[…] enquanto a polissemia fala em origem do significado pela significância , na qual esta é o ponto que se multiplica e se dissemina em múltiplos significados, [por outro lado,] partindo de um ponto que se multiplica e se dissemina, a disseminação afirma que, na origem, temos múltiplos elementos disseminados e, por meio deles, podemos descobrir como algo se constitui, isto é, significa. A primeira posição, da polissemia, é a de Heidegger; a segunda, da disseminação, é a de Freud.
Em (…)
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Freud
H consagra a Freud diversas notas ou desenvolvimentos críticos quando dos seminários de Zurich. A construção teórica freudiana, distante da abordagem fenomenológica atenta a fazer aparecer o fenômeno tal qual dele mesmo se mostra, conduziu Freud a se pronunciar brutalmente sobre o homem sem se interrogar sobre o entendimento do sentido do ser próprio ao ser humano. (LDMH )
Matérias
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Ernildo Stein (2012b:154-156) – polissemia e disseminação de significados
17 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro -
Henry (1985:343-345) – o inconsciente não tem existência teórica
19 de dezembro de 2023, por Cardoso de CastroRodrigo Vieira Marques
A elaboração sistemática das estruturas fundamentais do aparecer tal como se prosseguiu através das problemáticas inaugurais de Descartes, de Schopenhauer e de Nietzsche, torna agora possível uma crítica radical da psicanálise, quer dizer, uma determinação filosófica do conceito de inconsciente. Sem dúvida que Freud tinha consciência de que uma tal determinação – escapava por completo à psicanálise, ao intentar desembaraçar-se de modo agressivo de uma questão sobre a (…) -
Ernildo Stein (2012b:158-160) – interpretação em Heidegger e na psicanálise
17 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroAqui, eu gostaria de iniciar o terceiro item da minha exposição, que é o enigma da interpretação . A hermenêutica reconhece que eu não posso despedaçar o mundo e recompô-lo a partir de critérios de racionalidade, como se faz no campo das ciências empírico-matemáticas. No paradigma hermenêutico, somos obrigados a reconhecer que somente podemos conquistar certas “fatias” da realidade para interpretá-las, mas o todo disso tudo permanece enigmático. Do mesmo modo, em relação ao sujeito, nós (…)
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Schérer (1971:125-128) – Les concepts psychanalytiques
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroIl reste que le nous que vise la théorie de Binswanger, n’est pas d’abord essentiellement ce nous idéalisé mais, plus profondément la « possibilité d’ouverture » se trouvant dans le moi lui-même et permettant les phénomènes d’identification (ou de transfert dans la pratique psychanalytique).
Ce sont les concepts de l’inconscient, indiquant en tout individu une présence qui échappe au moi et qui, tout en appartenant au destin individuel ne se laisse plus enfermer dans l’instance (…) -
Schérer (1971:140-143) – Daseinanálise de Binswanger (I)
24 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Reafirmemos primeiro as noções de princípio que separam a concepção psiquiátrica de Binswanger da de Freud, pois talvez tenhamos deixado este ponto na incerteza, estando mais preocupados, antes de mais, em mostrar como a investigação concreta freudiana poderia enriquecer os dados de uma análise teórica do que em insistir nas diferenças. Binswanger não se contenta em acrescentar ao sistema freudiano a noção de "mente" que, sob a forma de logos, é o objeto da nossa investigação (…) -
Schérer (1971:128-137) – Confrontation autour de la pratique psychanalytique
14 de junho de 2023, por Cardoso de CastroL’ontologie de Binswanger rejoint, par des voies différentes, et sans cesser de marquer sa différence, celle de Heidegger dont elle s’était d’abord détournée : là où l’être de l’étant est en question, c’est aussi le logos de l’être qui doit être explicité.
Tout autant que sur le plan théorique, la psychanalyse freudienne entre, sur le plan pratique, en rupture avec les méthodes courantes de la psychologie et de l’anthropologie. Elle vise à saisir la totalité de la vie individuelle dans (…) -
Schérer (1971:143-146) – Daseinanálise de Binswanger (II)
24 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Se a metáfora tem um significado ontológico, então o conhecimento do seu conteúdo situa-nos imediatamente na dimensão ontológica da existência, e é na própria expressão linguística que podemos alcançar os canais através dos quais a comunicação é dada ou recusada. Enquanto o pensamento objetivista estabelece um fosso intransponível entre o sonho em que o indivíduo se isola e a realidade em que se encontra com os outros, a análise que toma a expressão como tema desloca o centro da (…) -
Gadamer: Reflection and Self-consciousness
30 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtract p. 277-279, translated by Peter Adamson and David Vessey, from Continental Philosophy Review 33: 275-287, 2000
Thus the structure of reflexivity returned to center stage in philosophy. “Reflection” and “reflexivity” are etymologically derived from the Latin expression reflexio, a familiar term in optics and mirroring. It could not have developed to its newer meaning, its natural meaning for us, before the emergence of the scholastic sciences. Originally it referred merely to the (…) -
Schérer (1971:147-153) – Daseinanálise de Binswanger (III)
24 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
A metáfora indica precisamente que, se o sonho não se junta à vida real na sua forma prática, pode, no entanto, assumir a forma e o sentido da espiritualidade e da comunidade: "a espiritualidade, uma vez desperta, pode estender-se até ao sonho para fazer surgir pelo menos a imagem da vida universal". A metáfora do sonho é a possível assunção pela subjetividade de uma universalidade que não lhe é estranha, mas que se inscreve nas possibilidades da sua história individual, ou a (…)