No parágrafo anterior mostramos que pode existir um modo de pensar materialista que não diga expressamente ser o homem uma coisa. O cientismo é uma forma camuflada de materialismo: no cientismo o sujeito nada significa, simplesmente. O materialismo, entretanto, evoca o espiritualismo; este vive do insucesso do materialismo, e parte da primazia do sujeito. Quem (com razão, aliás) afirma a prioridade do sujeito, corre, de resto, o risco de deixar degenerar seu parecer, fazendo as coisas (…)
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Luijpen
LUIJPEN, W.. Introdução à fenomenologia existencial. São Paulo: EDUSP, 1973.
Matérias
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Luijpen (1973:49-51) – cientismo
19 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro -
Luijpen (1973:15-17) – Filosofia e Ciência
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroHá vinte e cinco séculos se filosofou e o resultado foi o surgimento de inumeráveis sistemas contraditórios. Conquanto o pensamento filosófico seja muito mais antigo do que a ciência positiva que conhecemos hoje, não há nem sequer um reduzido número de proposições sobre as quais os filósofos estejam de acordo. Pode-se mesmo dizer que talvez não exista uma só afirmativa que não seja negada por um ou outro filósofo do presente, passado ou futuro. Mas enquanto o especialista, admirado da (…)
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Luijpen (IFE:33-37) – materialismo
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 33-37
Materialismo
Todos os sistemas materialistas concordam em considerar o homem como o resultado de forças e processos cósmicos, do mesmo modo que as coisas. Um materialista há de dizer, portanto, que o ser do homem será chamado ser-no-mundo no sentido de que, como todas as coisas, é algo no meio das outras coisas mundanas, um fragmento da “natureza”, um (…) -
Luijpen (1973:44-46) – O "cogito"
19 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroO caminho de um incontrastável ponto de partida para a "ciência admirável", que há de conter a verdade e a certeza, leva Descartes à necessidade da dúvida metódica. Tudo o que, de qualquer modo, pode ser sujeito a dúvidas, será posto entre parênteses, o que não quer dizer que Descartes seja cético ou agnóstico. Para ele só importa a verdade e certeza da "ciência admirável". A fim de encontrá-la, porém, precisa demolir primeiro, até os alicerces, suas "opiniões antigas", pois viu como era (…)
Notas
- Luijpen (1973:100-101) – Exclusão do "problema critico" ?
- Luijpen (1973:27-28) – "Utilidade" da Filosofia
- Luijpen (1973:33-34) – Materialismo
- Luijpen (1973:42-44) – Descartes
- Luijpen (1973:46-47) – Consequências da primazia do "cogito"
- Luijpen (1973:47-48) – Critério da verdade e certeza
- Luijpen (1973:48-49) – O homem
- Luijpen (1973:87-88) – Explicitação
- Luijpen (1973:96) – Teoria "científica" da percepção
- Luijpen: A ideia de essência na fenomenologia
- Luijpen: Corpo e Mundo
- Luijpen: Corporalidade Humana
- Luijpen: Existir como ser-consciente-no-mundo
- Luijpen: Filosofia como tarefa social
- Luijpen: Impossibilidade de uma "prova"
- Luijpen: Intersubjetividade da verdade filosófica
- Luijpen: Monismo materialista e monismo espiritualista
- Luijpen: o legítimo filosofar
- Luijpen: O "nada" como o ser do sujeito