destaque
O que quer que seja verdade para espaço e tempo, isto é verdade para lugar: estamos imersos nele e não poderíamos passar sem ele. Para ser — para existir de alguma forma — é preciso estar algures, e estar algures é estar em alguma espécie de lugar. O lugar é tão necessário como o ar que respiramos, o chão que pisamos, os corpos que temos. Estamos rodeados de lugares. Passamos por cima e através deles. Vivemos em lugares, relacionamo-nos com os outros neles, morremos neles. Nada do (…)
Página inicial > Palavras-chave > Temas > Platz / platzieren / plazierbar / Ort / Stätte
Platz / platzieren / plazierbar / Ort / Stätte
Platz / place / lugar-próprio / platzieren / plazierbar / emplaçable / Ort / lieu / lugar / location / locus / topos / lugar / τόπος
τόπος é ο ποῦ, o onde e ali que indica o lugar a que pertence um determinado corpo; o ígneo pertence ao alto, o térreo ao baixo. [GA9GS:260]
Notamment SZ p. 102 sq. ; n.p.c. Stelle. (Martineau )
PLATZ E DERIVADOS
Matérias
-
Casey (2011:ix) – ser e lugar
6 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castro -
Richardson (2003:584-587) – bauen
26 de setembro de 2024, por Cardoso de Castro“Trabalhar” admite tanto um sentido lato como um sentido estrito. No sentido lato, é o equivalente da palavra ‘habitar’, pois, segundo Heidegger, o radical de bauen (buan, bhu, beo) tem afinidade com a forma alemã do verbo ‘ser’ (ich bin, du bist, etc.), sugerindo, portanto, o modo como o Ser-aí é ou habita. No sentido mais estrito, significa uma maneira pela qual o Ser-aí se comporta de acordo com a estrutura do processo de habitação. É este sentido que queremos sugerir por “trabalhar”. (…)
-
Malpas (1999:7-10) – experienciar o lugar
2 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro[…] Dentro das tradições fenomenológica e hermenêutica, a ideia da inseparabilidade das pessoas dos lugares que habitam é um tema especialmente importante no trabalho de Martin Heidegger. Embora Ser e Tempo, de Heidegger, forneça uma análise um tanto problemática do papel da espacialidade e, portanto, também do lugar na estrutura da existência humana (ou propriamente do Dasein), ainda assim a concepção fundamental de Heidegger da existência humana como “ser-no-mundo” implica a (…)
-
Lévinas (1991:24-26) – Mesmo - Outro - Eu
2 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroSer eu é, para além de toda a individualização que se pode ter de um sistema de referências, possuir a identidade como conteúdo. O eu não é um ser que se mantém sempre o mesmo, mas o ser cujo existir consiste em identificar-se, em reencontrar a sua identidade através de tudo o que lhe acontece. É a identidade por excelência, a obra original da identificação.
João Pinto Ribeiro
A alteridade, a heterogeneidade radical do Outro, só é possível se o Outro é realmente outro em relação a um (…) -
Malpas (2006:3-6) – ser e lugar
6 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
Grande parte do meu argumento poderia ser colocado em termos da ideia de que a questão do ser está de fato subjacente a uma "questão mais radical" — nomeadamente, a questão do lugar — de modo que, na terminologia de van Buren, ser há que se entender como, poder-se-ia dizer, um "efeito" de lugar. Em rigor, porém, preferiria dizer que ser e lugar estão indissociavelmente ligados de uma forma que não permite que um seja visto apenas como "efeito" do outro, antes ser emerge apenas em (…) -
Lévinas (1990/2004:119-124) – O sono e o lugar
16 de fevereiro de 2024, por Cardoso de CastroPaul Albert Simon
Em que consiste o sono, com efeito? Dormir é suspender a atividade psíquica e física. Mas ao ser abstrato, pairando no ar, falta uma condição essencial dessa suspensão: o lugar. O apelo ao sono se [85] faz no ato de deitar-se. Deitar-se é exatamente limitar a existência ao lugar, à posição.
O lugar não é “alguma parte” indiferente, mas uma base, uma condição. É certo que compreendemos comumente nossa localização como a de um corpo situado em qualquer lugar. Seguramente, (…) -
Malpas (2006:40-42) – situação
2 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroEm um ensaio agora famoso, escrito para o aniversário de oitenta anos de Heidegger, Hannah Arendt chama a atenção para o modo como, em seu ensino no início da década de 1920, Heidegger ofereceu uma concepção revitalizada da filosofia e da prática filosófica, que enfatizava a ideia da filosofia como conectada aos problemas da “vida”. Isso não implicava a promessa de alguma forma de “Lebensphilosophie”, mas sim a articulação de uma ideia de filosofia, bem como de um modo de filosofar, que via (…)