[…] O.F. Bollnow desenvolve a relação das tonalidades com a realidade e, portanto, sua forma de “objetividade”, em passagens dedicadas à sua ligação com o conhecimento. “… os diferentes estados de tonalidade afetiva implicam, respectivamente, em diferentes possibilidades de conhecimento” (31). A relação do conhecimento com seu fundamento afetivo sugere uma comparação com a filosofia de Heidegger.
O.F. Bollnow critica a unilateralidade de sua perspectiva, segundo a qual o conhecimento é um (…)
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Kenntnis / Erkenntnis / Erkennen …
Kenntnis / connaissance / conhecimento / Erkenntnis / connaissance théorique / conhecimento teórico / knowledge / Erkennen / knowing / Erkenntnistheorie / théorie de la connaissance / teoria do conhecimento / epistemology / Kenntnisnahme / prise de connaissance / tomada-de-conhecimento / taking notice / Sichkennen / se-connaître mutuellement / Weltkenntnis / connaissance mondaine / conhecimento mundano / Unkenntnis / ignorance / não conhecimento / desconhecimento / Auskennen / familiarizado / Auskenntnis / knowing-the-way-around / Sich-Auskennen / know-how / perícia / expertise
Soit connaissance acquise, soit, le plus souvent (par opp. à Erkenntnis = connaissance théorique) une connaissance « mondaine »; cf. la Weltkenntnis du début de l’Anthropologie de Kant .
Au lieu de se demander comment un "sujet" peut sortir de soi pour entrer en relation avec un "objet" extérieur, le problème devient celui de décrire l’attitude cognitive comme modalité particulière de l’être-au-monde. [Greisch ]
KENNTNIS E DERIVADOS
Matérias
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Chambon (1990:25-27) – conhecimento, modo deficiente de ser-no-mundo
12 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro -
Deleuze (2013:119-121) – Ser-saber
27 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroSendo o saber constituído por duas formas, como haveria intencionalidade de um sujeito em direção a um objeto, se cada uma das formas tem seus objetos e seus sujeitos? E, entretanto, é necessário uma relação entre as duas formas que seja determinável e que saia de sua "não-relação”. O saber é ser, é a primeira figura do ser, mas o ser está entre duas formas. Não é justamente o que dizia Heidegger, com o “entremeio”, e Merleau-Ponty, com o “entrelaçamento ou o quiasma”? Na verdade, não é de (…)
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Fink (1966a:158-161) – alegoria da caverna
3 de junho de 2023, por Cardoso de CastroPara una interpretación fenomenológica, la caverna viene a ser la imagen de la permanente situación del hombre en el mundo. Siempre nos hallamos atados hasta la inmovilidad por la fascinación de una potente tradición de “prejuicios” que nos mantienen de espaldas a lo realmente existente y nos vuelven hacia el mundo de las “sombras", las de nosotros mismos y de las cosas.
Raúl Iturrino Montes
Pero la situación paradójica de la filosofía fenomenología de Husserl se deja simbolizar por (…) -
Vilhauer (G1975:26-29) – método cartesiano de conhecimento
22 de fevereiro de 2021, por Cardoso de CastroVILHAUER, Monica. Gadamer’s ethics of play : hermeneutics and the other. London: Lexington Books, 2010, p. 26-29
Tradução
O MODELO CARTESIANO
Dualismo mente / corpo
O modelo cartesiano começa com um dualismo entre mente e corpo, que também se manifesta como uma dicotomia mente / mundo, sujeito / objeto, dentro / fora ou Eu / Isto. Nesta dicotomia, presume-se que o "eu", o sujeito humano ou mente, está fundamentalmente separado e se opõe a "isto", os objetos estranhos ou coisas do (…) -
Beistegui (2022:21-22) – estupidez e ignorância
7 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroA Universidade de Warwick, onde lecionei por muitos anos, é protegida por uma grande escultura de aço inoxidável retorcido de Richard Deacon. Como uma criatura mitológica, ela adverte os transeuntes com as palavras “Let’s Not Be Stupid” (Não sejamos estúpidos). Como, você se pergunta, devo interpretar esse título desconcertante: como um aviso, um convite bem-humorado, uma provocação, uma exortação? Desde a Academia de Platão, as instituições acadêmicas têm se dedicado à busca do conhecimento (…)
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Chambon (1990:53-55) – luz e aparecer
23 de julho de 2024, por Cardoso de CastroA realidade é abrangente; ela é experimentada e dada em uma coincidência que supera a separação sujeito-objeto do conhecimento. Enquanto considerarmos a relação sujeito-objeto como primária, é impossível reconhecer a natureza enraizada do real. O real não poderia ser envolvente se aparecesse apenas no contato objetivo face a face. Se a presença fosse desse tipo, seria relativa ao sujeito. A realidade envolvente tem o sentido de anterioridade, e é na anterioridade que reside o enraizamento. O (…)
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Carman (2003:126-128) – cognição, interior-exterior
24 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroLonge de apelar para intuições brutas e reificadoras, a concepção de Heidegger da cognição como um modo fundado de ser-em equivale ao reconhecimento de que nossa orientação prática no mundo é uma condição da própria interpretabilidade de nossa própria cognição como cognição. Pois todas as teorias da cognição inevitavelmente pressupõem e se baseiam em alguma compreensão, ainda que tácita, de nosso ser-em, que elas nunca podem, por sua vez, esgotar. Mais uma vez, não se trata de insistir que (…)
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Fogel (2003:19-21) – Conhecer Coisas
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroTenho diante de mim uma laranja e, apesar de parecer supérfluo, pergunto: o que é a laranja?
Um botânico, um agrônomo, provavelmente técnico da EMATER ou de O Globo Rural (!!), responde-me algo mais ou menos assim: "é um fruto da espécie citrus sinensis, com a forma de uma grande baga esférica, dividida em vários septos ou gomos e cuja casca é de um amarelo dourado (cor de laranja!) no estado de maturação". Surpreende-me que, para o sitiante que a planta e a cultiva, assim como para o (…) -
Grondin (2010:37-39) – compreensão prática
26 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroEssa compreensão epistemológica da compreensão como uma compreensão intelectual foi certamente abalada, se não minada, por Martin Heidegger, a quem Gadamer segue a esse respeito. No que pode ser chamado de uma noção mais "prática" de compreensão, Heidegger argumentou em Ser e Tempo (1927) que a compreensão designa menos um processo cognitivo (e, portanto, metodológico) do que um know-how, uma habilidade, uma capacidade, uma possibilidade de nossa existência. Ele segue o exemplo da linguagem (…)
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Didier Franck (1998:380-383) – a memória
12 de janeiro de 2024, por Cardoso de CastroDo eterno retorno, e do princípio segundo o qual o orgânico é apenas um caso particular do inorgânico, Nietzsche tira a seguinte conclusão: “A matéria inorgânica, embora na maioria das vezes fosse orgânica, não aprende nada, está sempre sem passado! Se fosse de outra forma, nunca poderia haver repetição – porque, da matéria, sempre nasceria algo com novas qualidades, com novo passado.” A repetição que assegura a constância do mundo e dos corpos que nele vivem supõe, portanto, como condição (…)
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Ceticismo e epistemologia (Dreyfus & Taylor, 2015:5-7)
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroA conexão entre o ceticismo e a epistemologia moderna é clara desde o início, no trabalho de Descartes. Ele usa o ceticismo, poderíamos dizer, não para promover a agenda cética, mas para estabelecer sua própria topologia do eu, da mente e do mundo. Na primeira Meditação, o leitor é bombardeado com toda a barragem de argumentos céticos. O objetivo não é, como no caso dos antigos ou, mais recentemente, de Montaigne, fazer com que percebamos o quão pouco sabemos. Pelo contrário, o argumento (…)
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Carneiro Leão (2013:33-34) – pensar o conhecido
12 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroCARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Contemporânea. Teresópolis: Daimon, 2013
Heidegger está de acordo que a fenomenologia de todo fenômeno nasça, provenha e se constitua no doar-se de uma intuição originária. Mas não está de acordo que esta intuição seja de conteúdo reflexivo. Ela se dá, sem dúvida, na reflexão, mas não como reflexão, pois não sendo conteúdo algum, já antecede ontologicamente toda reflexão e acontece, como advento do ser numa dis-posição originária, numa (…) -
Schérer (1971:32-48) – La forme symbolique comme fondement de la communication (E. Cassirer)
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLa Philosophie des formes symboliques, qui est essentiellement une philosophie de la langue (suivant en cela une tradition dont W. de Humboldt a été le principal promoteur) répond d’abord à la préoccupation d’une théorie de la connaissance qui ne veut avancer que sur le sol d’une donnée incontestable. Ce faisant, elle implique aussi une ontologie, accordant à la langue un privilège dans l’être, faisant d’elle toute réalité.
Voir dans la forme symbolique en général et plus précisément dans (…) -
Schérer (1971:9-12) – Généralités sur la communication
26 de março de 2009, por Cardoso de CastroIl y a peut-être une interrogation existentielle concernant la possibilité et la profondeur de toute communication humaine; mais avant de nous poser la question: « une communication « vraie » est-elle possible ? », partant d’une expérience courante de la communication déposée dans le langage, exigée par des disciplines comme la sociologie ou l’histoire, nous devons nous demander comment cette communication triviale, qui semble aller de soi, est possible.
Les problèmes philosophiques (…) -
Schérer (1971:16-23) – La psychologie compréhensive comme fondement de la communication historique et les limites de cette communication
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroAu fondement des sciences de l’homme il y a donc une première opération « communicative », celle qui permet à l’intériorité de pénétrer l’intériorité. Cette pénétration étant spirituelle, les sciences de l’homme se distingueront des sciences de la nature objective en tant que Sciences de l’esprit.
Si une connaissance de l’homme dans sa vie sociale et historique est possible, cette connaissance ne peut traiter son objet comme un phénomène de la nature; car l’objet est ici, en même temps, (…) -
Escudero (2016) – Ceticismo epistemológico e antimentalismo
16 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroO parágrafo 43 de Ser e Tempo retoma a problemática tradicional em torno do debate idealismo-realismo. Na seção 43a, o foco está no problema da existência do mundo externo, o que equivale a levantar a questão do ceticismo epistemológico. E na seção 43c, é abordado o problema ontológico da extensão em que o mundo depende da nossa experiência dele. Aqui nos deparamos com o problema do mentalismo. Em ambos os casos, Heidegger dissolve esses problemas ao mostrar sua inconsistência ontológica. (…)
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Gadamer (1993:C1) – da episteme à ciência
5 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroGalileu, por exemplo, não descobriu o limite da queda livre através da experiência, mas, como ele mesmo afirma: mente concipio, quer dizer, eu concebo-a em minha mente. Aquilo que Galileu concebeu dessa maneira, como a ideia da queda livre, não foi, de fato, um objeto da experiência. O vácuo não existe na natureza.
Antônio Luz Costa
Deve-se esclarecer o completo alcance daquilo que, com as ciências empíricas e as ideias sobre método, se colocou ao mundo. Quando se diferencia “a ciência” (…) -
Vattimo (2007:I.1) – interpretação
14 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroVamos começar com uma observação que pode nos ajudar a entender qual é o significado da interpretação e o papel que ela tem a desempenhar no que chamamos de conhecimento. De uma perspectiva hermenêutica, devemos dizer que o conhecimento requer uma perspectiva, que, ao conhecer qualquer coisa, devo escolher uma perspectiva. Mas alguns podem objetar: e no caso do conhecimento científico? O conhecimento científico também é perspectivista? Minha resposta é que, como os cientistas optaram por não (…)
Notas
- Agamben (2001:II) – intelecto e psique
- Buzzi – O que é o "conhecimento científico"?
- Carneiro Leão (1977:18-19) – desejo de saber
- Dilthey (ICE:6) – conhecimento mais do que proporciona a razão
- Dreyfus (1991:5) – cognitivismo
- Dufour-Kowalska (1996:34) – imaginação
- Eudoro de Sousa (2002:166-167) – Teoria dramática do conhecimento
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- Gilvan Fogel (2005:171-172) – vertentes de conhecimento
- Gilvan Fogel (2005:18-19) – essência
- Gilvan Fogel (2005:60-61) – cálculo
- Graham Harman (2002:83-84) – a teoria des-munda
- Graham Harman (2002:86) – Stimmung - Befindlichkeit
- Hegel (FE) – temor de errar
- Husserl (Ideias:§24) – princípio de todos os princípios
- Jean-Louis Chrétien (2014) – esquecimento
- Jean-Louis Chrétien (2014) – o “sempre já” é o do esquecimento
- Manfredo Araújo de Oliveira (2012) – rompimento com a epistemologização
- Sartre (Husserl) – filosofia digestiva