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phyein

quarta-feira 24 de janeiro de 2024

Φύειν quer dizer, segundo o dicionário, crescer ou fazer crescer (em alemão: wachsen, wachsen machen). φύσις [physis] significa portanto, de modo geral, o crescimento (das Wachstum). Mas a questão reside evidentemente em saber o que os gregos entendiam por crescimento [Questão posta e resolvida, nos mesmo termos, em EiM [GA9 GA9
Wegmarken
GA9PT
GA9ES
GA9EN
CartaH
Wegmarken (1919–1961), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1996
], p. 11 (27) e EHD GA4
GA 4
GA IV
EHD
EHP
GA4KH
Erläuterungen zu Hölderlins Dichtung (1936-1968) [1981] — Elucidações sobre a poesia de Hölderlin
[GA4 GA4
GA 4
GA IV
EHD
EHP
GA4KH
Erläuterungen zu Hölderlins Dichtung (1936-1968) [1981] — Elucidações sobre a poesia de Hölderlin
], p. 55 (73-74)]. Heidegger mostra, com a ajuda de um certo número de exemplos, que esta palavra, para eles, não começava por invocar, como faria para os modernos, as ideias e aumento, de evolução ou de devir. Entendiam-na num sentido completamente diferente, que pode ser definido pelos três termos avanço (Hervorgehen), desabrochar (Aufgehen) e abertura (Sichöffnen). Todavia, é preciso tomar cuidado com o facto que não há aí apenas a diferença de dois «pontos de vista», ou de duas concepções do mesmo fenômeno, mas toda a distância que separa uma abordagem original de uma abordagem apenas derivada. Seja, por exemplo, o desabrochar de uma rosa: o que é que constitui a especificidade desse acontecimento? Teríamos hoje tendência para considerar como determinante o processo quantitativo (aumento ou crescimento) ou evolutivo (a sucessão de estados distintos). Mas é realmente isso que se dá originalmente ao olhar? Para aquém destes processos mensuráveis — que decerto concorrem para o acontecimento, mas não o constituem — o que acontece em primeiro lugar, e de modo bem mais radical, no desabrochar da rosa, é a sua «vinda ao aparecer»: a rosa desabrocha na medida em que, avançando no aberto, dura nesse aberto, se mantém nele manifestando-se, e assim se oferece ao olhar. É isto o que os Gregos — cuja percepção, que não se atravancava ainda com o conceito [Cf. WhD GA8
WhD
GA 8
GA VIII
GA8GG
GA8BG
GA8RB
GA8PRS
Was heisst Denken? (1951-1952) [2002] — O que se chama pensar?
[GA8 GA8
WhD
GA 8
GA VIII
GA8GG
GA8BG
GA8RB
GA8PRS
Was heisst Denken? (1951-1952) [2002] — O que se chama pensar?
], p. 128 (196).], e era, por essa razão, mais ampla, menos redutora, mais aberta à plenitude do Simples — sabiam ainda captar. O crescimento no sentido grego, ο φύειν, dizia em primeiro lugar isto: essa penetração radiosa no coração da presença. [MZHPO MZHPO



ZARADER, Marlène. Heidegger e as palavras da origem. Tr. João Duarte. Lisboa: Instituto Piaget, 1998
:44-45]