Não retomaremos aqui os argumentos pelos quais, na Introdução histórico-crítica à Filosofia da mitologia. Schelling faz um balanço das reflexões conhecidas de seu tempo sobre a questão para definir sua própria posição. Limitar-nos-emos a identificar, neste texto, as teses que nos parecem fundamentais.
* Em oposição a uma recapitulação dos argumentos da Introdução Histórico-Crítica à Filosofia da Mitologia – cujo texto alemão nas edições Cotta (1856-61) e Schröter (reprodução da anterior (…)
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Schelling / Friedrich Schelling
FRIEDRICH WILHELM JOSEPH SCHELLING (1775-1854)
Matérias
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Richir (1994) – Teses fundamentais de Schelling sobre a Mitologia
6 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Stambaugh (1969:8-12) — Identität - Identity
24 de janeiro de 2019, por Cardoso de CastroExcerto da introdução de Joan Stambaugh (p. 8-12) a sua tradução de Identität und Differenz.
As Heidegger remarks, it took philosophy two thousand years to formulate the problem of identity in its fully developed form as mediation and synthesis. With Leibniz and Kant preparing the way, the German Idealists Fichte, Hegel, and Schelling place identity in [9] the center of their thought on the foundation of transcendental reflection. These thinkers are concerned not with the simple unity of (…) -
Schuback (1998:25-28) – apreensão de ser como devir de si mesmo
4 de junho de 2023, por Cardoso de Castro“O começo reside na atração”. [Schelling, Weltalter, p. 235]
Toda tentativa de compreensão de uma filosofia consiste, essencialmente, na entrega à sua experiência de fundo. A sua primeira formulação é, portanto, o que deverá propiciar a visão prévia e cuidadosa, ou seja, a suposição orientadora da investigação. Formularemos, como experiência fundamental de que parte o pensamento de Schelling, a apreensão de ser como devir de si mesmo no sentido originário das palavras de Pindaro — “vem a (…) -
Richir (1994) – Schelling e a mitologia
31 de outubro, por Cardoso de CastroEntre os grandes filósofos da nossa tradição, Schelling é, juntamente com os neoplatônicos, o único que se dedicou com tanta constância ao estudo do pensamento mitológico: é certo que o texto de que dispomos, intitulado Filosofia da Mitologia, não é um tratado sistemático, mas o texto de um curso, editado e publicado por Fritz Schelling após a morte de seu pai. Ora, esse curso, como aprendemos no Prefácio de Fritz Schelling, foi ministrado em Munique antes de 1828, para ser proferido pela (…)
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Richir (1994:7-8) – Problème de la Mythologie
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroComme en témoignent de nombreux textes philosophiques (Jusqu’à Schelling et Cassirer) et anthropologiques, on a très longtemps confondu mythologie et mythe. Depuis les travaux de Cl. Lévi-Strauss (en particulier les Mythologiques) et de P. Clastres dans le domaine amérindien, c’est ce qu’il n’est plus possible de faire aujourd’hui. La mythologie, c’est-à-dire très spécifiquement les récits mythologiques de fondation de l’ordre cosmique et socio-politique, se trouve pour ainsi dire en (…)
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Richir (1994:15-17) – Schelling et la mythologie
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroParmi les grands philosophes de notre tradition, Schelling est, avec les néoplatoniciens, le seul qui se soit attaché avec une telle constance à l’étude de la pensée mythologique : certes, le texte dont nous disposons, sous le titre Philosophie de la mythologie, n’est pas un traité systématique, mais le texte d’un cours, édité et publié par Fritz Schelling après la mort de son père. Or ce cours, nous l’apprenons dans la Préface de Fritz Schelling, a été professé à Munich dès avant 1828, pour (…)
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GA6T1:495-497 – a monstruosidade da teoria do conhecimento
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroNo interior da história do Ocidente, o conhecimento é considerado como aquele comportamento e como aquela postura do re-presentar por meio dos quais o verdadeiro é apreendido e preservado como uma posse.
Casanova
O que é isso – o conhecimento? Pelo que perguntamos propriamente quando colocamos a pergunta sobre a essência do conhecimento? À posição do homem ocidental em meio ao ente, à determinação, fundamentação e desdobramento dessa posição em relação ao ente, isto é, à determinação (…) -
GA31: Estrutura da Obra
6 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. em português de Marco Antonio Casanaova
CONSIDERAÇÃO PRÉVIA
§ 1. A aparente contradição entre a questão "particular" acerca da essência da liberdade humana e a tarefa "geral" de uma introdução
a) O "particular" do tema e o "universal" de uma introdução à filosofia
b) Supressão das restrições à questão acerca da essência da liberdade humana em direção ao todo do ente (mundo e Deus) na discussão provisória da liberdade "negativa". A peculiaridade do questionamento filosófico em (…) -
Richir (1994) – A psicose transcendental e a origem da mitologia
31 de outubro, por Cardoso de CastroSchelling caracteriza as relações entre a humanidade e o Um relativo como sendo, em si mesmas, “inconcebíveis” (unvordenklich) (184; 224). Este termo é, na realidade, intraduzível, exceto que, em relação ao tempo, significa “imemorial”. Corresponde, portanto, para o tempo, ao passado transcendental, passado do que nunca esteve presente. De maneira mais geral, caracteriza o que surge independentemente de qualquer “representação” (que constituiria, à sua maneira, o que seria pré-pensável, (…)
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GA42: Estrutura da Obra
9 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTraducción, notas y epílogo Alberto Rosales
Introductory Remarks of the Lecture Course, Summer Semester, 1936
1. Schelling’s Work and the Task of This Interpretation
2. Schelling’s Dates; Editions of His Work, and Literature on Him
3. Schelling’s Question about Freedom as Historical Questioning about Being
4. Schelling and Hegel
A. Interpretation of the First Discussions in Schelling’s Treatise
Introduction to the Introduction (pages 7-9)
1. Freedom in the Scientific World (…) -
GA28 – Estrutura da Obra
11 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroDer Deutsche Idealismus
INHALT
EINFÜHRUNG
Die gegenwärtige Problemlage
§ 1. Die Aufgabenbestimmung der Vorlesung
ERSTER TEIL DIE ENTHÜLLUNG DER PHILOSOPHISCHEN GRUNDTENDENZEN DER GEGENWART § 2. Die Aufhellung der Tendenz zur Anthropologie a) Anthropologie als Disziplin b) Anthropologie als eine philosophische Grundtendenz c) Die Idee einer philosophischen Anthropologie § 3. Die Aufhellung der Tendenz zur Metaphysik a) Die heutige Bereitschaft zur Metaphysik b) Zum Begriff der (…) -
Richir (1994:12-15) – 4ª e 5ª transformações do pensamento mítico
30 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroCela nous amène à une quatrième transformation, qui est non moins importante. Alors que les mythes sont toujours énigmatiquement – un peu comme le sont, aujourd’hui, les « histoires drôles » qu’on se raconte – le fruit de l’élaboration collective et anonyme, de et dans la société – il n’y a pas d’auteurs repérables pour les mythes –, les récits mythologiques sont toujours élaborés par des classes savantes, plus ou moins proches du pouvoir royal, ce qui communique sans doute avec le fait que (…)
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Schuback (1998:35-38) – "Eras do mundo" [Weltalter]
22 de janeiro de 2024, por Cardoso de CastroA filosofia tardia de Schelling, a sua filosofia “positiva” ou da liberdade está, de certa forma, ancorada no escrito inacabado que ele denominou de Eras do mundo. Tendo sido planejadas três grandes seções — passado, presente e futuro — Schelling só redigiu, de fato, a primeira, “O passado”, em duas versões (1811 e 1813). A inconclusão desta obra “prometida” não se deve, todavia, à falta de sistematicidade que, segundo muitos, caracteriza a filosofia de Schelling e nem, tampouco, aos (…)
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GA42 (1971:120-122) – liberdade = faculdade para o bem e para o mal
5 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLa libertad es entendida en Schelling, por el contrario, como la facultad para el bien y para el mal. El mal no es un añadido y un complemento; sino la libertad se transforma desde su base en algo diverso.
Rosales
Schelling plantea de nuevo la pregunta por la libertad humana y por cierto en una dirección, cuyo acceso es obstruido precisamente por el idealismo.
El idealismo entendía la libertad como determinación del yo puro, como determinarse a sí mismo en tanto ley, como (…) -
Schuback (1998:52-55) – “eu”
24 de março de 2024, por Cardoso de CastroA filosofia moderna descobre com Descartes o seu princípio no momento em que, ao se perguntar pelo “começo”, pelo “primeiro” de todas as coisas, pergunta na referencialidade do para mim. A pergunta pelo primeiro e pela origem enuncia-se, então, da seguinte maneira: o que é o primeiro, a origem, para mim? O novo princípio consiste não apenas nesta referência ao eu, ao sujeito, mas à ligadura que até hoje se nos apresenta como indestrutível desta referencialidade. Por este novo princípio, toda (…)
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GA42:57-61 – Formação de sistemas filosóficos e ciências
3 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLas condiciones de posibilidad de la primera formación de sistema en la Edad Moderna son a la vez los presupuestos de la génesis y de la existencia de las ciencias actuales
Alberto Rosales
La historia de esa formación de sistema es a la vez la propia historia genética más interna de la ciencia moderna. Ahora bien, esa historia es realmente historia y no es acaso el simple desarrollo de un programa. El dominio de la razón en el ente en total experimenta en el curso de su formación (…) -
Richir (1994:18-21) – teses de Schelling sobre a Mitologia
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLes deux premières thèses fondamentales de Schelling, dont nous allons voir qu’elles s’articulent systématiquement l’une à l’autre, sont : 1) qu’il y a une [19] corrélation stricte entre l’individuation d’un peuple et l’individuation d’une mythologie (« nous ne pouvons concevoir un peuple sans mythologie » : 63 ; 75) ; 2) que la mythologie est un vrai polythéisme à la racine duquel se trouve le théisme : « Ne sont dieux que ceux qui, à travers de nombreux chaînons intermédiaires, d’une (…)
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Richir (1994) – A situação antropológica da mitologia hoje
31 de outubro, por Cardoso de CastroComo atestam numerosos textos filosóficos (até Schelling e Cassirer) e antropológicos, durante muito tempo confundiu-se mitologia e mito. Desde os trabalhos de Cl. Lévi-Strauss (em particular os Mitológicos) e de P. Clastres no domínio ameríndio, isso já não é possível hoje em dia. A mitologia, ou seja, muito especificamente os relatos mitológicos da fundação da ordem cósmica e sociopolítica, encontra-se, por assim dizer, em primeira aproximação, enquadrada por dois outros tipos de formações (…)
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Richir (1994:10-12) – 2ª e 3ª transformações do pensamento mítico
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLa seconde transformation, corrélative de la première comme des autres que nous allons examiner, de la pensée mythologique par rapport à la pensée mythique – transformation frappant immédiatement quand on compare les uns aux autres les récits mythiques et les récits mythologiques –, est que, dans ces derniers, les hommes sont pratiquement absents : ils n’interviennent, au mieux que par allusion furtive (au début de la Théogonie d’Hésiode, à propos d’Eros), et en tout cas, ils ne sont (…)
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GA42:50-51 – Sistema
3 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLa posibilidad de sistemas, en la forma históricamente determinada en que los conocemos hasta ahora, se inaugura sólo a partir del instante en que la existencia histórica del hombre llega en Occidente a nuevas condiciones, cuyo efecto unitario hace surgir lo que llamamos Edad Moderna.
Alberto Rosales
¿Cómo y bajo qué condiciones se llega en la filosofía a la formación de sistema?
La posibilidad de la idea de algo así como un sistema, así como la posibilidad de su inicio y ejecución, (…)
Notas
- Colette (2009:C1) – Schelling e Kierkegaard, existencialismo
- Dufour-Kowalska (1980:36-38) – essência
- GA42 (1971:215-216) – o mal (Böse)
- GA61: Aristóteles, Lutero e o Idealismo alemão
- GA8:95-96: Wollen - querer
- Gadamer (VM) – Essência da mudança súbita
- Schelling (Weltalter) – busca pelo início
- Schuback (1998:28,31) – exemplaridade humana