detalhe
[…] Heidegger está bem ciente do peso da tradição, que, como Karl Marx diz da história em geral, oprime o cérebro dos vivos como um pesadelo. E é quase como se Heidegger pudesse ouvir as declarações de futuros comentadores que não achariam nada mais natural do que identificar o Dasein com o sujeito e o mundo com o objeto. A análise temática do "ser-em" é para despertar o leitor de tal pesadelo, no qual todo o projeto de Ser e Tempo se afundaria. Heidegger não tem ilusões sobre a (…)
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lumen naturale
O homem, porém, não se comporta apenas como um crente em relação a Deus e ao mundo criado por Deus. O homem também se comporta em relação ao efetivamente real graças ao lumen naturale. Sob a luz natural da razão, uma certeza que lhe é própria precisa se tornar normativa, se é que a certeza decide quanto à relação adequada com o efetivamente real. Todos os comportamentos e todas as atuações naturais dos homens precisam ser colocados necessária e totalmente sobre o solo de uma certeza obtida pelo homem para si mesmo e por si mesmo, se o supranatural se funda de certa maneira sobre o natural de acordo com a seguinte sentença: gratia supponit naturam. A essência da verdade do comportamento natural do homem precisa ser a certeza. [GA6 ]
lumen naturale, n.: GA2 177, 226; SZ 133, 170; GA6 .2 388; GA7 257; GA8 262; GA14 82; GA15 379; GA17 185, 208, 211; GA20 411, 412; GA36/37 154; GA42 200; GA65 163, 337; GA76 197, 204; GA86 260, 814; GA88 78, 81, 88, 94, 95, 236. [HC]
LUMEN E CORRELATOS
