A presente prestação de contas da ascensão e mudança de forma das esferas é, tanto quanto sabemos, a primeira tentativa, após o fracasso da chamada morfologia da história do mundo de Oswald Spengler, de atribuir novamente a um conceito formal uma posição do mais alto escalão em um estudo de antropologia e teoria da cultura. As pretensões morfológicas de Spengler, mesmo buscando o patrocínio de Goethe, estavam condenadas ao malogro, porque traziam para seus objetos um conceito de forma com o (…)
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morphe / μορφή / άμορφος / amorphos / αμορφία / amorphia / aneidon / amorphon
Aquilo que dá às coisas o seu carácter permanente [Ständige] e nuclear, mas que, ao mesmo tempo, causa também o modo da sua afluência sensível, o colorido, o sonoro, o duro, o maciço, é a matéria das coisas. A forma (μορφή) já está implicada nesta determinação da coisa como matéria (ὕλη). O carácter permanente de uma coisa, a sua consistência, reside no facto de uma matéria estar [19] unida a uma forma. A coisa é uma matéria enformada. Esta concepção da coisa apela para o viso imediato com o qual a coisa nos interpela pelo seu aspecto (εἶδος). Com a síntese de matéria e forma encontrou-se finalmente o conceito de coisa que se adapta igualmente às coisas da natureza e às coisas de uso. [GA5 ]