* Aquilo que Nietzsche ocasionalmente condena como "moralidade de rebanho" é também classificado por ele como "moralidade de escravo," uma ética considerada adequada para escravos e servos. * Embora existam fortes indícios desse ponto de vista em algumas obras iniciais de Nietzsche, como *Aurora* e *Humano, Demasiado Humano*, a sua formulação completa aparece primeiramente em *Para Além do Bem e do Mal*, e é posteriormente desenvolvida de forma mais exaustiva em *Genealogia da Moral*. (…)
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Robert Solomon
Robert Solomon (1942-2007)
LÉXICO DE FILOSOFIA: Dasein
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
Matérias
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Solomon (2012) – Nietzsche, moralidade mestre-servo
3 de novembro, por Cardoso de Castro -
Solomon (2012) – Nietzsche, ressentimento
3 de novembro, por Cardoso de Castro* A ênfase de Nietzsche na nobreza e no ressentimento, presente na sua descrição da moralidade de senhor e de servo, constitui uma tentativa de priorizar o caráter, a motivação e a virtude (e com eles, a tradição e a cultura) acima de todos os outros elementos da ética. * A moralidade de senhor, pautada na nobreza, é uma expressão de um caráter bom e forte, enquanto uma ética baseada no ressentimento é a manifestação de um caráter mau, independentemente dos seus princípios e (…)
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Solomon (1990) – Pretensão Transcendental
3 de novembro, por Cardoso de CastroO pano de fundo da pretensão transcendental abrange todo o conjunto da história, da filosofia e da religião ocidentais. É curioso e lamentável que a história da filosofia moderna seja tão frequentemente narrada como o desdobramento de um pequeno número de problemas especializados em epistemologia e metafísica, de modo que, não surpreendentemente, as questões e implicações mais amplas da filosofia europeia sejam ignoradas ou postas de lado. Com frequência excessiva, a narrativa começa com (…)
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Solomon (2012) – Nietzsche, face a um livro
3 de novembro, por Cardoso de Castro“Diante de um livro acadêmico”, Nietzsche descreve sua própria reação a uma experiência de leitura específica: “agora mesmo, ao fechar um livro acadêmico muito decente — com gratidão, muita gratidão, mas também com uma sensação de alívio”. O alívio foi uma reação ao deixar para trás o “ar abafado, os tetos baixos, a estreiteza” do livro.
A prosa de Nietzsche não pode ser destilada sem uma perda significativa, exigindo que o leitor confronte diretamente os seus livros, os quais, longe de (…) -
Solomon (2012) – Nietzsche, confronto com a moralismo
3 de novembro, por Cardoso de Castro* Na obra cinematográfica singular de Liliana Cavani, intitulada "Para Além do Bem e do Mal", a personagem central, dotada de um charmoso bigode e interpretando Nietzsche, irrompe em gargalhadas durante uma conversa à mesa, proferindo de forma descartável, mas com profundidade crítica: "A Moralidade—há, há!", o que encapsula o ponto de vista frequentemente depreciativo de Nietzsche sobre a Moralidade, embora ele a considerasse a suprema e mais bem-sucedida manifestação do declinismo e do (…)
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Solomon (1990) – Rousseau, a descoberta do "eu"
3 de novembro, por Cardoso de Castro“Assim como Newton foi o primeiro a discernir ordem e regularidade na natureza, Rousseau foi o primeiro a descobrir, sob as formas variadas que a natureza humana assume, a essência profundamente oculta do homem e a lei escondida segundo a qual a providência é justificada.” Kant
Nossa história começa não com a ciência, nem com o cartesianismo, nem mesmo com Kant, mas com o gênio neurótico e solitário de Jean-Jacques Rousseau (1712–78), ao mesmo tempo membro do Iluminismo francês e fundador (…) -
Solomon (2003) – Emoções e escolha
3 de novembro, por Cardoso de Castro* A interrogação inicial sobre a escolha das emoções (como raiva, ciúme, amor, ressentimento ou ódio) e a consequente responsabilidade por elas parece insólita devido à concepção tradicional de que as emoções são ocorrências que acontecem ao (ou "no") indivíduo, sendo vistas como a marca do irracional e do perturbador. * O controle emocional é metaforicamente equiparado ao enjaulamento e domesticação de uma besta selvagem, ou à supressão e sublimação de um "isso" freudiano. * (…)
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Solomon (2001) – Existencialismo
3 de novembro, por Cardoso de CastroUma introdução a um livro sobre o desenvolvimento do existencialismo deveria começar com uma breve caracterização de “existencialismo”, mas, como Sartre observou, “essa palavra foi tão estendida e assumiu um significado tão amplo que já não significa absolutamente nada”. Autores tão diversos quanto Sócrates, Kafka, Dostoiévski, Leroi Jones, Santo Tomás de Aquino, Pascal e Norman Mailer já foram descritos como “existencialistas”; por outro lado, figuras centrais como Camus, Jaspers e (…)
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Solomon (2008) – Nossos sentimentos
3 de novembro, por Cardoso de CastroIntrodução ao propósito duplo do livro: contestar o preconceito antigo que considera as emoções como irracionais e perturbadoras, e, ao mesmo tempo, abordar criticamente o novo entusiasmo científico que busca compreendê-las exclusivamente através de métodos como a neurociência, sem considerar sua dimensão ética e humanística. Defesa de uma perspectiva ética distintiva sobre as emoções, que se diferencia tanto de uma análise estritamente científica quanto de uma abordagem moralista que as (…)
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Solomon (2012) – Nietzsche, "Assim Falou Zaratustra"
3 de novembro, por Cardoso de CastroA abertura de Assim Falou Zaratustra descreve seu herói, o inovador religioso persa Zaratustra (ou Zoroastro, 628–551 A.C.) deixando sua caverna na montanha para trazer boas novas à sua sociedade; Zaratustra havia deixado sua casa para refletir em solidão aos trinta anos, a idade em que Jesus foi para o deserto, e detalhes que associam Zaratustra a Jesus e ao filósofo de Platão começam a se acumular, mas também alguns pontos de contraste, pois Jesus deixa seu deserto após quarenta dias para (…)
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Solomon (2012) – Nietzsche, força e fraqueza
3 de novembro, por Cardoso de CastroO que Nietzsche despreza no ressentimento é sua patética impotência, sua fraqueza. Contudo, os critérios de força e fraqueza estão longe de ser óbvios ou consistentes em Nietzsche, e nem sequer é evidente, por exemplo, que fraqueza seja ausência de força. Por vezes, as descrições em Genealogia da moral sugerem que o status social e a classe, por si sós, determinam força e fraqueza; os aristocratas, em virtude de seu nascimento e educação, são fortes. Devido a seu papel servil, os escravos (…)