O pensamento exato se prende unicamente ao cálculo do ente e a este serve exclusivamente. Qualquer cálculo reduz todo numerável ao enumerado, para utilizá-lo para a próxima enumeração. O cálculo não admite outra coisa que o enumerável. Cada coisa é apenas aquilo que se pode enumerar. O que a cada momento é enumerado assegura o progresso na enumeração. Esta utiliza progressivamente os números e é, em si mesma, um contínuo consumir-se. O resultado do cálculo com o ente vale como o enumerável e (…)
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Gesamtausgabe
Extratos dos escritos de Martin Heidegger utilizando as traduções em inglês, francês, espanhol, português, com a ajuda de um glossário das palavras em alemão em suas versões nestas traduções.
Para um autor que, ao conceber o rumo da sua Edição integral (Gesamtausgabe), a caracterizou com o lema Wege, nicht Werke (caminhos, não obras), e que, ao longo da sua produção, dedicou amplas passagens a tematização do "caminho" e do "estar a caminho" — como sentido profundo daquilo a que a tradição, interpretando o "hodos" grego, chamou método — a escolha desta palavra composta não foi, decerto, inócua. (Irene Borges-Duarte Borges-Duarte Irene Borges-Duarte )
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GA9:308-310 – O uso consumidor do ente
27 de maio de 2023, por Cardoso de Castro -
GA9:187-189 – deixar-ser [Sein-lassen]
27 de maio de 2023, por Cardoso de CastroA hostilidade contra a tese que diz que a essência da verdade é a liberdade apoia-se em preconceitos dos quais os mais obstinados são: a liberdade é uma propriedade do homem; a essência da liberdade não necessita nem tolera um exame mais amplo; o que é o homem, cada qual o sabe.
Ernildo Stein
Entretanto, a indicação de uma conexão essencial entre a verdade como conformidade e a liberdade abala esses preconceitos, suposto, evidentemente, que estejamos dispostos para uma transformação do (…) -
GA11:38-42 – homem e ser
26 de maio de 2023, por Cardoso de CastroEste preponderante comum-pertencer de homem e ser é por nós teimosamente ignorado enquanto tudo representarmos em sequências e mediações, seja com ou sem dialética. Então encontramos apenas encadeamentos que ou são urdidos por iniciativa do ser ou do homem e apresentam o comum-pertencer de homem e ser como entrelaçamento.
Ernildo Stein
Se compreendermos o pensar como a característica do homem, então refletimos sobre um comum-pertencer que se refere a homem e ser. No mesmo instante nos (…) -
GA11:56-72 – A Diferença Ontológica
26 de maio de 2023, por Cardoso de CastroTrata-se aqui de discutir, primeiro, apenas como questão, aquela da essência onto-lógica da metafísica. Unicamente o próprio objeto pode apontar para o lugar o qual analisa a questão da constituição onto-teo-lógica da metafísica de tal maneira que procuremos pensar mais objetivamente o objeto do pensamento. Este foi legado ao pensamento ocidental sob o nome de, "ser". Se pensarmos este objeto um pouco mais objetivamente, se prestarmos atenção ao que é controvertido no objeto, então se (…)
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GA65:276 – a linguagem
25 de maio de 2023, por Cardoso de Castrover a partir da essenciação do próprio seer a origem da linguagem
Casanova
A linguagem emerge do seer e pertence, por isso, a ele. Assim, tudo reside uma vez mais no projeto e no pensamento “do” seer. Mas agora precisamos pensar o seer de tal modo que nos lembremos aí ao mesmo tempo da linguagem. Mas como é que devemos agora conceber “a linguagem”, sem nos atermos antecipadamente à determinação da essência que precisa ser primeiro conquistada? Segundo tudo aquilo que foi insinuado, (…) -
GA6T2:141-142 – o sujeito
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroPor meio de Descartes e desde Descartes, o homem, o “eu” humano, se torna “sujeito” de maneira predominante. Como o homem assume o papel do único sujeito propriamente dito? Por que esse sujeito humano transpõe-se para o “eu”, de modo que a subjetividade passa a significar o mesmo que egocidade? É a subjetividade que se define pela egocidade ou é, inversamente, a egocidade que se define pela subjetividade?
Casanova
Na medida em que se interpreta a sentença de Protágoras sobre o homem (…) -
GA6T1:505-506 – imagem
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroO sentido grego de “imagem” — se é que podemos usar efetivamente essa palavra aqui — é o vir-à-tona, φαντασία, e esse vir à tona uma vez mais compreendido como: ganhar a presença.
Casanova
[…] o presentar emergente é a vigência que se presenta, φύσις. Somente sob o poder dessa predeterminação inicial do ente como φύσις pode-se conceber também a interpretação grega subsequente do caráter ôntico do ente, a saber, a interpretação platônica. Pois de que outro modo a “ideia” poderia ser o (…) -
GA6T2:128-131 – subjetividade
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroAssim, um pensamento hoje é corrente para qualquer um, a saber, o pensamento "antropológico", que exige que o mundo seja interpretado segundo a imagem do homem e que a metafísica seja substituída pela "antropologia". Em tudo isso, já se tomou uma decisão particular sobre a relação do homem com o ente enquanto tal.
Casanova
Portanto, colocamos agora de lado temporariamente o pensamento valorativo e refletimos sobre a relação do homem com o ente enquanto tal na totalidade, sobre o modo (…) -
GA6T2:168-172 – posições metafísicas fundamentais de Descartes e de Protágoras
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroNa essência da nova posição metafísica do homem enquanto subiectum acha-se fundamentado o fato de a execução da descoberta e da conquista do mundo, assim como as respectivas irrupções nessa direção precisarem ser assumidas e realizadas pelos indivíduos singulares excepcionais.
Casanova
Estamos finalmente em condições de caracterizar a posição metafísica fundamental de Descartes segundo os quatro aspectos citados e distingui-la da posição metafísica fundamental de Protágoras.
1. Na (…) -
GA6T2:428-432 – de hypokeimenon a subiectum
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroDe acordo com a tradição do começo da metafísica desde Aristóteles, tudo aquilo que é propriamente ente é um hypokeimenon, que se determina no tempo subsequente como subiectum. O pensamento cartesiano distingue o subiectum que o homem é pelo fato de a actualitas desse subiectum possuir a sua essência no actus do cogitare (percipere).
Casanova
Até o começo da modernidade e ainda por seu espaço adentro, o efetivamente real é o ens actu, o atuante a cada vez efetivado em sua constância (…)