Nas palestras sobre o Sofista no curso do semestre de inverno de 1924/25, Heidegger tenta traçar a gênese da forma suprema de conhecimento “científico” ou episteme, a saber, a sophia amada pelos filósofos, uma gênese retratada nos dois primeiros capítulos do Livro I da Metafísica. Ali, Aristóteles apresenta sua investigação como partindo das opiniões e julgamentos geralmente aceitos sobre o conhecimento e seus diferentes níveis. Como Heidegger observa, esse relato apresenta a (…)
Página inicial > Palavras-chave > Termos gregos e latinos > sophia / σοφία / σοφόν / sophon / eigentliche Verstehen
sophia / σοφία / σοφόν / sophon / eigentliche Verstehen
eigentliche Verstehen / sagesse / sabedoria / wisdom / sábio / savant
Portanto, mesmo a σοφία (sabedoria) não é o ἀληθεύειν (desvelamento), no qual a ἀρχή (o princípio) se torna tema como ἀρχή (princípio)… [GA19 ]
Matérias
-
McNeill (1999:20-22) – sophia
9 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro -
Levinas (1991:i-iv) – Além da ontologia
20 de junho de 2023, por Cardoso de CastroAlém do em-si e do para-si do desvelado, eis a nudez humana, mais exterior que o fora do mundo das paisagens, das coisas e das instituições, a nudez que clama sua estranheza ao mundo, sua solidão, a morte dissimulada em seu ser ela clama, no aparecer, na vergonha de sua miséria oculta, ela clama a morte na alma; a nudez humana me interpela ela interpela o eu que sou ela me interpela de sua fraqueza, sem proteção e sem defesa, de nudez; mas ela me interpela também de estranha autoridade, (…)
-
McNeill (1999:27-29) – sabedoria
9 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroA razão para essa discussão sobre o conhecimento, lembra Aristóteles, é que estamos investigando o que se entende por sophia. A opinião geral é de que os tipos de conhecimento discutidos representam estágios ascendentes de sabedoria, porque geralmente se supõe que a sophia se preocupa com “as causas e os princípios primários” (ta prota aitia kai tas archas: M, 981 b29). Sophia é implicitamente entendida como o conhecimento das primeiras causas e princípios, e isso é identificado com a (…)
-
McNeill (1999:24-27) – cinco níveis de ver ou conhecer
9 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroAristóteles começa o Livro I da Metafísica discutindo cinco níveis ou graus diferentes de “ver” ou conhecer: aisthesis, empeiria, techne, episteme e sophia. Diz-se que o primeiro deles, aisthesis ou apreensão sensorial, pertence por natureza aos entes vivos em geral. Um segundo nível de conhecimento é o da empeiria, “experiência”. Enquanto a apreensão sensorial depende, a cada momento, da dada condição de um objeto imediato que lhe é apresentado, a experiência implica ter assumido uma certa (…)
-
Gadamer (VM:176-179) – o jogo
22 de fevereiro de 2021, por Cardoso de Castro[GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método I. Tr. Flávio Paulo Meurer. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 176-179]
[GADAMER, Hans-Georg. Vérité et Méthode. Tr. Pierre Fruchon, Jean Grondin et Gilbert Merlio. Paris: Seuil, 1996, p. 121-123]
Meurer (com ajustes)
Se considerarmos o uso da palavra jogo, dando preferência ao chamado significado figurado, resultará o seguinte: falamos do jogo das luzes, do jogo das ondas, do jogo da peça da máquina no rolamento, do jogo entrosado dos membros, do jogo (…) -
McNeill (1999:37-39) – sophia
9 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroA sophia pertence à faculdade epistêmica. No Livro VI da Ética a Nicômaco, Aristóteles começa sua consideração sobre a sophia lembrando-nos de que sua contraparte, a episteme, é incapaz de apreender os primeiros princípios a partir dos quais demonstra verdades científicas. Nem a techne nem a phronesis nos permitem apreender esses archai, pois lidam com objetos variáveis, enquanto a faculdade epistêmica se preocupa com objetos que são invariáveis e existem por necessidade. No entanto, de (…)
-
McNeill (1999:22-23) – curiosidade [Neugier]
9 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroUma terceira discussão sobre a primeira linha da Metafísica aparece no curso que se segue diretamente às palestras do Sofista: os Prolegômenos à História do Conceito de Tempo [GA20], ministrados no semestre de verão de 1925 e destinados a serem retrabalhados na primeira divisão de Ser e Tempo. Como na obra magna, a discussão ocorre novamente no contexto de uma análise da curiosidade, mas a análise da curiosidade está aqui embutida em uma interpretação da “queda” como um modo pelo qual o (…)
-
Gadamer (1993:C1) – da episteme à ciência
5 de dezembro de 2020, por Cardoso de CastroGalileu, por exemplo, não descobriu o limite da queda livre através da experiência, mas, como ele mesmo afirma: mente concipio, quer dizer, eu concebo-a em minha mente. Aquilo que Galileu concebeu dessa maneira, como a ideia da queda livre, não foi, de fato, um objeto da experiência. O vácuo não existe na natureza.
Antônio Luz Costa
Deve-se esclarecer o completo alcance daquilo que, com as ciências empíricas e as ideias sobre método, se colocou ao mundo. Quando se diferencia “a ciência” (…)