O principal progenitor do movimento fenomenológico foi Edmund Husserl, cujas obras editadas foram publicadas desde o início do século XX até 1936. Um leitor francês dele, especialmente com [17] relação às obras posteriores, foi Maurice Merleau-Ponty, que faleceu em 1961. Ambos voltaram sua atenção para o papel da percepção na ciência e ambos utilizaram uma versão do mundo da vida como uma ideia interpretativa.
A Crise de Husserl foi publicada em 1936, e nela podemos encontrar um (…)
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Leben / Erlebnis / Lebensphilosophie / Lebenswelt …
Leben / vie / vida / life / Dahinleben / se-laisser-vivre / Ableben / décès / deixar-de-viver / demise / Erlebnis / vécu / vivência / vivencia / experiencia vital / vida vivida / el vivir la vida / el vivir de la vida / Erlebnissen / vécus / vivências / experiences / lived experiences / Erlebniszusammenhangs / lived experience / Lebensbewußtseins / Lebensbewusstseins / life-consciousness / Lebensphilosophie / philosophie de la vie / philosophy of life / filosofia da vida / filosofía de la vida / Umwelterlebnis / vécu du monde ambiant / Lebenswelt / Umwelterlebnis
La propuesta de Ortega es de traducir Erlebnis por «vivencia». No obstante, convendría recordar que Erlebnis es «experiencia vital, vida vivida», el vivir la vida, el vivir de la vida.
H. critica Dilthey e Bergson : apesar da invocação constante das "vivências" (Erlebnisse), "a vida não é tomada como problema ontológico enquanto modo de ser determinado" (SZ 46). (Jean Greisch )
LEBEN E DERIVADOS
Matérias
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Ihde (1991:16-19) – Praxis-percepção, um modelo fenomenológico de interpretação
15 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro -
Ihde (1991:20-22) – Qualidades, matematização e mundo da vida
15 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroDe acordo com Husserl, o que era “óbvio” para Galileu era uma longa tradição de relação e aplicação da geometria antiga em uma aparência platônica, de modo que o mundo empírico pudesse ser matematizado com certa intuitividade — mas apenas até certo ponto. Medidas e correspondências parciais eram conhecidas desde a antiguidade (e revividas no Renascimento). Assim, sem especificar mais as origens, as proporções entre comprimentos de cordas e sons (harmônicos) e entre formas selecionadas (…)
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Lyotard (1954:31-40) – O "mundo da vida" (Lebenswelt)
15 de junho de 2023, por Cardoso de CastroÉ no sentido dessa "sociologia cultural" que o pensamento de Husserl evolui no final de sua vida.
IX. — O idealismo transcendental e suas contradições.
Ao chegarmos nesta etapa, eis-nos, ao que tudo indica, remetidos de novo a um "idealismo transcendental" (Med. cart.); este idealismo transcendental já residia na própria tarefa da redução. Mas, como o sujeito transcendental não difere do sujeito concreto, o idealismo transcendental parece, além disso, dever ser solipsista. Eu estou só (…) -
Schérer (1971:99-113) – L’analytique heideggerienne du Dasein et le problème de la communauté
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroLe problème de notre existence avec autrui n’est une énigme théorique que si nous prenons pour point de départ la séparation des existences et l’ipséité des sujets. Par un changement des perspectives phénoménologiques, l’homme cesse d’être conscience en face d’un monde visé par sa conscience ; il devient être-dans le monde et en tant que tel, lui appartiennent alors ces deux dimensions essentielles que l’idéalisme subjectif ne peut faire totalement siennes: la spatialité et la communauté, (…)
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Arendt (CH:§4) – O Homem: Animal Social ou Político
14 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroTradução
A vita activa, a vida humana na medida em que está ativamente empenhada em fazer algo, está sempre enraizada em um mundo de homens ou de coisas feitas pelos homens, um mundo que ela jamais abandona ou chega a transcender completamente. As coisas e os homens constituem o ambiente de cada uma das atividades humanas, que não teriam sentido sem tal localização; e, no entanto, esse ambiente, o mundo no qual nascemos, não existiria sem a atividade humana que o produziu, como no caso de (…) -
Herrmann (2013:41-43) – experiência-vivida
18 de março de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
De modo a retomar a compreensão hermenêutica da experiência vivida do mundo circundante, temos de a trazer à mente de tal forma que nos transportemos expressamente para ela. Quando Heidegger fala ocasionalmente de "olhar para a minha relação de visão com o púlpito dado no mundo circundante", esta frase é inadequada para a compreensão hermenêutica, porque reaviva o pensamento de uma tematização objectificadora. Se o sentido do ver-o-púlpito for preservado da objectificação teórica, (…) -
Dastur (2015:94-96) – Binswanger e Husserl
7 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroA co-apresentação de si mesmo ou do alter ego se funda, então, na estrutura temporal fundamental que conjuga retenção e protenção. Consequentemente, é ela que é preciso inicialmente elucidar. Ainda que Binswanger se baseie, sobretudo, na obra de Szilazi, Introduction à la phénoménologie de Edmund Husserl (Introdução à fenomenologia de Edmund Husserl), um livro de 1959, um livro [94] que trata desse assunto, ele aponta para as Leçons sur la phénoménologie de la conscience intime du temps (…)
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Paul Gilbert (2004:16-18) – a problemática de Maurice Blondel
5 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroA análise blondeliana se desenvolve pondo em evidência a potência da “vontade querente”, que tende para o cumprimento de seu desejo aberto indefinidamente, enquanto a “vontade querida” encarna esse élan na particularidade de nossas existências. A relação entre a vontade querente e a vontade querida é precisa: essa última alimenta-se daquela que lhe dá seu élan e da qual é a expressão e a correia de transmissão, sem nunca lhe esgotar a amplidão inteira.
A problemática de Blondel pode ser (…) -
Edith Stein (2000:II § 1) – consciência e senciência
4 de março de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
As determinações de uma realidade, os seus estados e propriedades, manifestam-se como conteúdos imanentes nos sentimentos de vida — tal como nos dados extra-egóicos. A cor de uma coisa manifesta-se nas sensações de cor como o seu estado ótico momentâneo e, por sua vez, esses estados manifestam a propriedade ótica duradoura. Da mesma forma, uma determinação momentânea do meu ego — o seu estatuto de vida — manifesta-se no sentimento de vida e, por sua vez, tais determinações (…) -
Didier Franck (1998:377-380) – orgânico e inorgânico
12 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
[…] partamos da distinção entre o orgânico e o inorgânico. Qual é a diferença entre eles, uma vez que existe apenas um tipo de força? Há mais seres inorgânicos no mundo do que orgânicos, e a diferença entre o vivo e o não vivo é exclusivamente quantitativa? Em A Gaia Ciência, Nietzsche adverte: "Não se deve dizer que a morte se opõe à vida. O vivo é apenas um modo do que está morto, e um modo muito raro. Isto para sublinhar a raridade quantitativa do orgânico em relação ao (…) -
Schérer (1971:23-32) – La critique du fondement psychologique dans les sciences de l’esprit
14 de junho de 2023, por Cardoso de Castroqu’entendons-nous par le mot « esprit » ? que voulons-nous dire lorsque nous affirmons que les sciences de l’homme exigent une communication « spirituelle » comme fondement ? le « comprendre » peut-il être détaché d’une participation affective dont rien ne nous indique qu’elle n’est pas une simple projection de nous-mêmes en autrui ?
Si la notion de Science de l’esprit doit être conservée, il est donc nécessaire qu’elle subisse elle-même une critique : qu’entendons-nous par le mot « (…) -
Husserl (1976:202-204) – Vivido no noético e no noema
25 de junho de 2023, por Cardoso de CastroEm tudo é preciso tomar o correlato noemático, que aqui se chama “sentido” (em significação bem ampliada), exatamente assim como ele está contido de maneira “imanente” no vivido de percepção, de julgamento, de prazer etc., isto é, tal como nos é oferecido por ele, se interrogamos puramente esse vivido mesmo.
Márcio Suzuki
Graças a seus momentos noéticos, todo vivido intencional é justamente vivido noético; é da essência dele guardar em si algo como um “sentido” e, eventualmente, um (…) -
Husserl – A priori lógico e a priori do mundo da vida
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroSe o nosso interesse exclusivo se dirige para o “mundo da vida”, temos de perguntar: está, então, o mundo da vida, como tema científico universal, exposto já pela epoché relativa à ciência objetiva? Já temos, com isso, temas [112] para asserções científicas universalmente válidas, asserções sobre fatos passíveis de serem estabelecidos cientificamente? Temos o mundo da vida como um campo universal, a definir de antemão, de tais fatos estabelecíveis? Ele é o mundo espaço-tempor
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Ernildo Stein (2012:27-29) – Lebenswelt e unidade da experiência
5 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroPor um lado, ao ouvirmos o termo Lebenswelt e, de outro, ao pensarmos no rigor com que Husserl procedia em sua Filosofia poderíamos concluir que este termo origina um certo mal-estar. Este mal-estar, entretanto, é mais de Husserl do que nosso, porque nós já estamos com muitos elementos novos no caminho, enquanto que, em Husserl, era a tentativa de denominar algo que certamente não era determinado, não era definido, não era circunscrito. O mundo da vida se apresentava como indefinido, mas, ao (…)
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Schérer (1971:16-23) – La psychologie compréhensive comme fondement de la communication historique et les limites de cette communication
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroAu fondement des sciences de l’homme il y a donc une première opération « communicative », celle qui permet à l’intériorité de pénétrer l’intériorité. Cette pénétration étant spirituelle, les sciences de l’homme se distingueront des sciences de la nature objective en tant que Sciences de l’esprit.
Si une connaissance de l’homme dans sa vie sociale et historique est possible, cette connaissance ne peut traiter son objet comme un phénomène de la nature; car l’objet est ici, en même temps, (…) -
Greisch: Une herméneutique de la facticité
29 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExtraits des pages 34-38, de l’édition PUF, 1994.
Nous venons de jeter un premier regard sur l’allure générale d’une approche phénoménologique, hérissée d’obstacles terminologiques, de la vie, qui se fixe pour but de « voir la chose principale de la philosophie, la facticité » (GA61, 99). L’analyse de la vie factuelle nous place devant l’alternative suivante : allons-nous créditer la vie d’une transparence parfaite, de cette pureté cristalline, dont la logique nous offre la meilleure (…) -
Agamben (2014:III.1.1) – vida
21 de junho de 2023, por Cardoso de CastroConfirmando a falta de tecnicização do conceito “vida” no âmbito médico, os textos de Corpus [Hippocraticum] mostram, com relação àqueles literários e filosóficos, certa indeterminação da oposição zoe/bios.
Selvino Assmann
1.1. Uma genealogia do conceito de zoe deve começar pela constatação — de nenhum modo óbvia, inicialmente — de que na cultura ocidental “vida” não é uma noção médico-científica, mas um conceito filosófico-político. Os 57 tratados de Corpus hippocraticum, que reúnem os (…) -
Depraz (2001:5-6) – ser/estar consciente
5 de junho de 2023, por Cardoso de CastroSur un mode structurel, ce sont les actes de la conscience qui définissent chacun à leur manière mon rapport au monde.
Être conscient de ce qui nous entoure ou avoir conscience de soi-même inclut de façon générale une forme, même implicite, de rapport à soi, qui peut s’éprouver, soit dans l’ordre de la connaissance, soit sur le plan de l’éthique. Or, l’expérience de cet être-conscient, de cet avoir-conscience, ou encore de ce devenir-conscient n’est aucunement l’apanage des philosophes, (…)
Notas
- Agamben (1995:III-6.1) – o estado de coma
- Agamben (2022) – Cada presente contém uma parte de não-vivido
- Arendt (CH:§13) – vida - mundo
- Barbaras (2013) – vida
- Bornheim (1980:13-14) – conceito e noção
- Bornheim (1980:14-15) – vivência
- Carla Rodrigues (2020) – Agamben: biopolítica na pandemia
- Carneiro Leão (2017:45-47) – jogo da vida humana
- Dilthey (ICE:22) – unidade psicofísica, existência e vida
- Dilthey (MH) – vida histórica e vida geral
- Ernildo Stein (2012:33-35) – Lebenswelt enquanto antepredicativo
- Ernildo Stein (2012:35) – Lebenswelt e Urverdrängung (recalque)
- Ernildo Stein (2012:35-38) – Lebenswelt e significância (Bedeutsamkeit)
- Ferreira da Silva (2009:35-36) – dualidade trágica vida-morte
- Fuchs (2018:1.2.2) – somos seres corporais, vivos, orgânicos
- Fuchs (2018:31-32) – intencionalidade afetiva
- GA18:51 – interessar (angehen)
- Gilvan Fogel (2005:175-176) – vida é expiação e punição
- Gilvan Fogel (2005:180-182) – O “eu” é epígono
- Gilvan Fogel (Nietzsche) – Vida em Nietzsche