Página inicial > Glossário > Leben

Leben

terça-feira 4 de julho de 2023

Leben, vie, vida, life, Lebensbewußtseins, Lebensbewusstseins, life-consciousness, Lebensphilosophie, philosophie de la vie, philosophy of life, filosofia da vida, filosofía de la vida, Dahinleben, se-laisser-vivre, in den Tag hineinleben, vivre au jour le jour, viver o seu dia, living unto the day

[…] o fato para o homem de se manter no Dasein (pois o homem é lançado em sua própria essência que ele não inventa nem se dá a ele mesmo) o dissocia de toda perspectiva e toda possibilidade de qualificação de sua essência pelo reino natural ou a "vida". (CARON Caron
Maxence Caron
MAXENCE CARON (1976)
, 2005, p. 774)


No esboço da estrutura de sentido da expressão “vida” partimos do verbo “viver”. Aqui, como em toda parte, há que se fazer presente uma experiência concreta [konkrete Erfahrung], sendo que ali o destaque explicativo do sentido [explikative Abhebung des Sinnes] pode ser em princípio apenas e integralmente “sentimental” [gefühlsmäßig]. 1) Viver como intransitivo: estar e ser na vida, alguém vive (no sentido: ele vive intensamente); “ele vive sóbrio e centrado”; “ele vive retraído”, “ele vive pela metade”, “vive-se assim”. 2) Viver em sentido transitivo: “viver a vida” [das Leben leben], “viver de seu encargo”; aqui na maioria das vezes composto: “viver atravessando isso e aquilo”; “viver desperdiçando os anos”; sobretudo: “vivenciar algo”. [GA61 GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
:82; GA61EPG GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
:94]
Enquanto nome e substantivo, a expressão vida possui igualmente um significado rico e autônomo, que queremos delinear em três perspectivas:

1) A vida significando unidade da sequência e temporalização [Einheit der Folge und Zeitigung] dos dois modos de “viver” anteriormente mencionados, essa unidade em sua extensão [Erstreckung] total ou delimitada, em sua multiplicidade [Vollzugsmannigfaltigkeit] total ou parcial de execução e em sua respectiva originariedade ou distanciamento da origem [Ursprünglichkeit bzw. Ursprungsabständlichkeit] (aversão à origem e inimizade frontal [Ursprungsaversion und direkten Feindlichkeit).

2) A vida, apreendida como essa unidade sequencial delimitada [Folgeeinheit]: ora, significando algo que, em sentido específico, carrega junto a si possibilidades [Möglichkeiten], em parte temporalizada [gezeitigte] enquanto em si mesma e para si. A vida, da qual falamos que pode nos trazer tudo, que é imprevisível; e ela própria, algo que carrega e é em si mesma suas possibilidades, ela mesma como possibilidade (uma categoria que tem de ser apreendida de forma rigorosamente fenomenológica; desde o princípio nada tem a ver com possibilidade lógica ou apriórica [logischer oder apriorischer Möglichkeit]).

3) A vida compreendida num significado onde 1 e 2 se entrelaçam mutuamente: a unidade da extensão na possibilidade e como possibilidade [Einheit der Erstreckung in der Möglichkeit und als Möglichkeit] – que perdeu as possibilidades, carregada de possibilidades e carregando a si mesma, criando possibilidades – e tomar isso tudo como realidade [Wirklichkeit], e quiçá realidade em sua intransparência específica como poder [Undurchsichtigkeit als Macht], destino [Schicksal]. [GA61 GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
:84; GA61EPG GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
:97]


VIDE: Leben e derivados

vie
life
vida

NT: Life, living, live (Leben, leben), 25, 46-51, 57-58, 97, 104, 163, 246fn 425, et passim; in an understanding of being, 4; world in which we, 63 65, 71, 80; that which has life, 10, 25, 48, 50, 97, 165, 194, 240, 247, 346, 377; and care, 198 (Hyginus); and death, 104, 238, 240, 245-247, 249 n. 6, 316; and historicity, 401 (Yorck); and historiography, 396 (Nietzsche Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
); and language, 163; and philosophy, 402 (Yorck); and reality, 212; and the they, 177; as a business, 289; the full and genuine, 177; inner (Innenleben), 273; cares of (Lebenssorge), 57; philosophy of, 46, 48, 398, 403; science of (i.e. biology), 9-10, 28, 46, 50; living (in general), 194; living along (dahinleben), 345, 405; living´ away from oneself, 179;living´ concretely, 178; living in a myth, 313; living in an understanding of Being, 4; living on (fortleben), 247; living unto the day (in den Tag hineinleben), 370-371; living-through (Er-leben), 47 (Scheler Scheler
Max Scheler
MAX SCHELER (1874-1928)
); the urge `to live´, 195-196; getting lived by one´s world, 195-196; getting lived by the ambiguity of publicness, 299; Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. on, 46, 209-210, 249 n. 6, 398; Yorck on, 400-402. See also Experience (Erlebnis) [BTJS GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
]


vi. In its Interpretation of ‘life’, the anthropology worked out in Christian theology – from Paul right up to Calvin’s meditatio futurae vitae – has always kept death in view. Wilhelm Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. , whose real philosophical tendencies were aimed at an ontology of ‘life’, could not fail to recognize how life is connected with death: ‘…and finally, that relationship which most deeply and universally determines the feeling of our Dasein – the relationship of life to death; for the bounding of our existence by death is always decisive for our understanding and assessment of life.’ (Das Erlebnsis und die Dichtung, 5th Edition, p. 230.) Recently, G. Simmel has also explicitly included the phenomenon of death in his characterization of ‘life’, though admittedly without clearly separating the biological-ontical and the ontological-existential problematics. (Cf. his Lebensanschauung: Vier Metaphysische Kapitel, 1918, pp. 99-153.) For the investigation which lies before us, compare especially Karl Jaspers Jaspers
Karl Jaspers
KARL JASPERS (1883-1969)
’ Psychologie der Weltanschauungen, 3rd Edition, 1925, pp. 229 ff., especially pp. 259-270. Jaspers Jaspers
Karl Jaspers
KARL JASPERS (1883-1969)
takes as his clue to death the phenomenon of the ‘limit-situation’ as he has set it forth – a phenomenon whose fundamental significance goes beyond any typology of ‘attitudes’ and ‘world-pictures’. [BTMR GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
]
(Das) Leben, "vida" , de leben, "viver" , era um conceito central em Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. , Scheler Scheler
Max Scheler
MAX SCHELER (1874-1928)
e Nietzsche Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
. Exceto talvez em Nietzsche Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
, vida não era concebida biologicamente, mas metafísica e historicamente. A vida é dinâmica. Este conceito é contrário ao materialismo, ao idealismo, e ao valor e verdade objetivos. E uma reação contra a "representação" , o "eu" e a relação sujeito-objeto (GA65 GA65
GA 65
GA LXV
GA65EM
GA65AM
GA65DPC
GA65DP
GA65DVP
GA65PT
GA65FR
GA65IT
BEITRAGE ZUR PHILOSOPHIE - Contribuições à Filosofia
, 326). Abarca tanto nossos estados mentais, conscientes e inconscientes, quanto os atos expressivos e criativos que constituem nossa história. Sob a influência de Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. , as preleções iniciais de Heidegger falam de Leben em um sentido próximo ao do posterior "dasein" (GA58 GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, 29ss; GA61 GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
, 2, 79ss). "Nossa vida é nosso mundo — e raramente a examinamos; embora de maneira bastante irrefletida e indistinta, estamos sempre ´envolvidos´ [´dabei sind´]: ´cativados´, ´repelidos´, ´satisfeitos´, ´resignados´. […] e nossa vida só é vida na medida em que vive em um mundo" (GA58 GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, 33s). Não podemos escapar da vida e observá-la de fora: "A vida fala para si mesma em sua própria linguagem" (GA58 GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, 231; cf. 42, 250). A vida é "auto-suficiente" . A vida também "se expressa" e possui "significação" (GA58 GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, 137). A filosofia emerge da vida: "Toda filosofia genuína nasce da dor da plenitude da vida, não de um problema pseudo-epistemológico ou de uma questão básica de ética" (GA58 GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, 160; cf. 253s). Heidegger discorda de Husserl Husserl
Edmund Husserl
EDMUND HUSSERL (1859-1938)
, que tendia a ignorar a vida: eu deveria me deixar levar pela potência da vida, "acompanhando a vivência [Mitmachen des Erlebens]" , ao invés de retirar-me dela na Epoche; precisamos "compreender" a vida de dentro dela — por meio da história — em lugar de concentrarmo-nos nas experiências intencionais das "coisas" (GA58 GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, 254ss).

Por volta de 1923, a "vida fáctica [faktisches Leben]" é igualada a Dasein (GA63 GA63
GA 63
GA LXIII
SS 1923
Ontologie. (Hermeneutik der Faktizität) (SS 1923) [1988] — Ontologia. Hermenêutica da Facticidade
, 81). Lebensphilosophie, "filosofia de vida" , é "intrinsecamente uma tautologia, pois a filosofia não lida com coisa alguma, exceto com o próprio Dasein. A expressão ´filosofia de vida´ é, portanto, quase tão inteligente quanto ´botânica das plantas´" (GA21 GA21
GA 21
GA XXI
GA21EN
GA21ES
Lógica. A pergunta pela verdade. / Logik. Die Frage nach der Wahrheit (Wintersemester 1925/1926), ed. Walter Biemel, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1995.
, 216. Cf. SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, 46). Leben não é biológica: só compreendemos plantas e animais em comparação com nossa anterior compreensão da vida humana (GA61 GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
, 81 ss; SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, 49s, 194). Heidegger prefere Dasein à Leben (cf. GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 278). Não porque Leben deva ser concebida como uma série de discretas Erlebnisse, "vivências" : Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. estava interessado na forma global ou estrutura da "vida como um todo" (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, 46). Isto porque "vida" é conceito impreciso, em constante risco de redução à mera vida biológica. Além disso, Dasein transmite melhor do que Leben a nossa relação com o ser, um conceito que não era proeminente nas preleções iniciais.

Em Nietzsche Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
, "a palavra e o conceito ´Leben´ flutuam,"significando sucessivamente "entes como um todo" , "criaturas vivas (plantas, animais, homens)" , e "vida humana" (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 573 Cf. GA65 GA65
GA 65
GA LXV
GA65EM
GA65AM
GA65DPC
GA65DP
GA65DVP
GA65PT
GA65FR
GA65IT
BEITRAGE ZUR PHILOSOPHIE - Contribuições à Filosofia
, 365). Leben está ligada ao "corpo" . Leib, o corpo humano, em contraste com Körper, o "corpo" meramente físico (GA15 GA15
GA 15
GA XV
GA15FR
GA15EN
Seminare (1951–1973), ed. Curd Ochwadt, 1. Aufl 1986. 2., durchgesehene Aufl 2005.
, 322: "o limite do Leib não é o limite do Körper" ), vem de Leben, e já significou "vida" . Um verbo derivado desta palavra, leiben, sobrevive atualmente apenas na expressão wie er leibt und lebt, "ser de carne e osso" , lit. "como ele corporifica e vive" . Heidegger recupera Leiben e a sua ligação tanto com Leib quanto com Leben, falando de leibende Leben, "vida corporificante" e leibende-lebende Mensch, "homem corporificante-vivente" : Das Leben lebt, indem es leibt, "A vida vive corporificando" (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 163, 223, 565). O corpo não é, entretanto, um substratum físico ou biológico ao qual se sobrepõem níveis mais elevados: "Não ´possuímos´ um corpo, ´somos´ corpóreos [leiblich]" (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 118). Nietzsche Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
falou muito de biologia. Heidegger faz, porém, todo possível para inocentá-lo do "biologismo" , a visão de que nossos conceitos e crenças básicos dependem da nossa natureza biológica. A vida no sentido nietzschiano tem a ver com "biografia" mais do que com "biologia" , vindo ambas do grego bios, "vida" (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 517 Cf. GA21 GA21
GA 21
GA XXI
GA21EN
GA21ES
Lógica. A pergunta pela verdade. / Logik. Die Frage nach der Wahrheit (Wintersemester 1925/1926), ed. Walter Biemel, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1995.
, 34, onde bios, como "existência humana" , é distinguida de zoe, como "vida biológica" ). Heidegger tem duas principais objeções ao biologismo. Em primeiro lugar, a biologia enquanto uma ciência não pode fundamentar a metafísica, já que se baseia na metafísica. O fato de que selecionamos entes que vivem como uma área para estudo e o modo como os estudamos dependem da nossa metafísica (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 524ss). Em segundo lugar, nossa liberdade implica que não somos determinados pela biologia. Nietzsche Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
sugere que nosso conhecimento e categorias enraízam-se na nossa biologia, que até mesmo o princípio de não-contradição é uma necessidade biológica: o homem precisa evitar a contradição para dominar o caos que o envolve; assim como a água-viva desenvolve e estende seus órgãos preênseis, também o animal "homem" usa a razão e seu órgão preênsil, o princípio de não-contradição, para encontrar seu lugar no meio-ambiente e sobreviver (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 593). Mas essa visão não procede. O homem não é biologicamente especializado, como o lagarto que ouve um farfalhar na grama mas não ouve um tiro próximo (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 244). Homens podem contradizer-se e de fato contradizem-se, tanto aberta quanto implicitamente: "não há compulsão" , mas "uma peculiar liberdade, que é talvez o solo não apenas da possibilidade da autocontradição, mas até mesmo o solo da necessidade de se evitar o princípio de não-contradição" (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 596; cf. 614). O conhecimento não pode ser explicado pela sua utilidade na "luta pela sobrevivência" , visto que algo só pode nos ser útil se já formos de um tal tipo que faz uso disso e/ou se pudermos discernir o uso apenas retrospectivamente do ponto de vista do conhecimento por ele supostamente explicado: "Mas um uso e a utilidade nunca podem ser o solo para a essência de uma atitude básica [Verhaltens], já que todo uso e toda atribuição de um propósito útil já estão postos a partir da perspectiva, sendo, portanto, sempre e unicamente a consequência de uma constituição essencial" (GA6T1 GA6
GA6T1
GA6T2
GA6-1
GA6-2
GA6PT
GA6T1PT
GA6T2PT
GA6ES
GA6T1ES
GA6T2ES
GA6T1EN
GA6T2EN
GA6T1FR
GA6T2FR
N I
N II
GA6.1 = NIETZSCHE I e GA6.2 = NIETZSCHE II
, 610).

Heidegger recusa sistematicamente as tentativas de explicar a conduta humana e as suas variações biologicamente, acreditando, com Kant Kant Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou. , que a nossa finitude humana é anterior ao nosso equipamento biológico (GA25 GA25
GA25EM
GA 25
GA XXV
PIKKRV
Phänomenologische Interpretation von Kants Kritik der reinen Vernunft (WS 1927-1928) [1977] — Interpretação fenomenológica da Crítica da Razão Pura de Kant
, 86s Cf. GA3 GA3
GA 3
GA III
GA3PT
GA3ES
GA3FR
GA3EN
Kant und das Problem der Metaphysik (1929), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1991. 2. Auflage 2010.
, 229), e, com Adam Smith, que a significação das diferenças intrinsecamente leves e insignificantes entre os homens dependem daquilo que fazemos delas (cf. RN, 14s). Para a reivindicação de que "A poesia é uma função biologicamente necessária dos povos" , ele replicou: "Assim como a digestão" (GA39 GA39
GA 39
GA XXXIX
GA39ES
GA39FR
GA39EN
Hölderlins Hymnen „Germanien“ und „Der Rhein“ (Wintersemester 1934/1935), ed. Susanne Ziegler, 1. Auflage 1980. 2., durchgesehene Auflage 1989. 3., unveränderte Auflage 1999
, 27). Ele também é avesso à ideia de que a filosofia deveria ser "relevante para a vida" , lebesnah (GA31 GA31
GA 31
GA XXXI
GA31EM
GA31MAC
GA31TS
Vom Wesen der menschlichen Freiheit. Einleitung in die Philosophie (SS 1930) [1982] — Da Essência da Liberdade Humana. Introdução à Filosofia.
, 35).


Leben (das): «vida». Una breve mirada a los índices de las primeras lecciones de juventud de Heidegger muestra la importancia del concepto de vida. A diferencia de los representantes de la filosofía de la vida (Nietzsche Nietzsche
Friedrich Nietzsche
FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)
, Simmel, Jaspers Jaspers
Karl Jaspers
KARL JASPERS (1883-1969)
, etcétera), Heidegger elabora un nuevo concepto de filosofía entendida como ciencia originaria de la vida. La intencionalidad (Intenionalität), la autosuficiencia (Selbstgenügsamkeit) y la significatividad (Bedeutsamkeit) son los tres elementos fundamentales que determinan la facticidad de la vida. La vida tiene una comprensión de su ser que la fenomenología hermenéutica debe explicitar conceptualmente por medio de los indicadores formales; en otras palabras, la filosofía emerge de la vida misma en su intento de autocomprenderse. Heidegger sustituye la indicación formal de «vida» primero por la noción de «yo-histórico», luego por la de «experiencia fáctica de la vida» y finalmente por la de «Dasein». Heidegger prefiere la expresión «Dasein» por dos razones: en primer lugar, porque «vida» es un concepto confuso y que puede ser reducido a vida meramente biológica y, en segundo lugar, porque Dasein expresa mejor que vida nuestra relación con el ser, un concepto que todavía no ocupa un lugar prominente en las primeras lecciones de Friburgo (1919-1923). [GA56/57, pp. 5, 21, 110, 116-117 (= histórico); GA58 GA58
GA 58
GA LVIII
WS 1919-1920
KNSWS 1919-1920
KNS
Kriegsnotsemester
Grundprobleme der Phänomenologie (WS 1919-1920) [1992] — Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1919-1920). KNS = Kriegsnotsemester
, pp. 1, 25, 29 (vida en sí), 30-31 (lenguaje de la vida), 32 (diversidad de la vida), 33 (carácter mundano de la vida), 34, 36 (autocomprensión de la vida), 41 (vida fáctica), 54, 59 (facticidad), 60 (autosuficiencia de la vida), 61-64 (caracteres fundamentales de la vida fáctica), 73, 78 (fenomenología), 82, 104-110 (experiencia fáctica de la vida), 117, 139, 144-145, 147-148, 150, 154 (psicología), 155-156, 158 (articulación de la vida), 159-160, 167 (método); AKJ [GA9 GA9
Wegmarken
GA9PT
GA9ES
GA9EN
CartaH
Wegmarken (1919–1961), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1996
], pp. 8, 14-15 (vida / existencia), 16 (vida = movimiento), 19, 23-24, 32 (experiencia fáctica de la vida); GA59 GA59
GA 59
GA LIX
SS 1920
Phänomenologie der Anschauung und Ausdrucks. Theorie der philosophischen Begriffsbildung (SS 1920) — Fenomenologia da Intuição e da Expressão
, pp. 13, 15 (fenómeno originario), 18, 21-23 (a priori de vida), 23 (vivencia), 36, 40 (= fenómeno originario), 70 (más que vida), 130, 136 (conciencia), 140-142 (actitud teorética), 143, 154 (Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. ), 156-157, 172-173 (dos significados); GA60 GA60
GA 60
GA LX
EMM
Phänomenologie des religiösen Lebens [1995]; Estudios sobre Mística Medieval. Tr. Jacobo Muñoz. México: Fondo de Cultura Económica, 1997.
, pp. 33 (histórica), 34 (fenomenología), 37, 48, 50 (historia), 53, 69, 99 (modo de vida), 105 (= inseguridad), 192-201 (beata vita), 205-210 (inquietud, vida fáctica), 241-246 (facticidad), 243-244, 249 (realización), 265, 298-299 (Agustín), 305-306 (vida religiosa), 309, 315 (trascendental); GA61 GA61
GA 61
GA LXI
GA61EPG
GA61JAE
GA61RR
WS 1921-1922
Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles: Einführung in die phänomenologische Forschung (WS 1921-1922) [1985]
, pp. 79-80, 83-84, 94, 100-101, 108, 116, 120, 130, 137, 151-153, 155, 163 (filosofía), 171-172, 178; NB NB GA19 - Natorp Bericht (Phänomenologische Interpretationen zu Aristoteles. Anzeige der hermeneutischen Situation) (Informe de 1922), en: Dilthey-Jahrbuch 6 (1989), pp. 237-274. Editado por Hans-Ulrich Lessing.

Hermeneutica de la vida humana. En torno al Informe Natorp de Martin Heidegger
, pp. 18, 19 (tendencia de la vida a la simplificación), 20, 22, 23 (tendencia a la caída de la vida), 25-26, 27 (interpretación del sentido de la vida), 28 (vida – intencionalidad), 31, 43, 44 46, 51; GA63 GA63
GA 63
GA LXIII
SS 1923
Ontologie. (Hermeneutik der Faktizität) (SS 1923) [1988] — Ontologia. Hermenêutica da Facticidade
, pp. 7 (fáctica), 16, 81 (fáctica), 86, 103 (cuidado); GA17 GA17
GA 17
GA XVII
GA17ES
GA17EN
Einführung in die phänomenologische Forschung (Wintersemester 1923/1924), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1994. 2., unveränderte Auflage 2006.
, pp. 2, 26 (ser en la posibilidad), 44, 51 (δύναμις [dynamis] - ἐνέργεια [energeia]), 105 (= tener el mundo), 274-275 (fenomenología de Husserl Husserl
Edmund Husserl
EDMUND HUSSERL (1859-1938)
); GA19 GA19
GA 19
GA XIX
GA19MAC
GA19RS
Platon: Sophistes (WS 1924-1925) [1992] — Platão: Sofista
, pp. 15-17 (ἀλήθεια [aletheia] como modo de ser de la vida); GA20 GA20
GA20ES
GA20EN
Prolegomena zur Geschichte des Zeitbegriffs (Sommersemester 1925), ed. Petra Jaeger, 1. Auflage 1979. 2., durchgesehene Auflage 1988. 3., durchgesehene Auflage 1994.
, pp. 19 (Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. ), 30 (Husserl Husserl
Edmund Husserl
EDMUND HUSSERL (1859-1938)
), 304; GA21 GA21
GA 21
GA XXI
GA21EN
GA21ES
Lógica. A pergunta pela verdade. / Logik. Die Frage nach der Wahrheit (Wintersemester 1925/1926), ed. Walter Biemel, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1995.
, pp. 92, 146 (comprensión atemática), 150; GA22 GA22
CFFA
GA 22
GA XXII
GAP
CFPA
BCAP
GA22RR
GA22GJ
GA22AB
GA22J
Grundbegriffe der antiken Philosophie (SS 1926) [1993] — Conceitos fundamentais da Filosofia Antiga — Traducción de Germán Jiménez, Buenos Aires, Waldhuter, 2014 — Translated by Richard Rojcewicz, Bloomington, Indiana University Press, 2008.
, pp. 173 (movimiento), 175, 179, 182-188 (ontología de la vida / Dasein), 184 (ψυχή [psyche], ζωή [zoe]), 185-188 (análisis de vida), 186 (poder ser), 188 (vida, Dasein), 312 (ζωή [zoe], βίος [bios]); GA24 GA24
GP
BP
PFF
GA 24
GA XXIV
GA24AH
GA24JFC
GA24MAC
GA24FR
GA24ES
GA24EN
GA24PT
Die Grundprobleme der Phänomenologie (Summer semester 1927), ed. F.-W. von Herrmann, 1975, 2nd edn. 1989, 3rd edn. 1997, X, 474p.
, p. 70 (psicología); GA2 GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, pp. 50, 194, 209 (Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. ), 247 (≠ existencia), 398 (Dilthey Dilthey WILHELM DILTHEY (1833-1911) foi para H uma figura central, dos anos de formação até a publicação de Ser e Tempo onde o §77 é uma homenagem solene. ), 401, 403 (filosofía de la vida).] [LHDF]