O olhar teórico (theoretisch) já reduziu sempre o mundo à uniformidade do puro subsistente, e no interior dessa uniformidade está, porém, certamente contida uma nova riqueza do que pode ser descoberto no puro determinar. Mas a θεωρία mais pura também não abandonou todo estado-de-ânimo; no seu puro olhar, o só subsistente se mostra unicamente em seu aspecto puro, quando pode fazer-que-venha-de-encontro no tranquilo demorar junto a… na ραστώνη e na διαγωγή (Cf. Aristóteles, Met. A 2, 982 b 22 (…)
João Cardoso de Castro (doutor Bioética - UFRJ) e Murilo Cardoso de Castro (doutor Filosofia - UFRJ)
Matérias mais recentes
-
SZ – teórico (theoretisch)
10 de março, por Cardoso de Castro -
Meditação (Besinnung)
10 de março, por Cardoso de CastroWhat then is meditation actually, and properly speaking?
That about which I meditate I seek to apprehend just as it is. Meditation (Besinnung) is the fathoming of sense (Sinn) down to its source and ground. The sense of something is its what, how, why, what-for. My life is my life. Meditation on the bearing of our life is apprehension of the how, why, and wherefore of our life. Meditation on my life is self meditation. The sense of a sentence is that which is true, which irrefutably holds, (…) -
SZ – Vernehmenlassen
10 de março, por Cardoso de CastroY, como la función del Λόγος no consiste sino en hacer que algo sea visto, en hacer que el ente sea percibido (Vernehmenlassen des Seienden), Λόγος puede significar también la razón (Vernunft ((«puede significar también la razón»: Heidegger pone aquí en relación la palabra Vernunft (razón) con la palabra vernehmen, que significa aprehender. Esta relación no se da en los idiomas latinos. (N. del T.)). Y como, por otra parte, Λόγος se usa no sólo en la significación de λέγειν, sino también en (…)
-
SZ – Sachgehalt
10 de março, por Cardoso de CastroAun cuando la delimitación formal de la problemática ontológica frente a la investigación óntica resulte fácil, la realización y, sobre todo, el planteamiento inicial de una analítica existencial del Dasein no carece de dificultades. En la tarea de esta última está contenido un desiderátum que inquieta desde hace mucho tiempo a la filosofía (NotaH a: ¡De ningún modo! Porque el concepto de mundo no ha sido ni siquiera comprendido), en cuyo cumplimiento, sin embargo, ésta fracasa una y otra (…)
-
SZ – Sein überhaupt
10 de março, por Cardoso de CastroConsiderada en su contenido, la fenomenología es la ciencia del ser del ente – ontología. Al hacer la aclaración de las tareas de la ontología, surgió la necesidad de una ontología fundamental; ésta tiene como tema el ente óntico-ontológicamente privilegiado (el Dasein), y de esta suerte se ve enfrentada al problema cardinal, esto es, a la pregunta por el sentido del ser en cuanto tal (von Sein überhaupt ((NotaH a: Ser – no un género, no el ser para el ente en general; el «überhaupt» = (…)
-
Agamben (2012) – alienação da arte
8 de março, por Cardoso de CastroEssa estrutura original da obra de arte está hoje ofuscada. No ponto extremo do seu destino metafísico, a arte, tornada uma potência niilista, um “nada que se autonadifica”, vaga no deserto da terra aesthetica e gira eternamente em torno da própria dilaceração. A sua alienação é a alienação fundamental, porque acena para a alienação do próprio espaço histórico original do homem. Aquilo que o homem corre o risco de perder com a obra de arte não é, de fato, simplesmente um bem cultural, por (…)
-
Agamben (2012) – A arte é a eterna autogeração da vontade de poder
8 de março, por Cardoso de CastroMas na essência da arte, que atravessou até o fundo o próprio nada, domina a vontade. A arte é a eterna autogeração da vontade de potência. Como tal, ela se destaca tanto da atividade do artista quanto da sensibilidade do espectador para se colocar como o traço fundamental do devir universal. Um fragmento dos anos 1885-86 afirma : “A obra de arte, onde ela aparece sem artista, por exemplo como corpo, como organismo… Em que medida o artista não é senão uma grande preliminar. O mundo como obra (…)
-
Agamben (2012) – techne e poiesis
8 de março, por Cardoso de CastroNo segundo livro da Física, Aristóteles distingue, porém, aquilo que, sendo por natureza (φύσει), tem em si mesmo a própria ἀρχή, isto é, o princípio e a origem do próprio ingresso na presença, daquilo que, sendo por outras causas (δι᾿ἄλλας αἰτίας), não tem em si mesmo o próprio princípio, mas o encontra na atividade pro-dutiva do homem ]. Desse segundo gênero de coisas, os gregos diziam que ele era, isto é, entrava na presença, ἀπὸ τέχνης, a partir da técnica, e τέχνη era o nome que (…)
-
Agamben (2012) – filosofia e arte
8 de março, por Cardoso de CastroÉ comum esquivar esse juízo de Hegel, objetando que, desde a época em que ele escrevia o seu elogio fúnebre, a arte produziu inumeráveis obras-primas e assistimos ao nascimento de outros tantos movimentos estéticos ; e que, por outro lado, a sua afirmação era ditada pelo propósito de deixar à filosofia a preeminência dentre as outras formas do Espírito absoluto ; mas quem quer que tenha lido as Lições de estética sabe que Hegel não tinha jamais pretendido negar a possibilidade de um ulterior (…)
-
Agamben (2012) – Arte e niilismo
8 de março, por Cardoso de CastroO exame do gosto estético nos leva, assim, a nos perguntarmos se não existe talvez algum tipo de nexo entre o destino da arte e o surgimento daquele niilismo que, segundo as palavras de Heidegger, não é de modo algum um movimento histórico ao lado de outros, mas “pensado na sua essência, é o movimento fundamental da História do Ocidente” [1]]. (AgambenH)