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Bild
quarta-feira 24 de janeiro de 2024
Bild (s): imagem, forma
bilden: dar forma
Einbildungskraft (e): imaginação, capacidade imaginativa [A]
Gebilde (s): formação, criação, o formado [A]
Vorbild (s): modelo [GA5BD ]
Nota da Tradutora: Aqui se recorre ao triplo sentido da palavra alemã "Bild", que significa tanto o quadro, como a imagem e a forma da formação. [STMSCC:325]
O que é isso – uma imagem do mundo [Weltbild]? Manifestamente uma imagem [que se faz] do mundo [ein BILD von der Welt]. Mas o que quer aqui dizer mundo? O que quer ai dizer imagem? O mundo está aqui como designação do ente na totalidade. O nome não está limitado ao cosmos, à natureza. Ao mundo pertence também a história. Mas mesmo a natureza e a história, e ambas no seu entrelaçamento recíproco, sobrepondo-se uma à outra, não esgotam o mundo. Nesta designação está co-implicado o fundamento do mundo, independentemente de como é pensada a sua referência ao mundo (5). [tr. Borges-Duarte et alii; GA5 : O tempo da imagem no mundo]
A skepsis anda e encontra-se à luz do raio, na qualidade do qual já nos roça a absolutidade do absoluto, que, em si e para si, está em nós. O ter-visto da skepsis é aquele vidi (vi e vejo agora) que tem em vista a realidade do real. Contudo, se a realidade é o aparecer do saber que aparece, então o aparecer só alcança a apresentação de um modo tal que esta acompanha o aparecer e se move como tal acompanhante. Neste movimento, o aparecer do que aparece vai ao encontro da apresentação. Neste vir [ao encontro], na medida em que se considera o real, o que aparece ele mesmo retira-se. Este ir e vir [ao encontro], em si unitário, é o movimento em que a consciência mesma é enquanto tal. Esta é na unidade entre o saber natural e o saber real, na qualidade da qual se coloca, segundo cada um dos saberes, de si mesma para ela mesma e aparece em tal estar-colocado. Assim, a consciência é em cada caso uma figura. A skepsis precipita-se sobre a consciência mesma, a qual se desenvolve no cepticismo, que, no aparecer do que aparece, leva a emergir uma figura da consciência na outra. A consciência é consciência no modo do cepticismo que se consuma a si mesmo. Este é a história da própria consciência, a qual não é nem apenas a consciência natural em si, nem apenas o saber real para si, mas sim, antes de tudo isso, a unidade originária de ambos em si e para si. Este movimento do vir do aparecer e do ir do que aparece, é o acontecer histórico [Geschehen] que, de figura em figura, leva a consciência ao que se vê, quer dizer, à imagem-forma [BILD] da sua essência. Com a imagem, a história da consciência traz a emergir a consciência mesma no seu aparecer. Esta história é “a história da formação [Bildung] da consciência mesma para a ciência”. Hegel não fala da formação da consciência natural para a filosófica, pois ele pensa apenas no aparecer da consciência que aparece em vista do seu pleno vir-a-aflorar, na qualidade do qual a consciência é já a ciência mesma. [tr. Borges-Duarte et alii; GA5 : O conceito de experiência em Hegel ]