Le moins qu’on puisse dire est que Heidegger ne parle pas souvent de J. G. Hamann (le « Mage du Nord »), sur lequel son attention a cependant dû être très tôt attirée par la lecture de Kierkegaard et, plus tard, par celle de Schelling.
Je suis un admirateur de Hamann, je n’en fais pas mystère ; mais je reconnais volontiers qu’en son élasticité sa pensée souffre d’inégalité, comme sa prodigieuse souplesse d’un manque de maîtrise, du moins si l’on cherche dans son œuvre un travail suivi. (…)
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Hermeneutik …
Hermeneutik / hermenêutica / hermeneutique / hermeneutics / hermeneutica / hermeneutische Situation / situation herméneutique / situação hermenêutica / hermeneutical situation / hermeneutische Zirkel / círculo hermenêutico / hermeneutische Phänomenologie / hermeneutische Als / hermeneutisch / Hermeneutik des Daseins / Hermeneutik der Faktizität
Heidegger faz um breve histórico de Hermeneutik, “ hermenêutica”, em GA63 , Ontologia: a hermenêutica da facticidade. Ele começa com o Ion de Platão , onde Sócrates chama os poetas de “intérpretes”, hermenes, dos deuses (Ion, 534e4-5). Hermeneuein é a palavra grega para “interpretar”, e hermeneia, “interpretação”, Auslegung, que descobre o previamente escondido (GA63 , 11). Hermeneutik não é, atualmente, interpretação e, sim, teoria ou estudo da interpretação. Esta disciplina foi sistematizada por Schleiermacher como “ (a teoria da) arte da compreensão (Kunst(lehre) das Verstehens]”, primordialmente de textos escritos (GA63 , 13). Dilthey , biógrafo de Schleiermacher , estendeu a hermenêutica às “ciências humanas [Geisteswissenschaften]”, que incluem a filologia, mas também o estudo da história, teologia, arte, instituições sociais etc. A hermenêutica é, agora, a metodologia, o estudo do método, de tais ciências. Heidegger usa Hermeneutik para significar “interpretação”, interpretação da “facticidade”, isto é, de nosso próprio DASEIN (GA63 , 14). Esta tarefa filosófica é um desenvolvimento do que o Dasein cotidiano faz. Dasein, essencialmente, interpreta a si mesmo como, por exemplo, um soldado, e tal interpretação de si torna Dasein o que ele é (GA63 , 15). Não que Dasein sempre interprete a si mesmo autenticamente: “Dasein fala de si mesmo, mas é apenas uma máscara que usa para si mesmo, com o intuito de não apavorar a si mesmo”; assim fazendo, Dasein adota a interpretação do IMPESSOAL (GA63 , 32). O ser está essencialmente escondido sob a tradição. Precisamos, assim, de uma “destruição [Abbau] da tradição” (GA63 , 71). “Hermeneutik ist Destruktion” (GA63 , 105). Interpretar a vida humana é como interpretar um texto recoberto por séculos de exegese distorcida. Precisamos estar certos de que nossa “posição prévia [Vorhabe]”, nossa aproximação preliminar, é “original e genuína”, e não adotada da tradição ou do IMPESSOAL (GA63 , 80). A posição prévia, visão prévia e concepção prévia pressupostas pela interpretação também são chamadas de hermeneutische Situation, de situação hermenêutica (GA61 , 3, 187; GA17 , 110, 115; SZ , 232).
Heidegger argumenta que, em seu discurso, a hermenêutica abarca outros sentidos: 1. E, primordialmente, interpretação, “desvelando o sentido [Sinn] do ser e as estruturas básicas de Dasein”. 2. Já que a hermenêutica no sentido 1 “apresenta o horizonte para qualquer outro estudo ontológico dos entes que não são do tipo de Dasein, também há hermenêutica no sentido de Schleiermacher ”: ela elabora as [80] “condições de possibilidade de qualquer investigação ontológica”. 3. A prioridade ontoló-gica de Dasein sobre os outros entes depende da sua possibilidade de EXISTÊNCIA. Assim, ao interpretar o ser de Dasein, a hermenêutica no sentido 1 precisa analisar a “existencialidade da existência”. Este sentido da “hermenêutica” é “filosoficamente primordial”: a filosofia parte da “hermenêutica de Dasein”, já que todo questionamento filosófico surge da existência e para ela retorna. (SZ , 38, 436). 4. A “hermenêutica de Dasein” “ontologicamente prepara a historicalidade [Geschichtlichkeit] de Dasein como a condição ôntica da possibilidade da história [Historie]”. Então, a “metodologia das ciências históricas” enraíza-se na hermenêutica no sentido 3. Este é um sentido derivativo de “hermenêutica”, cf. o sentido de Dilthey (SZ , 37s). [DH :79-80]
HERMENEUTIK E CORRELATOS