
[…]
O homem era, portanto, uma síntese de alma e corpo, (…) -
Stokes: o "si mesmo" segundo Kierkegaard
29 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroSTOKES, Patrick. The Naked Self. Kierkegaard and Personal Identity. Oxford: Oxford University Press, 2015, p. 13-14
tradução parcial
As articulações de Kierkegaard sobre a individualidade [selfhood] são completamente não substancialistas. De fato, desde o início, o pseudônimo de Kierkegaard, o juiz William, rejeita ativamente a noção de si mesmo como uma substância à qual quaisquer predicados psicológicos poderiam ser atribuídos sem comprometer sua identidade, como se um indivíduo (…) -
Ladrière (FPC) – A filosofia e o fundamento da ciência segundo Husserl
28 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLadrière, Jean. FILOSOFIA E PRÁXIS CIENTÍFICA. Org. Olinto Pegoraro. Tr. Maria José J. G. de Almeida. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1978 O presente estudo sobre filosofia e ciência é o texto de uma conferência pronunciada diante do Philosophy Club da Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, a 19 de abril de 1958. O texto foi originalmente escrito em francês e depois traduzido para o inglês. Foi o texto inglês que serviu de base à tradução em português que aqui se publica.
Mais (…) -
Luijpen (IFE:15-17) – Filosofia e Ciência
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 15-17
Há vinte e cinco séculos se filosofou e o resultado foi o surgimento de inumeráveis sistemas contraditórios. Conquanto o pensamento filosófico seja muito mais antigo do que a ciência positiva que conhecemos hoje, não há nem sequer um reduzido número de proposições sobre as quais os filósofos estejam de acordo. Pode-se mesmo dizer que talvez não exista uma (…) -
Luijpen (IFE:33-37) – materialismo
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 33-37
Materialismo
Todos os sistemas materialistas concordam em considerar o homem como o resultado de forças e processos cósmicos, do mesmo modo que as coisas. Um materialista há de dizer, portanto, que o ser do homem será chamado ser-no-mundo no sentido de que, como todas as coisas, é algo no meio das outras coisas mundanas, um fragmento da “natureza”, um (…) -
Luijpen (IFE:37-42) – a absoluta prioridade: espiritualismo
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 37-42
O “nada” como o ser do sujeito
A análise do que Heidegger chama o “nada” (Nichts) leva-nos à mesma conclusão.
As ciências, diz ela, ocupam-se com o Sendo e, fora disso, com mais “nada”. De um ponto de vista livremente escolhido, interrogam o Sendo; este adquire a primeira e a última palavra; exatamente por isso o homem garante seu domínio sobre o (…) -
Luijpen (IFE:48-51) – ideia cartesiana de homem
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 48-51
Na opinião de Descartes, temos só uma ideia da matéria que obedece ao critério da “clareza” e “distinção”, a saber, o conceito da “extensão”, aplicando-se tanto ao corpo humano como às coisas do mundo. Tudo o que for material será, pois, para Descartes, essencialmente extenso, quantitativo e nada mais. São, porém, só as ciências naturais que operam com a (…) -
Buzzi (IP:91-95, 105) – a ciência
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBUZZI, Arcângelo. Introdução ao Pensar (sexta edição). Petrópolis: Vozes, 1976, p. 91-95, 105
A ciência também é uma expressão articulada de conhecimento do ser. Em oposição ao conhecer ordinário e mítico, cuja articulação intelectiva morre como que submersa no próprio real que intende elucidar, o conhecimento científico se caracteriza por distanciar-se da convivência do ser, por apreendê-lo numa clara representação objetiva. Ao fazer ciência, a mente como que se afasta da realidade. (…) -
Buzzi (IP:97-101) – ciências empírico-formais
23 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBUZZI, Arcângelo. Introdução ao Pensar (sexta edição). Petrópolis: Vozes, 1976, p. 97-101
As ciências empírico-formais ou as ciências da natureza embora investiguem fenômenos materiais não diferem essencialmente das ciências formais puras. As ciências empírico-formais estudam os fenômenos do mundo material. Elas são chamadas de empíricas ou experimentais porque se fundamentam sobre a experiência sensível. De fato, porém, elas utilizam, na análise da realidade material, um aparelho teórico (…)