Heidegger propõe definir a ciência moderna como «uma teoria do real». «Teoria» não designa aqui uma contemplação passiva da verdade, mas uma elaboração activa que dá forma ao real. A ciência moderna «provoca» o real, «para-o e interpela-o para que este se apresente em cada circunstância como o conjunto da causa e do que é causado, ou seja nas consequências previstas a partir das causas dadas». Fixa a evolução dos fenômenos em fórmulas matemáticas (leis e teorias) que permitem prever e (…)
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Theorie / theoretisch
Theorie / teoria / theory / theoria / contemplação
Matérias
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Boutot (1993:91-93) – ciência moderna como «uma teoria do real»
1º de dezembro de 2023, por Cardoso de Castro -
Luijpen: Existencialismo, fenomenologia, fenomenologia existencial
31 de maio de 2017, por Cardoso de CastroTr. Carlos Lopes de Mattos, pp. 28-32
Do que dissemos sobre a autenticidade do filosofar infere-se facilmente que até mesmo a filosofia de nossos dias, a fenomenologia existencial, não pode ser chamada a filosofia. Também ela precisa ser superada, visto a contínua possibilidade de se exprimir melhor o último sentido da vida e do real. Não queremos, todavia, adivinhar o futuro da filosofia. É bom, em todo caso, lançar um olhar sobre o passado recente da fenomenologia existencial, para que (…) -
Greisch: « Savoir voir » : les «yeux de Husserl » ou l’entrée en phénoménologie
29 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExcertos das páginas 23-28, da edição PUF de 1994.
Deux auteurs dominent la nouvelle conception de la philosophie que Heidegger élabore pendant son temps de Privatdozent à Freiburg : Edmund Husserl et Wilhelm Dilthey. Nous examinerons ultérieurement de façon plus détaillée le rapport entre Heidegger et Husserl et les divergences croissantes entre ces deux génies antithétiques, précisément concernant leur conception différente de la phénoménologie. Cette divergence correspond au deuxième (…) -
Arendt (CR:10-12) – os problem-solvers
14 de outubro de 2021, por Cardoso de Castrodestaque
Os "problem-solvers" foram caracterizados como homens de grande autoconfiança, que "raramente parecem duvidar de sua capacidade de fazer prevalecer", e trabalharam junto com os militares dos quais "a história mostra que eram ’homens acostumados a vencer.’” [Documentos do Pentágono] Não devemos esquecer que devemos ao esforço dos problem-solvers de auto-exame imparcial, raro entre estas pessoas, que as tentativas dos atores de esconder seu papel atrás de uma tela de sigilo (…) -
Gadamer: Heidegger on subjectivity
30 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtrato das páginas 279-281, da tradução de Peter Adamson and David Vessey, em Continental Philosophy Review 33: 275-287, 2000.
Now, how does the problematic of subjectivity look in the light of Heldegger and his proficient critique of Husserl? As is well-known, already in Being and Time Heidegger transformed Husserl’s use of “phenomenon,” for he saw the basic task of phenomenology as laying bare the phenomenon, and found insufficiently careful Husserl’s mere phrase: “to the thing (…) -
Dreyfus & Taylor (2015:1-4) – sujeito-objeto
16 de dezembro de 2019, por Cardoso de CastroNossa tradução
“UMA IMAGEM NOS MANTÉM CATIVOS” (Ein Bild hielt uns gefangen). É o que Wittgenstein fala no parágrafo 115 das Investigações Filosóficas. O que ele se refere é a poderosa imagem da mente-no-mundo que habita e subjaz ao que poderíamos chamar de moderna tradição epistemológica, que começa com Descartes. O ponto que ele quer transmitir com o uso da palavra “imagem” (Bild) é que há algo aqui diferente e mais profundo do que uma teoria. É um entendimento de fundo amplamente não (…) -
Arendt (Free) – revolução e liberdade
9 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroDuarte
A palavra “revolução”, como qualquer outro termo de nosso vocabulário político, pode ser utilizada em um sentido genérico, sem levarmos em conta a sua origem e o momento temporal em que foi aplicada pela primeira vez a um fenômeno político específico. A suposição de tal utilização é que, não importa quando e por que o termo apareceu pela primeira vez, o fenômeno ao qual ele se refere é coetâneo da memória humana. A tentação de utilizar a palavra em termos genéricos é especialmente (…) -
Graham Harman (2002:1-2) – ontologia orientada a objetos
1º de janeiro de 2020, por Cardoso de Castronossa tradução
Este livro começa com um comentário pouco ortodoxo sobre o pensamento de Martin Heidegger e termina com um esboço do que será chamado de "filosofia orientada a objetos". Definir esta frase e mostrar como ela surge inevitavelmente a partir dos insights básicos de Heidegger é uma tarefa que é melhor deixar para o corpo do livro. Mas uma breve visualização pode ser do interesse do leitor.
A chave do meu argumento está em uma nova leitura da famosa análise-da-ferramenta em Ser (…) -
Salanskis (1997b:48-50) – O enunciado "a ciência não pensa" e a ontologia
29 de maio de 2017, por Cardoso de CastroO primeiro modo como a afirmação de Heidegger faz sentido no interior da palavra heideggeriana é o que poderíamos chamar o modo ontológico. É primordial em três sentidos sobrepostos: na medida em que corresponde à primeira época do pensamento de Heidegger, quer ao nível da cronologia estrita, na medida em que faz parte de uma espécie de camada fundadora de todo este pensamento, quer ao nível da ordem interna do desenvolvimento do enunciado heideggeriano, na medida em que é, finalmente, a (…)
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Greisch: Une herméneutique de la facticité
29 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExtraits des pages 34-38, de l’édition PUF, 1994.
Nous venons de jeter un premier regard sur l’allure générale d’une approche phénoménologique, hérissée d’obstacles terminologiques, de la vie, qui se fixe pour but de « voir la chose principale de la philosophie, la facticité » (GA61, 99). L’analyse de la vie factuelle nous place devant l’alternative suivante : allons-nous créditer la vie d’une transparence parfaite, de cette pureté cristalline, dont la logique nous offre la meilleure (…) -
Gadamer (1993:C1) – da episteme à ciência
5 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroGalileu, por exemplo, não descobriu o limite da queda livre através da experiência, mas, como ele mesmo afirma: mente concipio, quer dizer, eu concebo-a em minha mente. Aquilo que Galileu concebeu dessa maneira, como a ideia da queda livre, não foi, de fato, um objeto da experiência. O vácuo não existe na natureza.
Antônio Luz Costa
Deve-se esclarecer o completo alcance daquilo que, com as ciências empíricas e as ideias sobre método, se colocou ao mundo. Quando se diferencia “a ciência” (…) -
Blanc: A ÁRVORE-RAIZ, DIAGRAMA DA FILOSOFIA
30 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExcertos de Mafalda Faria Blanc, O Fundamento em Heidegger, p. 245-248
Deleuze (Cf. Deleuze, Gilles, Différence et Répétition e Logique du Sens) distingue três acepções de fundamento, correspondentes àquelas etapas da história da filosofia, ao longo das quais esta vai realizando a ideia programática de ontologia - a descrição e ordenação das principais estruturas do ser do ente.
A primeira acepção de fundamento é a identidade. Surgindo com a determinação platônica do ser como ideia, ela (…)
Notas
- Allemann (1987:115-118) – Poesia como documento pré-ontológico
- Auxenfants: Verständnis
- Boutot (1993:36-37) – Sorge - cura
- Dilthey (ICE:6) – conhecimento mais do que proporciona a razão
- Dreyfus (1991:5-6) – holismo teorético
- Dreyfus (1991:6) – desprendimento e objetividade
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- Graham Harman (2002:83-84) – a teoria des-munda
- Graham Harman (2002:86) – Stimmung - Befindlichkeit
- Greisch (1994:§41) – Sorge - Besorgen - Fürsorge
- Luijpen: A ideia de essência na fenomenologia
- Schürmann (1982:45-46) – philosophie pratique