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Selbstaufgabe
quarta-feira 24 de janeiro de 2024
[…] a antecipação [Vorlaufen] no ser para a morte [Sein zum Tode], afirmada, reapoderada pelo Dasein, torna-se a possibilitação do poder morrer. «O ser para a morte como antecipação na possibilidade possibilita pela primeira vez esta possibilidade e liberta-a enquanto tal» [Das Sein zum Tode als Vorlaufen in die Möglichkeit ermöglicht allererst diese Möglichkeit und macht sie als solche frei. SZ
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
:262]. «Pela primeira vez» (allererst), antes da antecipação, a morte não é um verdadeiro possível; depois deste «movimento», o Dasein é livre, face a ela e face a si mesmo. Ele descobriu a sua própria verdade. «No desvelamento antecipador, o Dasein abre-se a ele próprio quanto à sua possibilidade extrema» [Im vorlaufenden Enthüllen dieses Seinkönnens erschließt sich das Dasein ihm selbst hinsichtlich seiner äußersten Möglichkeit. Ibid.]. «O tornar-se livre antecipando em relação à morte própria liberta da perda nas possibilidades contingentes…» [Das vorlaufende Freiwerden für den eigenen Tod befreit von der Verlorenheit in die zufällig sich andrängenden Möglichkeiten SZ
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Sein und Zeit
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Ser e Tempo
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ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
:264]. «A antecipação abre à renúncia de si e destrói, deste modo, qualquer endurecimento sobre a existência, em cada momento, atingida». [Das Vorlaufen erschließt der Existenz als äußerste Möglichkeit die Selbstaufgabe und zerbricht so jede Versteifung auf die je erreichte Existenz. Ibid.] Noutros termos, o Dasein é libertado bem como as possibilidades de facto: outras possibilidades para além da sua própria esclerose ou imortalização em escolhas anteriores. Mas porquê «renunciar a si» (Selbstaufgabe)? Não será paradoxal que a liberdade mais alta implique o sacrifício de si? Segundo a antecipação que o coloca face à morte, o Dasein está liberto de tudo, inclusive de si mesmo. Na Aufgabe, existe Gabe, o dom, e Aufgabe significa «tarefa». O Dasein é capaz de se entregar a fundo às suas tarefas, mesmo correndo o risco de se perder. Ele assume o risco da morte. Não está desesperadamente ligado a um eu, a um sum que precedería o moribundus. Ele também não está endurecido no seu eu, ignorando as possibilidades dos outros. Pelo contrário, pode percebê-las livremente: «o Dasein rejeita o perigo de desconhecer (…) que as possibilidades de existência de outrem o ultrapassam ou, antes, de as interpretar mal, rebaixando-as às suas próprias» [Ibid.]. [HEH:38-39]