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Mas, que é ser gentleman? O caminho mais rápido para compreendê-lo — já que necessitamos poupar ao extremo o número de palavras — se nos oferece se, exagerando as coisas, dizemos: o comportamento que o homem costuma adotar durante os breves momentos em que as trabalheiras e apertos da vida deixam de afligi-lo e se dedica, para distrair-se, a um jogo aplicado ao resto da vida, isto é, ao sério, ao penoso da vida; isso é o gentleman. Aqui se vê também em forma (…)
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Existencialismo
Citações das obras de Kierkegaard
Kierkegaard
SØREN AABYE KIERKEGAARD (1813-1855)
, Dostoiévski
Dostoiévski
, Sartre
Sartre
Jean-Paul Sartre
JEAN-PAUL SARTRE (1905-1980)
Excertos, por termos relevantes, de sua obra original em francês
e outros
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Ortega y Gasset (MT:C7) – VII — O tipo “gentleman”…
4 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Ortega y Gasset (MT:C6) – VI — O destino extranatural do homem…
4 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[tabby title="português"]
Nas lições anteriores procurei sugerir quais são os supostos que têm que dar-se no universo para que nele apareça isso que chamamos técnica . Dito em outra forma, a técnica implica tudo isso que enunciamos: que há um ente cujo ser consiste, antes de tudo, no que ainda não é, num mero projeto, pretensão ou programa de ser; que, portanto, esse ente tem que desgastar-se na realização de si mesmo. Não pode obtê-la senão com elementos reais, como o artista não pode (…) -
Ortega y Gasset (MT:C5) – V — A vida como fabricação de si mesma. — Técnica e desejos
4 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[tabby title="português"]
Sob esta perspectiva, a vida humana, a existência do homem aparece consistindo formalmente, essencialmente num problema. Para os demais entes do universo existir não é problema — porque existência quer dizer efetividade, realização de uma essência; por exemplo, que "o ser touro" se verifique, aconteça. Ora, o touro, se existe, existe já sendo touro. Ao contrário, para o homem existir não é já, sem mais nem menos, existir como o homem que é, senão meramente (…) -
Ortega y Gasset (MT:C4) – IV EXCURSÕES AO SUBSOLO DA TÉCNICA
4 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[tabby title="português"]
As respostas que se deram à pergunta — que é a técnica? — são de uma pavorosa superficialidade. E o pior do caso é que não se pode atribuir ao acaso. Essa superficialidade é compartida por quase todas as questões que se referem verdadeiramente ao humano no homem. E não será possível pôr alguma clareza nelas se não nos resolvemos a tomá-las no estrato profundo onde surge todo o propriamente humano. Enquanto prosseguirmos, ao falar de assuntos que nos dizem (…) -
Ortega y Gasset (MT:C3) – III O ESFORÇO PARA POUPAR ESFORÇO É ESFORÇO…
4 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[tabby title="português"]
Meu livro A rebelião das massas está inspirado, entre outras coisas, pela espantosa suspeita que sinceramente sentia então — ali por 1927 e 1928; notem-no os senhores, as datas da prosperity — de que a magnífica, a fabulosa técnica atual corria perigo e perfeitamente podia ocorrer que se nos escorresse por entre os dedos e desaparecesse em muito menos tempo de quanto se pode imaginar. Hoje, cinco anos depois, minha suspeita não fez senão aumentar pavorosamente . (…) -
Ortega y Gasset (MT:C2) – II O ESTAR E O BEM-ESTAR…
4 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[tabby title="português"]
Reatemo-nos com a lição anterior.
Atos técnicos — dizíamos — não são aqueles em que o homem procura satisfazer diretamente as necessidades que a circunstância ou natureza as faz sentir, mas precisamente aqueles que levam a reformar essas circunstâncias eliminando no possível dela essas necessidades, suprimindo ou minguando o acaso e o esforço que exige satisfazê-las. Enquanto o animal, por ser atécnico, tem que se ajustar ao que encontra dado aí e fastidiar-se (…) -
Ortega y Gasset (MT:C1) – I PRIMEIRA ESCARAMUÇA COM O TEMA
4 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[tabby title="português"]
Um dos temas que nos próximos anos será debatido com maior brio é o do sentido, vantagens, danos e limites da técnica. Sempre considerei que a missão do escritor é prever com ampla antecipação o que será problema, anos mais tarde, para seus leitores e proporcionar-lhes a tempo, isto é, antes de que o debate surja, ideias claras sobre a questão, de modo que entrem no fragor da contenda com o ânimo sereno de quem, em princípio, já a tem resolvida. On ne doit écrire (…) -
Ortega y Gasset (MT:P) – Prólogo à «Meditação da Técnica»
4 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroSeñores:
Sin la técnica el hombre no existiría ni habría existido nunca. Así, ni más ni menos. El porqué de esto va a constituir el tema de las seis lecciones durante las cuales vamos a vivir trabados ustedes conmigo, yo con ustedes. Porque una lección es eso: encontrarse de pronto unos hombres con otro y trabarse con él, chocar con efectos positivos o negativos, pero siempre graves. Una lección es una peripecia de fuerte dramatismo para el que la da y para los que la reciben. Cuando no es (…) -
Kierkegaard (CA:C3) – tempo e angústia
29 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[tabby title="português"]
Afirmou-se constantemente, nos dois capítulos precedentes, que o homem é uma síntese de alma e corpo, que é constituída e sustentada pelo espírito. A angústia era, para usar uma nova expressão que diz o mesmo que já foi dito até aqui e que também aponta para o que vem a seguir, o instante na vida individual.
[…]
O homem era, portanto, uma síntese de alma e corpo, mas também é uma síntese do temporal e do eterno. Não tenho nada a objetar se isso já foi afirmado (…) -
Buzzi (IP:91-95, 105) – a ciência
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroA ciência também é uma expressão articulada de conhecimento do ser. Em oposição ao conhecer ordinário e mítico, cuja articulação intelectiva morre como que submersa no próprio real que intende elucidar, o conhecimento científico se caracteriza por distanciar-se da convivência do ser, por apreendê-lo numa clara representação objetiva. Ao fazer ciência, a mente como que se afasta da realidade. Submete o ser à lei do objeto. O cientista como que se descola do ser vivido, des-solidariza-se, (…)