O conteúdo e a data da “virada” [Kehre] de Heidegger continuam sendo objeto de muito debate. Argumentarei que é necessário distinguir vários sentidos distintos, embora complexamente inter-relacionados, da virada. O próprio Heidegger, às vezes, prefere falar da Kehre como pertencente à própria matéria (Sachverhalt), em distinção do que ele chamou de “uma mudança ou virada em meu pensamento” (eine Wendung in meinem Denken), que refletiria sua tentativa de corresponder à virada do ser ou do (…)
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Bret Davis
- DAVIS, Bret. Heidegger and the Will - On the Way to Gelassenheit. Evanston, Northwestern University Press, 2007
- DAVIS, Bret (ed.). Martin Heidegger Key Concepts. Durham: Acumen, 2010
Matérias
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Davis (2007:61-65) – virada [Kehre]
6 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro -
Bret Davis (2007:5-9) – vontade
8 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
[…] se quisermos seguir o caminho de Heidegger para repensar a vontade, temos de pôr em causa de forma mais radical o pressuposto tradicional de que a vontade é simplesmente uma "faculdade do sujeito". Para começar, e se fosse verdade o contrário — que a subjetividade é antes, por assim dizer, uma "faculdade da vontade"? E se a vontade estivesse subjacente ao sujeito, e não o contrário? Em outras palavras, e se fosse o caso de pensar em termos de um sujeito que possui faculdades, (…) -
Davis (2007:xxvii-xxix) – Gelassenheit em Eckhart
4 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroAlgumas conotações tradicionais de Gelassenheit — por exemplo, como uma libertação da vontade e como um descanso (Ruhe) dentro do movimento ou uma “calma interior” no meio da atividade — são de fato positivamente incorporadas ao pensamento de Heidegger. Mas, talvez em uma tentativa de liberar seu sentido das categorias do pensamento metafísico. Heidegger limita suas referências à história semântica do termo. Uma exceção significativa a esse respeito é sua referência a Meister Eckhart. (…)
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Davis (2007:40-42) – decisão [Entschlossenheit] é vontade?
5 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroNão é difícil ouvir certos tons intencionais — se não de fato a melodia de um voluntarismo existencial puro e simples — na noção de “decisão” [Entschlossenheit] em passagens como a seguinte:
A presença [Dasein] decidida se liberta para seu mundo a partir daquilo em virtude de que o poder-ser se escolhe a si mesmo… De acordo com sua essência ontológica, a decisão é sempre decisão de uma determinada presença [Dasein] fática. A essência desse ente é sua existência. Decisão só “existe” (…) -
Davis (2007:18-20) – não-querer e não-vontade
5 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroO “domínio da vontade” inclui, para começar, os extremos polares de uma vontade assertiva e direta, por um lado, e a simples negação ou ausência de vontade, por outro. O domínio da vontade, portanto, engloba não apenas o voluntarismo, mas também sua simples negação, os estados deficientes de vontade que muitas vezes são chamados de quietismo, resignação, passivismo e fatalismo, e aos quais me referirei em geral como “não-querer”. O não-querer é entendido como o simples oposto da afirmação da (…)
Notas
- Bret Davis (2007:10) – vontade segundo Levinas
- Bret Davis (2007:12) – Querer quer aquele que quer
- Bret Davis (2007:13) – vontade e metafísica
- Bret Davis (2007:13) – vontade e representação
- Bret Davis (2007:13-14) – ir além da vontade?
- Bret Davis (2007:21-22) – a própria vontade é má?
- Bret Davis (2007:22-23) – vontade, termos chaves
- Bret Davis (2010:8-9) – Dasein é o sítio da ocorrência do ser
- Davis (2007:xxx-xxxi) – vontade pura