Fenomenologia, Existencialismo e Daseinsanálise

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Graham Harman (2002:Intro) – Zuhandenheit

sexta-feira 25 de outubro de 2024

A chave para a filosofia de Heidegger é o conceito de Zuhandenheit ou prontidão para a mão [STMS GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
:manualidade], ao qual também me refiro como “ser-utensílio”. Essa não seria uma afirmação tão incomum se não fosse por minha afirmação de que esse conceito tem sido quase universalmente mal compreendido. A análise de utensílios não é uma descrição regional limitada de martelos, serras, palitos de dente e outros dispositivos técnicos. Em vez disso, a famosa análise de ferramentas é válida para todas as entidades, independentemente de serem úteis ou inúteis. Os próprios entes estão envolvidos em uma troca contínua entre a presença à mão [Vorhandenheit] e a prontidão à mão. Essa estrutura dupla pertence a todas as entidades e não é uma declaração sobre os altos e baixos da atividade humana. Dessa forma, é inútil ler a análise de Heidegger pelas lentes do pragmatismo. Exatamente pela mesma razão, ela não pode ser lida em termos do relato de Aristóteles Aristoteles
Aristote
Aristóteles
Aristotle
Para Heidegger, Aristóteles é com efeito toda a filosofia, por esta razão passou sua vida a situar, demarcar, mensurar, em resumo questionar em sua dimensão mesma de lugar, este lugar comum a toda humanidade.
sobre a poiesis — uma tendência crescente que precisa ser interrompida antes que falsamente pareça óbvia. A prontidão para a mão tem tudo a ver com um modo de ser das entidades, e nada a ver com as circunstâncias sob as quais elas foram produzidas. Por razões semelhantes, não há base na análise de ferramentas para qualquer teoria frutífera da tecnologia moderna. Quaisquer que tenham sido as intenções de Heidegger, sua teoria do utensílio se aplica a todas as entidades: cinzéis, ogivas nucleares e girassóis. É fundamental que não sejamos enganados pelas conotações usuais da palavra “ferramenta”.

[HARMAN, Graham. Tool-Being. Heidegger and the Metaphysics of Objects. Chicago: Open Court, 2002]


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