Vejamos agora a que se opõem as filosofias da existência.
Podemos dizer que estas filosofias se opõem às concepções clássicas da filosofia, tais como as encontramos quer em Platão, quer em Espinosa, quer em Hegel; opõem-se de facto a toda a tradição da filosofia clássica desde Platão.
A filosofia platônica, tal como a concebemos vulgarmente, é a investigação da ideia, na medida em que a ideia é imutável. Espinosa quer ter acesso a uma vida eterna que é beatitude. O filósofo em geral quer (…)
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Hegel / Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Georg Wilhelm Friedrich Hegel, né le 27 août 1770 à Stuttgart et mort le 14 novembre 1831 à Berlin. Em Superação da Metafísica, H. faz alusão ao "falatório medíocre" que domina o "desmoronamento da filosofia hegeliana" (GA7 ); e declara em revanche que no "século XIX, esta filosofia foi a única a determinar a realidade", e isto enquanto "metafísica". (LDMH )
Matérias
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Jean Wahl (1962) – a que se opõem as filosofias da existência
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro -
Patocka (1995:77-79) – o que é o "tu"?
13 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLe tu est un autre moi dans l’actualité.
Qu’est-ce à vrai dire que le tu ? C’est un autre moi : le moi en tant qu’objet actuel, qui n’est pas donné en original, mais simplement apprésenté. Mon propre moi peut être mon objet de manière actuelle dans la réflexion, de manière non actuelle dans le souvenir ou l’imagination projective. Mais, par ailleurs, je peux expérimenter aussi l’énergie subjective dynamique qui se manifeste actuellement dans une approche des choses analogue à la mienne — (…) -
Bornheim (1980:172-178) – passagem do gnosiológico para o ontológico
17 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro[…] Heidegger começou muito cedo a perceber o necessário privilégio da especulação ontológica. Segundo o seu próprio testemunho, o ponto de partida de suas perquirições fez-se em oposição aos neokantianos e à fenomenologia. Realmente, sabe-se do amplo predomínio das diversas orientações neokantianas na universidade alemã do princípio do século. E as inovações que começaram a ser introduzidas por Husserl, a partir da publicação das Investigações Lógicas, por inovadoras que fossem abandonaram, (…)
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Agamben (2015:160-165) – Ereignis e Absoluto
11 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroHeidegger aproximou várias vezes o pensamento do Ereignis ao Absoluto hegeliano. Essa aproximação — indício, certamente, de uma vizinhança que para o próprio autor constituía um problema — tem sempre a forma de um distanciamento que tende a sublinhar as diferenças, mais do que os traços comuns. Já no curso de 1936 sobre Schelling, Heidegger escreve que o Ereignis “não é idêntico ao Absoluto, e tampouco é sua antítese, no sentido em que a finitude se opõe ao infinito. Com o Ereignis, pelo (…)
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Taminiaux (1995b:192-195) – Édipo-Rei (I)
23 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
[…] Em Heidegger, como foi o caso em Hegel, o enfoque deliberadamente metafísico da leitura [das tragédias gregas] leva à seleção de certos heróis e à elevação destes à categoria de efígies ontológicas: em Heidegger, o Prometeu de Ésquilo, testemunha da luta contra o superpoder do ser e o Édipo de Sófocles, encarnação da paixão da aletheia; em Hegel, Antígona e Creonte, testemunhas da contradição entre o objetivo especulativo da Sittlichkeit grega (identidade da consciência e do (…) -
Henry (1976) – luta de classes
12 de maio de 2024, por Cardoso de CastroNingún filósofo tuvo más influencia que Marx; ninguno fue peor comprendido. Las razones por las cuales el pensamiento filosófico de Marx ha quedado sumido hasta nuestros días en una oscuridad casi completa son múltiples. Sin embargo refieren todas al marxismo, y en cierto modo le son consustanciales. El marxismo es el conjunto de los contrasentidos que se han hecho sobre Marx. Tal situación –la divergencia progresiva y prontamente decisiva que se opera entre el pensamiento propio de Marx y, (…)
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Vattimo (1996:101-105) – superação da metafísica
1º de março de 2024, por Cardoso de CastroGama
A tendência, intrínseca à metafísica (desde a sua origem), para esquecer o ser e para fazer aparecer em primeiro plano apenas o ente como tal é tendência fundada na conexão essencial de verdade e não-verdade e, realiza-se pois, de maneira perfeita no mundo da técnica. Mas, ao realizar verdadeiramente a sua própria essência de esquecimento, a metafísica alcança também o seu fim, na medida em que já não há nenhum meta, nenhum «mais além»; o ser do ente não é já, nem sequer remotamente, (…) -
Gadamer: Reflection and Self-consciousness
30 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtract p. 277-279, translated by Peter Adamson and David Vessey, from Continental Philosophy Review 33: 275-287, 2000
Thus the structure of reflexivity returned to center stage in philosophy. “Reflection” and “reflexivity” are etymologically derived from the Latin expression reflexio, a familiar term in optics and mirroring. It could not have developed to its newer meaning, its natural meaning for us, before the emergence of the scholastic sciences. Originally it referred merely to the (…) -
Lyotard (1954:40-44) – Fenomenologia: Husserl e Hegel
15 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO termo fenomenologia recebeu de Hegel plena e especial acepção, com a publicação em 1807 de Die Phänomenologie des Geistes. A fenomenologia é "ciência da consciência", "na medida em que a consciência é em geral o saber de um objeto, ou exterior ou interior". Hegel escreve no Prefácio Fenomenologia: "O estar-ali imediato do espírito, a consciência, possui os dois momentos: o do saber e o da objetividade que é o negativo em relação ao saber. Quando o espírito se desenvolve nesse elemento da (…)
Notas
- Agamben (2015:167-168) – o pensamento do *se
- Dastur (2017) – não existe uma filosofia heideggeriana
- Deleuze (2010:124) – Hegel e Heidegger, historicistas
- Fink (1994b:197-198) – ser-em-si e ser-para-si
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- Gaboriau (1962:48) – dialética hegeliana e heideggeriana
- Hegel (FE) – temor de errar
- Hegel: consciência do objeto e de si mesma
- Nancy (1993:12-13) – o espírito não pode morrer, nascer ou dormir