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Un-wesen
quarta-feira 24 de janeiro de 2024
wesen: essenciar-se, estar-a-ser
Abwesen (s) / Abwesende (s): o-estar-ausente, ausência / o-que-está-ausente
anwesen / Anwesen (s): vir-à-presença, estar-presente / o-estar-presente, o vir-à-presença
anwesend / Anwesende (s): presente, que está presente / o que-está-presente, o que-vem-à-presença
Anwesenheit (e): presença, estar-em-presença (cf. Präsenz)
Gewesene (s) / Ge-wesene (s): o sido, aquilo que foi / o sido, o já essenciado
Wesen (s) / Unwesen (s): essência, estar-a-ser, ser / anti-essência, abuso da essência, in-essência
Wesende (s): o-que-se-essencia, o que-está-a-ser
Wesenheit (e): essencialidade
Wesensblick ®: o olhar-que-vê-a-essência [GA5BD
GA5
GA5BD
GA5CL
GA5WB
Holzwege
GA 5
GA V
HW
CF2002
CB2012
CMNP
Chm
Holzwege (1935-1946) [1977]
]
Heidegger usa assiduamente Unwesen e Un-wesen. Possuem, ele explica, dois sentidos: 1. A "essência pré-essencializadora [vor-wesende Wesen]", anterior ao declínio para a essência não verbal, o universal; 2. A desfiguração da essência já degenerada em algo ainda pior. Em ambos os sentidos, Unwesen é essencial para Wesen, não unwesentlich (EV
EV
EV (GA36/37) = " Vom Wesen der Wahrheit", in W, 175-99 / "On the Essence of Truth", in Krell, 115-38 (Publicado originalmente em 1943, com base em uma aula de 1930) [Sobre a essência da verdade (Lisboa: Ed. 70, 1988)]
, 191/130s). O sentido 2 de Unwesen, que é o sentido mais usual em Heidegger, possui dois empregos, que correspondem a dois modos em que Wesen pode degenerar: (a) A Unwesen da verdade é não-verdade tanto no sentido de " velamento" (ou a "ilusão teatral", GA65
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BEITRAGE ZUR PHILOSOPHIE - Contribuições à Filosofia
, 347s) quanto no sentido de "errância" ou desvio (EV
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EV (GA36/37) = " Vom Wesen der Wahrheit", in W, 175-99 / "On the Essence of Truth", in Krell, 115-38 (Publicado originalmente em 1943, com base em uma aula de 1930) [Sobre a essência da verdade (Lisboa: Ed. 70, 1988)]
, 191/130, 193/132). (b) A Unwesen da verdade é um conceito degenerado de verdade: "correção" (GA65
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, 228) ou "razão" e o racional (GA65
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, 343). As duas degenerações estão conectadas: a degeneração do conceito de verdade é, em si mesma, uma "errância" crucial.
Quando Heidegger fala da Unwesen de uma Wesen, tem normalmente em mente o emprego do tipo (b). Pensar ser como um "valor" é pensá-lo "em sua Unwesen" (GA6I, 55/N4, 23). A "inautenticidade do niilismo encontra-se em sua essência. […] A Unwesen pertence à Wesen" (GA6I, 362/N4, 220s). Isto é, 1. As fases mais precoces do niilismo, tais como a "desvalorização dos valores correntes mais elevados […] não exaurem a sua essência" (N2, 276/N3, 204), sendo não obstante essenciais para o longo processo histórico pelo qual o niilismo "penetra em sua própria essência" (N2, 282/N3, 208); 2. Já que nós mesmos estamos emaranhados no niilismo, é essencial para o niilismo que sua natureza essencial nos escape (ZF
ZF
ZF = Zur Seinsfrage/The Question of Being, trad. W. Kluback e J.T. Wilde (Londres: Vision 1959) (Uma edição bilíngue de um ensaio para o sexagésimo aniversário de Jünger, originalmente publicada em 1955) (GA9)
, 383s). Até mesmo a cura possui a sua Unwesen: ela não é "melancolia e apreensão e sofrimento agoniado por causa disto e daquilo. Tudo isto é apenas a Unwesen da cura" (GA65
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, 35). [DH
Inwood
DH
Michael Inwood / Dicionário Heidegger
]