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Wiederholung

terça-feira 4 de julho de 2023

Wiederholung, répétition, repetição, retrieval, repetition, repetición

«repetición»: en alemán, «Wiederholung». Esta palabra alemana podría traducirse también como «retorna», es decir, una vuelta a tomar lo que ya había sido emprendido antaño. [Rivera Rivera
Jorge Eduardo Rivera
JORGE EDUARDO RIVERA CRUCHAGA (1927-2017)
; STRivera:Notas]


Cultivating [Ausbildung] ἔξις never depends on an operation [Betrieb], a routine. In an operation [Betrieb], the moment [Augenblick] is destroyed. Every completedness [Fertigkeit], as settled routine, breaks down in the face of the moment. Appropriation [Aneignung] and cultivation [Ausbildung] of ἔξις through habituation [Gewöhnung] means nothing other than correct repetition [Wiederholung]. [GA18MT GA18
GA18MT
GA 18
GA XVIII
Grundbegriffe der aristotelischen Philosophie (Summer semester 1924), ed. M. Michalski, 2002, XIV, 418p.
:128]
VIDE: Wiederholung

re-petição [STMSCC]
répétition [ETEM GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
]
repetition [BTJS GA2
Sein und Zeit
SZ
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S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
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STFC
BTMR
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STJG
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Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
]

NT: Retrieve, repetition (Wiederholung), 2-4, 8, 17, 26, 51, 72 n. 1, 234, 304-305, 308, 331-333, 339, 343, 350, 380, 385-386, 390-392, 394-397; of the question of being, 2-4 (§ 1), 8, 26; of the analysis of Da-sein, 17, 234, 304-305, 331-333 (§ 66); of what has been ontically discovered, 51; of possibilities, 343, 385-386, 390-391, 395-396; and anticipation, 391; and destiny, 386; and fate, 386, 390-391, 395; and the future, 386, 397; and havingbeen, 339, 343-344, 350, 391, 394-395, 397; and resoluteness, 308, 386, 392, 396. See also Heritage; Historicity; Tradition [BTJS GA2
Sein und Zeit
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Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
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Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
]


NT: A palavra alemã apresenta várias conotações ligadas ao verbo holen = ir buscar, alcançar, atingir. A essas conotações o prefixo wieder acrescenta o sentido de renovação e recuperação. Para traduzir essa amplitude semântica, valeu-se do verbo latino petere, que significa alcançar, atingir, seja com sentido agressivo ou não, e o prefixo re que também exprime o duplo sentido de novamente e restauração. [STMSCC]
Heidegger usa vários termos para a atitude apropriada em relação ao passado. Wiederholung, "repetição, resgate, retomada", vem de wiederholen, que possui dois sentidos: 1. "repetir, reiterar, dizer ou fazer de novo [wieder]"; aqui o verbo é inseparável, isto é, ele não pode aparecer como holen…wieder, com outras palavras intervindo entre os dois constituintes. 2. "resgatar, recuperar [p.ex., uma bola]"; aqui ele é separável. Quando Heidegger fala da "necessidade de uma (explícita) Wiederholung da questão acerca do ser" (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
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Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
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Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, 2, 3), quer dizer que precisamos repeti-la, perguntá-la de novo. Ele também a utiliza em um sentido mais próximo ao de 2: "Pela Wiederholung de um problema básico, compreendemos a descoberta das suas possibilidades originais, há tanto tempo escondidas; ao elaborá-las, nós as transformamos e a substância do problema é pela primeira vez preservada" (GA3 GA3
GA 3
GA III
GA3PT
GA3ES
GA3FR
GA3EN
Kant und das Problem der Metaphysik (1929), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1991. 2. Auflage 2010.
, 204/139). Seu tratamento de Kant Kant Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou. exemplifica tal repetição. Ele primeiramente considera "a fundamentação kantiana da metafísica em sua originalidade", apresentando uma interpretação que ultrapassa as palavras de Kant Kant Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou. de modo a alcançar o seu "não dito": que razão e sensibilidade enraízam-se na imaginação transcendental, que a imaginação é a fonte do tempo, e que Kant Kant Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou. eximiu-se desse "abismo" na segunda edição da Crítica da Razão Pura (GA3 GA3
GA 3
GA III
GA3PT
GA3ES
GA3FR
GA3EN
Kant und das Problem der Metaphysik (1929), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1991. 2. Auflage 2010.
, 126ss/87ss). Considera a "fundamentação da metafísica em uma Wiederholung", e apresenta não uma interpretação, mas um sumário do seu próprio pensamento, chamando atenção para a sua afinidade com o de Kant Kant Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou. (GA3 GA3
GA 3
GA III
GA3PT
GA3ES
GA3FR
GA3EN
Kant und das Problem der Metaphysik (1929), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1991. 2. Auflage 2010.
, 204ss/139ss). Um outro caso é este: para Platão Platon
Plato
Platão
Platón
O pensamento de Heidegger é um diálogo a todo instante com aquele de Platão. Presente em todos os escritos de Heidegger desde Ser e Tempo, Platão é o pivô a partir do qual o pensamento de Heidegger se engaja prospectivamente a entrar em correspondência com outros Matinais. (LDMH)
, o aprendizado é um conhecimento adquirido antes do nascimento do qual nos recordamos. Leibniz Leibniz LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm (1646-1716). Leibniz centraliza sua reflexão sobre o "tema" que H tem por central em toda filosofia desde Platão e Aristóteles: a questão do ser. (LDMH) "repetiu" isso, rejeitando a existência anterior ao nascimento, mas argumentando que nascemos com ideias ou disposições inatas, como veios no mármore das nossas almas. Chomsky repetiu Leibniz Leibniz LEIBNIZ, Gottfried Wilhelm (1646-1716). Leibniz centraliza sua reflexão sobre o "tema" que H tem por central em toda filosofia desde Platão e Aristóteles: a questão do ser. (LDMH) , argumentando que possuímos uma certa estrutura gramatical inata. [DH Inwood
DH
Michael Inwood / Dicionário Heidegger
:159]
Wiederholung (repetition, retrieve) — Against Rickert’s objection in WS 1921-22 [GA61 GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
] that philosophy is creation rather than a mere repetition of life (GA61 GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
:80, 88), Heidegger insists that philosophy as a “basic How of life” repetitively re-takes life out of its lapse by way of radical research. In SS 1924 [GA18 GA18
GA18MT
GA 18
GA XVIII
Grundbegriffe der aristotelischen Philosophie (Summer semester 1924), ed. M. Michalski, 2002, XIV, 418p.
], Heidegger contrasts the rote repetition involved in human making with the more creative repetition of prior resolutions in human action, through a habituated predisposition to sagacious choice of the proper moment for appropriate action. Authentic history as repetition of the possibility of the past is first mentioned in the talk of July 1924. But repetition in its full historical sense as explicit transmission of a tradition (SZ GA2
Sein und Zeit
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Être et temps
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Being and Time
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ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
385), as well as the ever-deepening methodical repetition of the Dasein-analysis and of the questioning of being, are both first explicated and illustrated in BT. [KisielBT:509]
1. ‘Die Wiederholung lässt sich, einem entschlossenen Sichentwerfen entspringend, nicht vom “Vergangenen” überreden, um es als das vormals Wirkliche nur wiederkehren zu lassen. Die Wiederholung erwidert vielmehr die Möglichkeit der dagewesenen Existenz. Die Erwiderung der Möglichkeit im Entschluss ist aber zugleich als augenblickliche der Widerruf dessen, was in Heute sich als “Vergangenheit” auswirkt.’ The idea seems to be that in resolute repetition one is having, as it were, a conversation with the past, in which the past proposes certain possibilities for adoption, but in which one makes a rejoinder to this proposal by ‘reciprocating’ with the proposal of other possibilities as a sort of rebuke to the past, which one now disavows. (The punning treatment of ‘wieder’ and ‘wider’ is presumably intentional.) [BTMR GA2
Sein und Zeit
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Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
:437]
N9 Il est impossible de rendre en français le jeu linguistique auquel, une fois encore, se livre Heidegger. Il vient de dire qu’il était possible que le Dasein aille rechercher (holen) son ‘pouvoir-et-savoir-être’ existentiel dans la compréhension traditionnelle qu’il a de lui-même ; parler ensuite de répétition (wiederholen), c’est donc dire « aller chercher de nouveau » la possibilité d’exister que le Dasein se lègue en permanence à soi-même.

« La répétition n’est pas un concept qui nous soit inconnu à ce stade de notre lecture de l’Être et le Temps. L’analyse de la temporalité dans son ensemble est, nous l’avons vu, une répétition de toute l’analytique du Dasein conduite dans la première section. En outre, la catégorie maîtresse de temporalité a trouvé, au chapitre IV de la seconde section, une confirmation spécifique dans la capacité de répéter, trait pour trait, chacun des moments de l’analytique du Dasein. Voici maintenant que la répétition est le nom donné au procès par lequel, au niveau dérivé de l’historialité, l’anticipation du futur, la reprise de la déréliction et le coup d’œil ajusté à ‘son temps’ reconstituent leur unité. En un sens, l’engendrement mutuel des trois ek-stases de la temporalité à partir du futur contenait l’esquisse de la répétition. Mais, dans la mesure où l’historialité a apporté avec elles de nouvelles catégories issues de l’historial – du Geschehen –, dans la mesure surtout où toute l’analyse a basculé de l’anticipation du futur vers la reprise du ‘passé révolu’, un concept nouveau de rassemblement des trois ek-stases est requis, qui s’appuie sur le thème exprès de l’historialité, à savoir la transmission de possibilités héritées et pourtant choisies. » (PR, page 139) [ETJA GA2
Sein und Zeit
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Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
]


Répéter, c’est poser à neuf, poser de manière plus radicale, articuler différemment la même question, dit Françoise Dastur Dastur
Françoise Dastur
DASTUR, Françoise (1942)
. Répétition : « Cela ne signifie pas la réitération uniforme du toujours identique, mais tout au contraire : chercher, aller chercher, ramener, engranger, recueillir ce qui, en retrait, s’abrite dans l’ancien. » Phrase citée par Jean-François Courtine Courtine
Jean-François Courtine
Jean-François Courtine (1944)
(CourtineHP, page 31).

Et de citer Heidegger lui-même, un peu plus loin (CourtineHP, page 114) : « Nous entendons par répétition d’un problème fondamental la déhiscence des possibilités qu’il recèle. Le développement de celles-ci a pour effet de transformer le problème considéré et, par là même, de lui conserver son contenu authentique. Conserver un problème signifie libérer et sauvegarder la force intérieure qui est à la source de son essence et qui le rend possible comme problème. (Kant Kant Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou. et le problème de la Métaphysique, traduction française, page 261). » Et Jean-François Courtine Courtine
Jean-François Courtine
Jean-François Courtine (1944)
d’ajouter ce commentaire : « Mais la répétition, dans la mesure où elle a pour fonction essentielle de délivrer le possible en le dégageant du problème qui se trouve par là même conservé (c’est en effet ‘la compréhension du possible qui domine toute répétition’), se caractérise aussi, co-originairement, comme dé(con)struction. »

Rappelons enfin, et on aura l’occasion d’y revenir, que la dé(con)struction [Destruktion] est « inséparable des deux autres éléments de la méthode phénoménologique que sont la réduction et la construction. » (DasturHQL, page 153), étant précisé que pour Heidegger la réduction consiste à reporter le regard de l’étant à l’être (cf. note , alinéa 12 du §64, page [322], ou la reconduction au fondement de ce qui rend possible l’objet de l’analyse (cf. concernant le logos apophantikos DasturHQL, page 153 encore). [Auxenfants Auxenfants
Jacques Auxenfants
Jacques Auxenfants - tradutor em francês de Sein und Zeit
; ETJA GA2
Sein und Zeit
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Ser e Tempo
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Ser y Tiempo
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Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
:§6]