O objetivo é examinar o que Heidegger quer dizer com os termos Befindlichkeit e Stimmung, analisar o fenômeno que designam e mostrar o papel que este fenômeno desempenha na analítica existencial (A. de Waelhens).
Traduzimos ambos os termos como disposição (afetiva). A proposição “estou bem disposto” expressa uma certa Stimmung; mas, ao mesmo tempo, carrega outro significado, aquele expresso pela palavra Befindlichkeit; todo “sentimento”, de fato, é esclarecedor, revela o Dasein a si mesmo, (…)
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seiend / Seiendheit / Sein des Seienden / Wahrheit des Seienden …
seiend / Seiende / Seiendes / Seienden / l’étant / étants / ente / entes / sendo / beings / being / Seiende-Sein / ser-ente / Being of beings / Seiendheit / entidade / beingness / Sein des Seienden / ser do ente / être de l’étant / being of beings / ser del ente / Wahrheit des Seienden / verdade do ente / truth of beings / verdad del ente
Este essencial inaparente que é o ser do ente, é aí precisamente o que visa a fenomenologia fazer aparecer, constituir em fenômeno.
Em toda aparição é preciso distinguir o aparecendo ele mesmo, quer dizer o ente que aparece, e o aparecer deste aparecendo, sua maneira de entrar em presença e de aí desdobrar sua presença. Fenomenologicamente ir do ente ao ser deste ente, do ôntico ao ontológico. (LDMH )
SEIEND E DERIVADOS
Matérias
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Biemel (1987:96-101) – Befindlichkeit e Stimmung
3 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro -
Abbagnano (2013) – problema dell’essere (la struttura)
5 de junho de 2023, por Cardoso de CastroL’alternativa autentica del problema dell’essere può essere definita come una forma nella quale la situazione finale dello sforzo verso l’essere realizza la propria essenziale unità con la situazione iniziale. Questa forma è la struttura.
Tuttavia un’alternativa diversa deve essere possibile, sul fondamento del problema dell’essere. L’ultimo risultato dello sforzo verso l’essere non può essere la negazione dello sforzo stesso. Il problema dell’essere non può essere eliminato e negato (…) -
Xolocotzi (2011:23-27) – nossas relações com as coisas
13 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroTomemos, então, como faz Heidegger, o ponto de partida mais regular e imediato que temos: nossas relações com as coisas. Obviamente, falar sobre coisas já apresenta um problema inicial: de que tipo de coisas estamos falando, o que é uma coisa, queremos dizer a mesa, o chão, a ideia ou a justiça? Se pretendemos realizar uma “definição” desde o início, a própria intenção já aponta em uma direção, talvez despercebida, que estabelece um certo quê como guia. E isso constituiria uma maneira (…)
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Fink (1994b:194-196) – o ente
9 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
O ente: refere-se fundamentalmente a uma pluralidade, uma pluralidade imprevisível e vasta de coisas e dados sendo. Em caso algum podemos afirmar que o campo da aparência coincide com o domínio global do ente. Pelo contrário — temos a representação de que o ente se estende incomensuravelmente para além da esfera da aparência, que o ente não se esgota na aparência, mostra apenas lados, talvez apenas uma superfície, e esconde mais do que revela. O ente: entendemo-lo na sua estrutura (…) -
Bornheim (1980:172-178) – passagem do gnosiológico para o ontológico
17 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro[…] Heidegger começou muito cedo a perceber o necessário privilégio da especulação ontológica. Segundo o seu próprio testemunho, o ponto de partida de suas perquirições fez-se em oposição aos neokantianos e à fenomenologia. Realmente, sabe-se do amplo predomínio das diversas orientações neokantianas na universidade alemã do princípio do século. E as inovações que começaram a ser introduzidas por Husserl, a partir da publicação das Investigações Lógicas, por inovadoras que fossem abandonaram, (…)
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Bornheim (1996:107-109) – diferença ontológica
17 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro[…] o pensador maior do tema da diferença é sem dúvida o já clássico Heidegger. A expressão consagrada é “diferença ontológica”, que abre espaço para pensar a separação entre ser e ente. Apenas o lembrete: se a metafísica confunde o ser com o ente, em especial com Deus, esse ente absorve o ser, e o ser entificado passa a funcionar como fundamento. Segue-se disso o esquecimento do ser. A questão deve ser retomada, em consequência, a partir de suas raízes históricas — daí a necessidade da (…)
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Paul Gilbert (2005:13-15) – a diferença ontológica
28 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroA PROBLEMÁTICA DA “diferença ontológica”, ou da diferença entre o ser e o ente, sempre caracterizou o discurso filosófico. Ela, entretanto, foi tematizada recentemente por Heidegger em suas aulas intituladas Os problemas fundamentais da fenomenologia e Conceitos fundamentais, e aprofundada nas duas conferências que ele reuniu sob o título Identidade e diferença .
Descrita de um modo totalmente genérico , essa problemática considera que os entes (tudo aquilo que se apresenta em nossa (…) -
Lacoue-Labarthe & Nancy (1991) – o “homem no sendo” em Lacan
15 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroÉ tempo, afinal, portanto, de interrogar mais precisamente esta posição de Heidegger.
Pois trata-se, a princípio, de uma posição: pura evocação, se assim se preferir, puro “apelo”; mas nada aparentemente que se assemelhe a um uso, isto é, a uma leitura. De fato, apenas evocado o filosofema heideggeriano o “homem no sendo” (Escritos, 527), se Lacan descarta toda e qualquer referência doutrinal àquilo a que chama pejorativamente de “heideggerianismo”, não é, contrariamente, ao que ele (…) -
Barbaras (2013) – Dasein
7 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroAsí, al pensar la diferencia del Dasein como diferencia de su modo de ser respecto a los demás entes, y no como exterioridad con respecto al ente, Heidegger concilia la condición de ente o la intramundaneidad del Dasein con su dimensión «constituyente» (Heidegger está en efecto repitiendo aquí los conceptos husserlianos). En lugar de una relación jerárquica o vertical de dependencia entre una conciencia (lo Absoluto) y una realidad (relativa) cuyo sentido es unívoco, Heidegger resalta una (…)
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Beaufret (1998:372-374) – a obra de Heidegger
3 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroO obra que assim começa em 1927 compreende em seu desenvolvimento estágios:
1) A primeira é Sein und Zelt, na qual o elemento decisivo é que aquilo que os gregos, sem explicação, nomearam e vivenciaram como παρουσία é interpretado em sua ressonância temporal, ao passo que os gregos em nenhum momento consideraram digno de questionamento o caráter temporal daquilo que, sob o nome de οὐσία, se propuseram a ouvir. Pelo contrário, quando se tratava de tempo, eles simplesmente tentavam (…) -
Fink (1966b:9-12) – objetos dignos da filosofia
29 de novembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque traduzido
[…] Mas quando o pensamento filosófico desperta, não assume, como algo indiscutível, a hierarquia da interpretação mítica do universo. Os deuses, a terra e o mar, os homens, os animais, as plantas e os objectos artificiais fabricados pelo homem, tudo isso se confunde; cada uma dessas coisas é um ente. Todas as diferenças de poder têm em comum este traço fundamental que se encontra por toda parte. O deus radiante que, como Phoebus Apollo, ilumina o universo e o preenche (…) -
Martineau (1982:39-43) – só há ser se o Dasein compreende o ser
23 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroComo nunca há ser sem que já e necessariamente o ente seja no aí (Da es Sein nur gibt, indem auch schon gerade Seiendes im Da ist , há, latente na ontologia fundamental, a tendência a uma metamorfose metafísica original, que só se torna possível se o ser é compreendido em sua problemática plena. A necessidade interna de que a ontologia se recupere (zurückschlägt ) aí onde ela era talvez parte clarificada no exemplo do fenômeno original da existência humana, a saber, que o ente "homem" (…)
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Caron (2005:316-317) – começo radical do pensamento heideggeriano
15 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
"É apenas se a compreensão do ser é que o ser se torna acessível como ser" [SZ:212]. Este é, pois, o início radical que o pensamento heideggeriano conquista através do contato com as possibilidades impensadas da fenomenologia: é através do ser que temos acesso ao enquanto [Als-Struktur] ou ao ser-presente da coisa, é através do ser que é possível uma Wesensschau que nos dê o objeto intencional, é através do ser que temos acesso a nós mesmos: pois "se a alma não tivesse desde o (…) -
Sheehan (2015:3-5) – qual o questionamento de Heidegger?
21 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
O tema central e final de Heidegger era o "ser"? Nos seus últimos anos, disse que não era. Quando se trata da "coisa em si" (die Sache selbst) da sua obra, declarou que "já não há espaço nem para a palavra ’ser’". Então o seu tema era algo "ser-a-mais do que ser" (wesender als das Sein)? E poderia talvez ser o "ser em si", das Sein selbst, entendido como "algo que existe por si mesmo, cuja independência é a verdadeira essência do ’ser’"? E se assim for, como é que exatamente o (…) -
Beaufret (1992:7-9) – ser não é ente
18 de junho de 2023, por Cardoso de CastroAhora bien, el ser no es nada de ente, no es ningún ente, y por eso se lo llamaba «nada» en la conferencia ¿Qué es la metafísica?
Delmont-Mauri
Y un día llego a Alemania y me encuentro con Heidegger. Ello ocurrió en septiembre de 1946 —ni él ni yo recordamos la fecha exacta, pero estamos de acuerdo en decir que debió ser alrededor del 10 de septiembre. Durante esa breve permanencia en Todtnauberg, donde él se hallaba en ese momento —sólo estuve medio día y luego dos días más (porque el (…) -
Declève (1970:57-61) – escuta do Ser presente e oculto na Essência
23 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Pelo contrário, vimos, seguindo os passos sucessivos da meditação, como a questão do ser do ente e do ente em totalidade deixou de visar um horizonte do Dasein para se tornar uma escuta do Ser presente e oculto na Essência.
Mas, em consequência, o pensar já não é simplesmente uma iniciativa do ser-aí; é um acontecimento do próprio Ser no ser-aí. E o início da filosofia já não depende da decisão de um homem: o primeiro pensador só o foi, em rigor, através do pensamento do Ser (…) -
Levinas (1963:15-18) – o que existe e a própria existência
20 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO pensamento desliza insensivelmente da noção do ser como ser, daquilo por que um existente existe, à ideia de causa da existência, de um “ente em geral”, de um Deus, cuja essência, a rigor, apenas conterá a existência — mas nem por isso deixará de ser um “ente” e não o fato ou a ação, ou o evento puro ou a obra de ser.
Paul Albert Simon
A distinção entre o que existe e essa própria existência, entre o indivíduo, o gênero, a coletividade, Deus — que são seres designados por (…) -
Monticelli (1997:168-170) – divergência Husserl e Heidegger
20 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroVamos ler primeiro uma passagem extraída de um dos primeiros documentos do distanciamento de Heidegger em relação a Husserl: a carta de outubro de 1927, denunciando as dificuldades que Heidegger teria encontrado ao colaborar com o antigo mestre por ocasião da redação do artigo Fenomenologia para a Enciclopédia Britânica.
Concordamos com o seguinte ponto: o ente, no sentido do que você chama de “mundo”, não pode ser iluminado em sua [169] constituição transcendental pelo retorno a um ente (…) -
Biemel (1987:101-107) – compreensão [Verstehen]
4 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroO segundo existencial do Dasein, ou seja, seu segundo momento estrutural essencial, é a compreensão (Verstehen). Até agora, descrevemos o Dasein como um ente cujo ser é caracterizado pela disposição, mais precisamente pela possibilidade existencial de poder ser disposto (disposicionalidade). Agora é uma questão de mostrar que o Dasein também é originalmente compreensão; que seu ente é determinado tanto pela compreensão quanto pela disposição (SZ:142). A expressão “é determinado” deve ser (…)
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Rivera (2001:156-158) – as coisas
30 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroCuando se afirma que en la intelección se actualiza la realidad como un prius a su intelección misma, ¿se da con la forma más originaria de la intelección? ¿No es, más [156] bien, esta intelección así enfocada, ella misma una forma de intelección, y precisamente una forma derivada? Es lo que nosotros pensamos.
El mismo Zubiri sostiene, y con razón, que la sensibilidad en el hombre es ordinariamente sensibilidad intelectiva, así como recíprocamente, la inteligencia es inteligencia (…)
Notas
- Boutot (1993:33) – Zeug - utensílio
- Caron (2005:1679-1680) – questão do si e questão do ser, inseparáveis
- Dastur (1990:5-6) – a questão do ser
- Deleuze (2010:123) – diferença ontológica
- Dufour-Kowalska (1980:36-38) – essência
- Ferreira da Silva (2010:240-241) — pensar do ente e pensar do ser
- Ferreira da Silva (2010:243) — o errar [das Irren]
- Ferreira da Silva (2010:243-244) — in-sistência [In-sistenz]
- Ferreira da Silva (2010:244-245) — angústia [Angst]
- Ferreira da Silva (2010:244-245) — estados afetivos [Stimmungen]
- Figal (2007:34-35) – compreensão de ser e compreensão de si
- Fink (1966b:40-41) – a linguagem tem o ente humano?
- Fink (1966b:60-62) – tudo em relação e delimitação mútuas
- Fink (1977:1) – a filosofia de um modo filosofante
- Fink (1994b:197-198) – ser-em-si e ser-para-si
- Fink (1994b:198-199) – ser-para-si
- Fink (1994b:199-200) – o ente que aparece na técnica
- Fink (1994b:199-200) – o ente revestido de linguagem
- Fink (1994b:202-203) – fenomenologia e dialética
- Fink (1994b:203-204) – o conceito de "aparência"