1) El mundo no está dado primariamente como una reunión de cosas. No está dado, pues, en el modo de la conciencia que intiende y a la cual se dan los seres individuales y las totalidades que forman. Existe, antes bien, una conciencia más originaria de los todos y del todo más abarcador, omniabarcador: una conciencia del mundo. Es preciso analizar este modo especial de conciencia, así como el origen del correlato de significado que lleva aparejado: sólo así se dilucidará el significado (…)
Página inicial > Palavras-chave > Temas > erfahren / Erfahrung / Erfahrbarkeit
erfahren / Erfahrung / Erfahrbarkeit
Erfahrung / experiência / experience / experiencia / Erfahrbarkeit / expérimentabilité / experimentabilidade / possibility of experiencing / ἐμπειρία / empeiria / empiria
Matérias
-
Patocka (2015:C3) – mundo não dado como reunião de coisas
12 de junho de 2023, por Cardoso de Castro -
Ernildo Stein (2012:30-33) – Lebenswelt e ser-no-mundo
5 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroA redução transcendental coloca entre parênteses a realidade em sua existência exterior reproduzindo-a nos polos (vividos) da consciência, noesis e noema (sujeito e objeto), vivendo-a numa espécie de universalidade e não na sua existência concreta.
Então, a palavra Lebenswelt ligava-se de alguma maneira com a questão da existência. Como a questão da existência, em Husserl, era menosprezada e como era necessário excluir a fé na existência ao praticar a redução fenomenológica, evidentemente (…) -
Husserl – Intersubjetividade e mundo da experiência pura
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroPartamos do fato que para nós, ou para falar mais claramente, para mim enquanto ego, o mundo é constituído como mundo «objetivo», no sentido de mundo que existe para todo o ser, que se revela, tal como é, na comunidade intersubjetiva do conhecimento. Deve, portanto, já estar constituído um sentido de «todo o ser» para que, em relação com esse sentido, possa haver um mundo objetivo. Isto implica que deve haver à base um primeiro sentido de «todo o ser», logo também um primeiro sentido de (…)
-
Romano (1999:159-161) – sofrimento da separação
21 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroTalvez ninguém tenha descrito o sofrimento da separação de forma mais profunda do que Proust. Mas, como um grande escritor, ele não percebeu o significado dos acontecimentos: pois, pensando como um empirista, Proust acreditava que a experiência, por sua mera repetição, não apenas cria hábitos em nós, mas também nos ensina algo sobre o futuro: "O tempo passa e, pouco a pouco, tudo o que se diz ser mentira se torna verdade; eu havia experimentado isso demais com Gilberte; a indiferença que eu (…)
-
Ernildo Stein (2012:27-29) – Lebenswelt e unidade da experiência
5 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroPor um lado, ao ouvirmos o termo Lebenswelt e, de outro, ao pensarmos no rigor com que Husserl procedia em sua Filosofia poderíamos concluir que este termo origina um certo mal-estar. Este mal-estar, entretanto, é mais de Husserl do que nosso, porque nós já estamos com muitos elementos novos no caminho, enquanto que, em Husserl, era a tentativa de denominar algo que certamente não era determinado, não era definido, não era circunscrito. O mundo da vida se apresentava como indefinido, mas, ao (…)
-
Brague (1988:39-41) – o acesso do homem ao Todo
6 de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
Os gregos viam o fenômeno do acesso do homem ao Todo, e expressavam-no através de imagens espaciais, como uma característica do espírito. Temos toda uma série de textos em que se sublinha o poder do espírito humano, com a sua capacidade de se mover instantaneamente e de atravessar as maiores distâncias, chegando assim aos confins do mundo. O tema é comum a todo o mundo helenístico, até à época dos Padres da Igreja. Podemos distinguir vários temas: o da velocidade do espírito, o da (…) -
Jocelyn Benoist (2001:45-49) – dar-se (es gibt)
29 de março de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
O que considero interessante na noção de "dado", tal como é comumente utilizada pelas duas grandes tradições filosóficas do nosso século, é o fato de estar imediatamente aberta à crítica e ao criticismo. Atualmente, está sob ataques violentos, que não são, evidentemente, inteiramente novas. Este é, desde o início, um dos pontos, senão o ponto, criticado na fenomenologia, que, enquanto modo de pensar o "dado", é suspeita de uma certa forma de intuicionismo ingênuo, ou de (…) -
Dufour-Kowalska (1980:54-55) – afetividade
1º de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroAfetar-se imediatamente é fazer experiência de si mesmo. Mas experimentar-se desta forma, sem o intermédio dos sentidos, é o que significa a afetividade na pureza do seu conceito. A afetividade surge no coração do conceito de auto-afetar-se como o seu significado concreto. Ela representa, como diz M. Henry, a “efetivação” fenomenologicamente concreta de auto-afetar-se, da recepção interna da essência, isto é, da sua revelação imanente. A afetividade é o próprio conceito desta revelação, ou (…)
-
Edith Stein (2000:II § 1) – consciência e senciência
4 de março de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
As determinações de uma realidade, os seus estados e propriedades, manifestam-se como conteúdos imanentes nos sentimentos de vida — tal como nos dados extra-egóicos. A cor de uma coisa manifesta-se nas sensações de cor como o seu estado ótico momentâneo e, por sua vez, esses estados manifestam a propriedade ótica duradoura. Da mesma forma, uma determinação momentânea do meu ego — o seu estatuto de vida — manifesta-se no sentimento de vida e, por sua vez, tais determinações (…) -
Dufour-Kowalska (1980:55) – afetividade como ato do Si
1º de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroEntremos agora nesta pura realização do “sentir-se a si mesmo” e tentemos apreender o que nele se dá, o que ele constitui em si mesmo, a essência que nele se afirma. O que se sente a si mesmo, como esse mesmo sentir e nesse sentir, o que originalmente se dá a si mesmo como sua própria realidade, é o Si enquanto tal. “A afetividade é a essência da ipseidade” [MHEM:581]. Esta afirmação implica uma dupla determinação: a do Si como afetividade e a da afetividade como ato do Si. Se o Si é [56] (…)
-
Schutz (1979:63-65) – experiências enquanto estão presentes
17 de junho de 2023, por Cardoso de CastroA lembrança de uma experiência do mundo exterior é relativamente nítida, uma sequência de acontecimentos externos, um movimento talvez, pode ser lembrada numa livre reprodução, isto é, escolhendo-se arbitrariamente determinados pontos da duração. A reprodução de experiências da percepção interior é incomparavelmente mais difícil; aquelas percepções internas próximas do amago absolutamente privado da pessoa são irrecuperáveis no que diz respeito a seu “Como”, e no máximo pode-se apreender o (…)
-
Arendt (LM:19-23) – a natureza experiencial do mundo
14 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroAbranches et alii
Os homens nasceram em um mundo que contém muitas coisas, naturais e artificiais, vivas e mortas, transitórias e sempiternas. E o que há de comum entre elas é que aparecem e, portanto, são próprias para serem vistas, ouvidas, tocadas, provadas e cheiradas, para serem percebidas por criaturas sensíveis, dotadas de órgãos sensoriais apropriados. Nada poderia aparecer — a palavra "aparência" não faria sentido — se não existissem receptores de aparências: criaturas vivas (…) -
Malpas (1999:7-10) – experienciar o lugar
2 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro[…] Dentro das tradições fenomenológica e hermenêutica, a ideia da inseparabilidade das pessoas dos lugares que habitam é um tema especialmente importante no trabalho de Martin Heidegger. Embora Ser e Tempo, de Heidegger, forneça uma análise um tanto problemática do papel da espacialidade e, portanto, também do lugar na estrutura da existência humana (ou propriamente do Dasein), ainda assim a concepção fundamental de Heidegger da existência humana como “ser-no-mundo” implica a (…)
-
Dufour-Kowalska (1996:41-44) – sensibilidade e imaginação
2 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroNo caminho para a essência interior da sensibilidade e da , o que Heidegger descobriu foi a estrutura última do conhecimento objetivo, o fundamento das condições da tal como Kant as tinha estabelecido. Mas o objeto da sua busca continua a ser esta , como mostra uma das intuições fundamentais do seu pensamento, tão próxima do objetivo, a intuição do ato essencial do fundamento: o auto-afetar-se. Porque é que esta intuição acabou por não determinar o seu objeto? Esta questão foi (…)
-
Arendt (LM:10-11) – sensorial e o supra-sensorial
15 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroAbranches, Almeida e Martins
Antes, portanto, de começarmos aespecular sobre as possíveis vantagens de nossa atual situação, seria prudente refletir sobre o que realmente queremos dizer quando observamos que a teologia, a filosofia e a metafísica chegaram a um fim. Certamente não é que Deus esteja morto, algo sobre o qual o nosso conhecimento é tão pequeno quanto o que temos sobre a própria existência de Deus (tão pequeno, de fato, que mesmo a palavra “existência” está mal empregada); mas (…) -
Mitchell (2015:31-32) – maquinação e experiência
21 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroA posição aparentemente privilegiada do sujeito humano na representação leva a uma ênfase pessoal e social na experiência vivida (Erlebnis), que Heidegger identifica como o participante necessário da extensão da maquinação. De fato, Heidegger vincula a maquinação e a experiência vivida diretamente como a transformação da época da afiliação tradicional entre ser e pensar: “A maquinação e a experiência vivida são formalmente a versão mais originária da fórmula para a questão-guia do pensamento (…)
-
Dufour-Kowalska (1996:39-40) – filosofia da imaginação
2 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroCom a determinação da subjetividade como temporalidade ek-estática, o princípio do conhecimento ontológico que determina todo o conhecimento de algo, o projeto filosófico de Heidegger em Kant e o Problema da Metafísica [GA3] chega ao fim. Qual é, no entanto, o significado do projeto de Heidegger no que diz respeito ao conceito de ? É isto que temos agora de examinar. E veremos que a imaginação, ao deixar de “cair no corpo”, como diz Alain, ao ser elevada ao cume da vida do espírito, não (…)