Drang, impulsion, appétit, impulso, urge

O impulso [Drang] “de viver”, ao oposto [da inclinação], é um “para-algo” [Hin-zu] que traz consigo, a partir de si, o que o move. E um “para-algo a qualquer preço”. O impulso procura afastar outras possibilidades. Aqui também o ser-adiantado-em-relação-a-si-mesmo [Sich-vorweg-sein] é impróprio, mesmo que [545] ser atacado pelo impulso provenha do impulsivo ele mesmo. O impulso pode atropelar o respectivo encontrar-se [Befindlichkeit] e o entender [Verstehen]. Mas o Dasein não é então, nem nunca, um “mero impulso” ao qual por vezes sobrevêm outros comportamentos [Verhaltungen] de controle e de direção; mas, como modificação do completo ser-no-mundo, o Dasein já é sempre preocupação [Sorge]. (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972 :195; STCastilho:545)

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Drang é o termo que Heidegger explora para extrair toda a riqueza de sentido da vis de Leibniz Leibniz LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm (1646-1716). Leibniz centraliza sua reflexão sobre o "tema" que H tem por central em toda filosofia desde Platão e Aristóteles: a questão do ser. (LDMH) . Drang equivale originariamente ao termo grego ορμέ que vem de όρμάω: excitar. Desta forma verbal grega origina-se a palavra portuguesa hormônio: princípio ativo das secreções internas. Traduzo Drang por pulsão que vem de pulsar, impelir, repelir. Bater, ferir, tocar, tanger. Palpitar, latejar, arquejar. Pulsão como Drang distingue-se e opõe-se a instinto, porque não exige um objeto correlato. O termo pulsão, além de reproduzir o sentido de Drang, possui a vantagem de permitir o jogo semântico que o filósofo realiza pelo uso de prefixos com Drang. Além das formas verbais podemos formar, em português: com-pulsão, ex-pulsão, im-pulsão, re-pulsão (N.T. GSMC:91)

VIDE: HyperHeidegger

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VIDE: Drang

impulsion [ETEM GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972 ]
urge [BTJS GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972 ]
pulsão [Ernildo Stein Ernildo Stein ERNILDO STEIN (1934) ]

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NT: Urge (Drang), 10, 194-196. See also Care; Predilection; Willing; Wishing [BTJS GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972 ]

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Drang é o termo que Heidegger explora para extrair toda a riqueza de sentido da vis de Leibniz Leibniz LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm (1646-1716). Leibniz centraliza sua reflexão sobre o "tema" que H tem por central em toda filosofia desde Platão e Aristóteles: a questão do ser. (LDMH) . Drang equivale originariamente ao termo grego horme, que vem de hormao: excitar. Desta forma verbal grega se origina a palavra portuguesa hormônio: princípio ativo das secreções internas. Traduzo Drang por pulsão, que vem de pulsar: impelir, repelir. Bater, ferir, tocar, tanger. Palpitar, latejar, arquejar. Pulsão como Drang distingue-se e se opõe a instinto porque não exige um objeto correlato. O termo pulsão, além de reproduzir o sentido de Drang, possui a vantagem de permitir o jogo semântico que o filósofo realiza pelo uso de prefixos com Drang. Além das formas verbais, podemos formar, em português: com-pulsão, ex-pulsão, im-pulsão, re-pulsão. A longa história da palavra Drang deu-lhe uma variedade de conotações que dificilmente são percebidas por uma língua com outra história. Desde o termo medieval dang até a exploração que dele faz Max Scheler Scheler
Max Scheler MAX SCHELER (1874-1928) , Drang passa pelo movimento da literatura alemã Sturm und Drang (1767-1785), pelo idealismo (Schelling Schelling
Friedrich Schelling FRIEDRICH WILHELM JOSEPH SCHELLING (1775-1854) ), pela filosofia da vida (Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. ). Heidegger usa a palavra Drang livre de conotações biológicas ou irracionalistas, acentuando-lhe a dimensão transcendental de que necessita para analisar a questão do ser do ente no pensamento de Leibniz Leibniz LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm (1646-1716). Leibniz centraliza sua reflexão sobre o "tema" que H tem por central em toda filosofia desde Platão e Aristóteles: a questão do ser. (LDMH) , no horizonte de sua ontologia fundamental. (Agradeço ao Prof. Hermann Zeltner, da Universidade de Erlangen-Nürnberg, sempre disponível para clarificar no diálogo questões como esta.) [Ernildo Stein Ernildo Stein ERNILDO STEIN (1934) , nota em MHeidegger]