Apesar de as minhas investigações terem por tema principal a obra literária, e sobretudo a obra de arte literária, os motivos que, em última análise, me levaram a tratar este tema são de natureza filosófica geral e transcendem amplamente este assunto regional. Estão intimamente relacionados com o problema Idealismo-Realismo, que desde há anos me preocupa.
Passaram-se mais de trinta anos sobre a redação deste livro. Entretanto, o mundo sofreu muitas modificações. Se hoje me resolvo a (…)
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Ingarden / Roman Ingarden
ROMAN INGARDEN (1893-1970)
Obra na Internet: Internet Archive; Library Genesis
Das literarische Kunstwerk (1965)
A Obra de Arte Literária. Tr. Albin E. Beau, Maria da Conceição Puga e João F. Barrento. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1979
Matérias
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Ingarden (1979) – Prefácio da segunda edição
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (3)
18 de março, por Cardoso de CastroA obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (3) Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva.
[b]§ 2. O debate entre Realismo e Idealismob]
O contributo mais original de Ingarden em fenomenologia é talvez constituído pelas suas análises da obra de arte: literatura, para começar, mas também música, pintura, arquitectura. A sua obra fundamental, porém, diz respeito ao debate (…) -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (4)
18 de março, por Cardoso de CastroA obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 3. Psicologismo, antipsicologismo, fenomenologia
§ 3. Psicologismo, antipsicologismo, fenomenologia
A crise das ciências é um fenômeno bem conhecido que domina as últimas décadas do século passado e entra pelo século XX. Husserl é um dos que, ao lado de tantos outros, enfrentam esta (…) -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (8)
18 de março, por Cardoso de CastroA obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 7. Estratos e funções da linguagem
§ 7. Estratos e funções da linguagem
Reúnam-se alguns fios que ficaram soltos nas páginas anteriores deste Prefácio.
Ingarden usa com frequência a palavra função no sentido de função da linguagem e relaciona, de modo pouco claro, estratos e (…) -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (7)
18 de março, por Cardoso de CastroRoman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 6. Percepção e significação
§ 6. Percepção e significação
A.-J. Greimas escreve na Sémantique structurale que a percepção é «o lugar não linguístico onde se situa a apreensão da significação» [(Paris, Larousse, 1966), 8], que o significante designa «os elementos ou grupos de elementos que tornam possível a aparição da significação. ao nível da (…) -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (2)
18 de março, por Cardoso de CastroA obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (2) Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva.
[b]§ 1. Ingarden e Husserlb]
Ingarden foi discípulo de Husserl em Göttingen, a partir de 1909 aproximadamente, e segue-o para Freiburg, onde este ensinou desde 1916 até ao fim da sua carreira docente.
Largos anos de convívio pessoal e uma comunicação de idéias que a separação não (…) -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (5)
18 de março, por Cardoso de CastroA obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 4. A teoria dos estratos
§ 4. A teoria dos estratos
Impossível passar em silêncio, neste Prefácio, a famosa teoria dos estratos, que constitui o travejamento fundamental de A Obra de Arte Literária. Ainda aqui encontramos a influência de Husserl. Aliás, Pfänder, Ingarden, Hartmann, (…) -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (1)
18 de março, por Cardoso de CastroRoman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva.
[b]Prefácio à edição portuguesa (1)b]
Haverá um conhecimento objectivo de uma obra literária, conhecimento certo, a distinguir de opiniões subjectivas e erradas? Roman Ingarden faz a pergunta no § 61 deste livro. Alargando o problema, interrogamos: poder-se-á falar de obras objectivamente difíceis, isto é, de difícil acesso a todo e qualquer (…) -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (9)
18 de março, por Cardoso de CastroRoman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 8. Para uma estética de intuição
§ 8. Para uma estética de intuição
Escrevemos no início deste Prefácio que o presente livro de Ingarden nos dá, ao mesmo tempo, menos e mais do que o seu título promete. A obra literária é o objeto principal deste estudo. Mas, sem deixar de o ser, torna-se o fio condutor que o filósofo de Cracóvia manobra com (…) -
A obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva (6)
18 de março, por Cardoso de CastroA obra de arte literária - Prefácio de Maria Manuela Saraiva Roman Ingarden, A Obra de Arte Literária. Tradução de Albin E. Beau, Maria Conceição Puga e João F. Barrento. Prefácio de Maria Manuela Saraiva. § 5. A teoria husserliana do signo linguístico
§ 5. A teoria husserliana do signo linguístico
Na última nota citada no parágrafo anterior Ingarden mistura dois problemas: o da função expressiva e o da expressão verbal. Vamos separá-los, deixando para o § 7 decidir se encontramos ou não (…) -
Ingarden (1979:376-378) – vida
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroA palavra «vida» significa sobretudo duas coisas: a totalidade dos acontecimentos de um ser vivo do princípio até à sua morte e, em segundo lugar, o «processo» do devir destes mesmos acontecimentos. Quando tomamos a palavra «vida» neste segundo sentido chama-nos sobretudo a atenção o facto de todo o ser que «vive» durar como um e o mesmo indivíduo um certo tempo. Enquanto ele simplesmente existir não pode haver [377] nenhuma fase de interrupção da sua vida. Mas também em sentido inverso: se (…)
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Ingarden (1979:365-368) – sujeito leitor da obra literária
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro[…] Precisamente, quando o leitor se submete à obra [literária] são vividos aqueles aspectos cujos esquemas são postos à disposição pela mesma. Além disso, são despertadas no leitor múltiplas vivências do prazer estético em que despontam avaliações estéticas que eventualmente também atingem um desenvolvimento explícito. Finalmente, fazem-se sentir na alma do leitor (ou do espectador) sob o efeito da leitura múltiplos sentimentos e afectos que, é certo, já não pertencem ao grupo das (…)
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Ingarden (1979:360-362) – § 60. A obra científica. A simples informação.
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroUm caso limite muito importante da obra literária é constituído pela obra científica. Ela distingue-se sob vários pontos de vista da obra de arte literária embora lhe esteja relativamente muito próxima. Denota urpa estruturação em estratos inteiramente análoga à da obra literária; não obstante, os elementos de cada um dos estratos singulares assim como os papéis respectivos são nela em parte diferentes. Todas estas diferenças estão em íntima relação com a função de natureza distinta que a (…)
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Ingarden (1979) – § 1 Introdução
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroEstamos perante um fato curioso. Quase todos os dias nos ocupamos de obras literárias . Lemo-las, somos impressionados por elas, agradam-nos ou desagradam-nos, apreciamo-las, formulamos diferentes juízos sobre elas, discutimo-las, escrevemos tratados sobre obras individuais, ocupamo-nos da sua história e, muitas vezes, elas constituem quase uma atmosfera em que vivemos. Parece-nos, portanto, que conhecemos os objetos desta ocupação sob todos os aspectos e exaustivamente. Contudo, (…)
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Ingarden (1979) – Estrutura do Livro
22 de março de 2022, por Cardoso de CastroRoman Ingarden — A OBRA DE ARTE LITERÁRIA Prefácio Prefácio da segunda edição Prefácio da terceira edição PRIMEIRA PARTE QUESTÕES PRÉVIAS § 1. Introdução Capítulo 1. Problemas do ponto de partida § 2. Delimitação provisória do âmbito dos exemplos § 3. O problema do modo de ser da obra literária § 4. As concepções psicologistas e o problema da identidade da obra literária § 5. A obra literária como «objeto da imaginação» Capítulo 2. Eliminação das formações não (…)
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Ingarden (1979) – Prefácio
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroAs investigações trazidas a público nesta obra têm por tema principal a estrutura fundamental e o modo de ser da obra literária e, muito especialmente, da obra de arte literária. Desta pretendem sobretudo focar a estrutura característica e eliminar da sua concepção as várias confusões que em obras antecedentes resultaram, por um lado, das tendências psicologísticas, que continuam a ser fortes, e, por outro lado, das considerações de uma teoria geral da arte e da obra de arte. Das primeiras, (…)