nossa tradução
Creia-me, não há grande dor, nem grandes arrependimentos, nem grandes lembranças. Tudo se esquece, mesmo os grandes amores. Isto é o que há de triste e de exaltante ao mesmo tempo na vida. Há somente certa maneira de ver as coisas e ela surge de tempos em tempos. É por isto que ainda é bom ter tido um grande amor, uma paixão infeliz em sua vida. Isto faz pelo menos um álibi para os desesperos sem razão dos quais somos sobrecarregados. Original
« Crois-moi, il n’y a pas de (…)
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Existencialismo
Citações das obras de Kierkegaard
Kierkegaard
SØREN AABYE KIERKEGAARD (1813-1855)
, Dostoiévski
Dostoiévski
, Sartre
Sartre
Jean-Paul Sartre
JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980)
Excertos, por termos relevantes, de sua obra original em francês
e outros
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Camus (MH) – Tudo se esquece…
27 de abril de 2021, por Cardoso de Castro -
Nietzsche (VP:579): sofrimento
5 de julho de 2020, por Cardoso de CastroPara a psicologia da metafísica. — Este mundo é aparente — consequentemente, há um mundo verdadeiro. Este mundo é condicionado — consequentemente, há um mundo incondicionado. Este mundo é contraditório — consequentemente, há um mundo sem contradição. Este mundo está em devir — consequentemente, há um mundo que é. Meras conclusões falsas (confiança cega na razão: se A é, então também o seu conceito-oposição B há de ser). O sofrimento inspira essas conclusões: no fundo, são desejos de que (…)
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Kierkegaard (CA:Caput V) – angústia e possibilidade
10 de junho de 2020, por Cardoso de Castro[tabby title="Montenegro Valls"]
Acha-se num dos contos de Grimm uma narrativa sobre um moço que saiu a aventurar-se pelo mundo para aprender a angustiar-se. Deixemos esse aventureiro seguir o seu caminho, sem nos preocuparmos [em saber] se encontrou ou não o terrível [det Forfœrdelige]. Ao invés disso, quero afirmar que essa é uma aventura pela qual todos têm de passar: a de aprender a angustiar-se, para que não se venham a perder, nem por jamais terem estado angustiados nem por afundarem (…) -
Nietzsche (VP:288-291) – Moral como tentativa de produzir o orgulho humano
5 de junho de 2020, por Cardoso de Castro288
Moral como tentativa de produzir o orgulho humano. — A teoria do “livre-arbítrio” é antirreligiosa. Ela quer criar para o homem um direito de poder pensar-se como causa de seus mais altos estados e ações: ela é uma forma do crescente sentimento de orgulho.
O homem sente o seu poder, sua “felicidade”, então diz a si mesmo: deve haver “vontade” antes desse estado, — do contrário tal estado não pertence a ele. A virtude é a tentativa de colocar um fato do querer e ter-querido como um (…) -
Nietzsche (AFZ:III-5) – Da virtude amesquinhadora II
16 de maio de 2020, por Cardoso de Castro[tabby title="Ferreira dos Santos"]
“Passo por entre este povo de olhos bem abertos; eles não me perdoam de não lhes invejar as virtudes.
Querem morder-me, por eu lhes dizer que as pessoas pequenas necessitam de pequenas virtudes, e porque me é difícil conceber que sejam necessárias as pessoas pequenas.
Estou aqui como galo em terreiro estranho, que até as galinhas lhe querem bicar: mas eu nem por isso guardo rancor a tais galinhas.
Sou indulgente para com elas como se é para com (…) -
Nietzsche (AFZ) – Estado
10 de maio de 2020, por Cardoso de Castro[tabby title="Ferreira dos Santos"]
“Ainda há em algumas partes povos e rebanhos; mas não entre nós, meus irmãos; entre nós há Estados.
Estado? Que é isso? Vamos! Abri os ouvidos, porque eu vos vou falar da morte dos povos.
Estado chama-se o mais frio dos monstros frios. É frio também quando mente com aquela mentira rasteira que sai de sua boca: ‘Eu, o Estado, sou o Povo’.
Mentira! Criadores foram os construtores de povos, os que suspenderam sobre eles uma fé e um amor; serviram (…) -
Nietzsche (GM:I.13) – “o agente” é uma ficção acrescentada à ação
10 de fevereiro de 2020, por Cardoso de Castro[tabby title="Paulo César de Souza"]
— Mas voltemos atrás: o problema da outra origem do “bom”, do bom como concebido pelo homem do ressentimento, exige sua conclusão. — Que as ovelhas tenham rancor às grandes aves de rapina não surpreende: mas não é motivo para censurar às aves de rapina o fato de pegarem as ovelhinhas. E se as ovelhas dizem entre si: “essas aves de rapina são más; e quem for o menos possível ave de rapina, e sim o seu oposto, ovelha — este não deveria ser bom?”, não há o (…) -
Kierkegaard: o "si mesmo"
19 de janeiro de 2020, por Cardoso de Castro[tabby title="nossa tradução"]
As articulações de Kierkegaard sobre a individualidade [selfhood] são completamente não substancialistas. De fato, desde o início, o pseudônimo de Kierkegaard, o juiz William, rejeita ativamente a noção de si mesmo como uma substância à qual quaisquer predicados psicológicos poderiam ser atribuídos sem comprometer sua identidade, como se um indivíduo ’pudesse ser mudado continuamente e permanecesse o mesmo, como se seu si mais íntimo fosse um símbolo (…) -
Kierkegaard: "eu" - o voltar-se da relação sobre si mesma
30 de dezembro de 2019, por Cardoso de Castro[tabby title="Xavier de Melo Carneiro"]
’’KIERKEGAARD, Soeren. Tratado do Desespero. Introdução e Tradução de José Xavier de Melo Carneiro. Brasília: Coordenada-Editora de Brasília, 1969, p. 43-44.’’
Doença do espírito, do eu, o desespero pode assumir três figuras: o desesperado inconsciente de ter um eu (o que não é verdadeiro desespero); o desesperado que não quer ser ele mesmo e o desesperado que quer sê-lo.
O homem é espírito. Mas o que é o espírito? É o eu. E o eu, então? O eu é (…) -
Buber: Eu e Tu – Eu e Isso
19 de dezembro de 2019, por Cardoso de CastroO mundo é duplo para o homem, segundo a dualidade de sua atitude. A atitude do homem é dupla de acordo com a dualidade das palavras-princípio que ele pode proferir.
As palavras-princípio não são vocábulos isolados mas pares de vocábulos.
Uma palavra-princípio é o par Eu-Tu. A outra é o par Eu-Isso no qual, sem que seja alterada a palavra-princípio, pode-se substituir Isso por Ele ou Ela.
Deste modo, o Eu do homem é também duplo.
Pois, o Eu da palavra-princípio Eu-Tu é diferente (…)