Ressaltamos que, para que uma sentença se qualifique como uma proposição sobre o mundo externo, ela deve admitir ser verdadeira ou falsa. Agora, com muita frequência, os filósofos, ao buscarem refinar a compreensão do sentido de uma proposição, referem-se às suas condições de verdade. Uma maneira de fazer essa pergunta é considerar as condições sob as quais a sentença seria falsa. (Se essas condições forem contraditórias, dizemos que a frase não pode ser considerada falsa e, portanto, é (…)
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pseudos / ψευδής / ψεῦδος / pseudo / ψεύδω / ψύθος
Nos gregos, a verdade, para nós o positivo, é expressa negativamente como ἀλήθεια (verdade – desvelamento), enquanto a falsidade, para nós o negativo, é expressa positivamente como ψεῦδος (falso) [GA19 ]
O enunciar judicativo da compreensão é o local da verdade e falsidade e de sua distinção. O enunciado será verdadeiro, na medida em que se adequar ao estado de coisas, portanto, enquanto é ὁμοίωσις. Essa determinação essencial da verdade já não contém apelo algum à ἀλήθεια no sentido do desvelamento; antes, ao contrário, a ἀλήθεια é pensada como o contraposto de ψεῦδος, isto é, do falso no sentido de não reto, como retidão. A partir de então, a cunhagem da essência da verdade como a retidão da representação enunciativa torna-se decisiva para todo o pensamento ocidental. Como testemunho disto deve servir e ser suficiente o elenco dos enunciados centrais que caracterizam a cunhagem da essência da verdade de cada uma das principais épocas da metafísica. [GA9 ]