Página inicial > Glossário > Ethik
Ethik
sexta-feira 7 de julho de 2023
Ethik, Éthique, Ética, Ethics, éthique, ética, ethics
Heidegger convida a retornar de toda interrogação sobre a ética (e a fortiori de toda vontade de prescrever e de castigar) a uma meditação do "elemento inicial" onde se mantém o homem em sua eksistência (GA9
GA9
Wegmarken
GA9PT
GA9ES
GA9EN
CartaH
Wegmarken (1919–1961), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1996
, 365): la verdade do ser, cuja guarda é a "ética tomada à fonte" (die ursprüngliche Ethik). Já em Ser e Tempo
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
sete parágrafos consideram o que a língua corrente denomina "consciência moral"; eles formam não uma espécie de "ética existencial", mas o momento de um aprofundamento decisivo disto que abre e mantém o modo de existir deste ente que somos, cuja singularidade é que ele é aberto em uma entente do ser. O que se mantém por trás da palavra usada de ética — o fato que, para nós outros homens, isto que temos de ser seja sem cessar em questão — é neste sentido no coração da questão do sentido do ser que coloca Ser e Tempo
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
. (Guillaume Badoual, LDMH
LDMH
ARJAKOVSKY, P., FÉDIER F. et FRANCE-LANORD, H., Le Dictionnaire Martin Heidegger. Paris: CERF, 2013.
)
Commentaire de Jean Greisch Greisch
Jean Greisch JEAN GREISCH (1942) suite à ce renversement, classique chez Heidegger, entre les conditions de possibilité : « Avec cette déclaration assurément capitale, la morale quitte la scène de l’analytique existentiale comme candidate au titre de philosophie première.
Quoi qu’il en soit de son importance, elle ne définit pas ce qu’il y a de plus fondamental. Et on peut regretter avec Paul Ricœur
Ricoeur
Ricœur
Paul Ricœur
PAUL RICŒUR (1913-2005)
Excertos por termos relevantes
[Soi-même comme un autre, page 403] qu’après avoir établi le primat de l’ontologie par rapport à l’éthique, Heidegger ne se soit pas donné la peine de montrer comment on pourrait parcourir le chemin inverse : de l’ontologie vers l’éthique. Heidegger n’ignore pas la difficulté de sa propre thèse qui bute contre le fait que la bonne et la mauvaise conscience sont des phénomènes bien attestés par notre expérience intime. Il semble difficile de prétendre la même chose de l’‘être-obligé’, qui nous arrache à la sphère du savoir, fût-il intérieur. De nouveau nous sommes invités à effectuer le difficile passage d’une phénoménologie de l’apparent à une phénoménologie de l’inapparent. Le phénomène apparent : l’appel comme rappel incitatif (bonne et mauvaise conscience, remords, etc.). Le phénomène inapparent : l’‘être-obligé’. » (GreischOT, pages 295-296) [Auxenfants
Auxenfants
Jacques Auxenfants
Jacques Auxenfants - tradutor em francês de Sein und Zeit
; ETJA
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
§58]
LÉXICO: Ethik
éthique
ethics
O silêncio de Heidegger sobre a ética não deve ser encarado como esquecimento nem desprezo. Em Ser e Tempo
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, sete parágrafos contemplam o que a língua corrente nomeia «consciência moral»; eles formam em verdade, não uma espécie de «ética existencial», mas o momento de um aprofundamento decisivo daquilo que abre e mantém o modo de existir deste ente que somos, cuja singularidade é que ele está aberto em uma entente do ser. O que se mantém por detrás da palavra usada de ética — o fato que, para nós homens, o que nós temos a ser esteja sem cessar em questão — está neste sentido no coração da questão do sentido do ser que coloca Ser e Tempo
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
mas de tal sorte que ela deixa para trás, de maneira tão radical quanto silenciosa, toda distinção entre ontologia e ética.
Nada nesta passagem essencial de Ser e Tempo
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, não descreve nem não prescreve uma «regra» moral, uma «legislação ética». É ao contrário totalmente tencionado no esforço, perfeitamente consciente, de lutar contra a tentação de formular tais regras a fim de ganhar uma compreensão verdadeira disto cujas regras morais não são senão a recaída. Certamente a vida cotidiana tem necessidade de contar com regras, tácitas ou explícitas, pelas quais sabemos a que nos ater quanto ao que reclama de cada um de nós o curso das preocupações comuns. Mas o afazer cotidiano ao mesmo tempo traduz e oculta necessariamente aquilo que porta a vida factiva do homem: a possibilidade de se manter em uma relação absolutamente própria ao que aqui e agora, se abre na modalidade de um presente único. Ora a «fina divisória» pela qual esta possibilidade está recoberta, se encontra de fato atravessada — e ao mesmo tempo tornada sensível — quando ressoa o que Heidegger denomina, em se apoiando sobre as maneiras de dizer correntes, o apelo (Ruf) da consciência moral. É tentador reconduzir esta voz a uma instância superior, ou dito de outro modo a um mandamento; ou, inversamente, de não ver aí senão uma imagem e de «desmistificar» toda crença em uma tal instância superior. Mas o apelo é direta e concretamente ouvido: pois o que fala nele «é ontologicamente de uma outra natureza que o ente aí-diante» (SereTempo), diz Heidegger: é nossa existência ela mesma, tal qual não cessa de se explicitar em se dizendo a ela mesma aquilo de que se trata e de se ouvir a si mesma através desta palavra. É esta entente que se encontra subitamente reunida em uma só e única intimação, a qual se impõe, a respeito da perpétua falação onde cada um está consigo mesmo (do «ruído das intenções confusas e dos projetos abrotados», diz B. Pasternak), como silêncio. Neste silêncio, diz Heidegger, é experimentado factivamente um essencial «ser-em-falta». Este ser-em-falta não pode ser compreendido como infração a uma regra prévia; é ao inverso a partir dele que a fidelidade a uma regra e a falta podem se compreender. Talvez o movimento mais apto a oferecer fielmente esta prova da falta é aquele que nos vê tomar pé, antes que não seja muito tarde, diante daquilo que temos súbita consciência de ter negligenciado. Nossa existência é então posta em estado de se recompôr ao redor daquele que lhe é o mais próprio: a possibilidade de estar inteiramente presentes a isto que a mantém e a abre a si mesmo e que, desde então, nos liga (dito de outro modo nos obriga) demandando ser guardado a salvo. Neste sentido o que apela e o que é interpelado é essencialmente o mesmo: o ser o aí (Dasein) que porta, tanto em outro quanto em nós, toda possibilidade de ser humanamente.
Estamos habituados, desde Kant
Kant
Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou.
, a fazer da dignidade da pessoa humana a base de toda obrigação ética. Em Heidegger, a partir de Ser e Tempo
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, o apelo a compreender o ser humano não é a partir de uma noção geral do humano mas do que é mais radicalmente nosso que toda humanidade: a abertura do aí onde se desdobra o mundo, cujo encontro sempre novo faz a existência a cada vez singular de cada homem. A dignidade humana não tem sentido snão aí onde é mantida e salvaguardada em sua integridade esta possibilidade que o mundo se desdobre em uma estadia (ethos). [Fédier
Fédier
François Fédier
FHQ
FÉDIER, François (1935-2021)
]
NT: Ethics (Ethik), 16, 291 n. 10 (Scheler Scheler
Max Scheler MAX SCHELER (1874-1928) ) 294, 316, 320-321 n. 19 (Scheler Scheler
Max Scheler MAX SCHELER (1874-1928) ), 402 (Yorck). See also Presence, constant [BT]