Página inicial > Glossário > Natur
Natur
terça-feira 4 de julho de 2023
Natur, nature, natureza, naturaleza
Una mirada a la ontología usual muestra que, junto con haber errado la constitución del Dasein que es el estar-en-el-mundo, se ha pasado por alto el fenómeno de la mundaneidad. En reemplazo suyo, se intenta interpretar el mundo a partir del ser del ente que está-ahí dentro del mundo y que, además, por lo pronto no está en absoluto descubierto, es decir, a partir de la naturaleza [1]. La naturaleza – comprendida en sentido ontológico-categorial – es un caso límite del ser del posible ente intramundano. El Dasein sólo puede descubrir al ente como naturaleza, en este sentido, en un modo determinado de su estar-en-el-mundo. Este conocimiento tiene el carácter de una determinada desmundanización [Entweltlichung] del mundo. La «naturaleza», como concepto categorial global de las estructuras de ser de un determinado ente que comparece dentro del mundo, jamás puede hacer comprensible la mundaneidad [2]. Asimismo, el fenómeno de la «naturaleza», tomado por ej. en el sentido del concepto de naturaleza del romanticismo, sólo es ontológicamente comprensible desde el concepto de mundo, es decir, desde la analítica del Dasein. [SZ
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
:65; STRivera:87]
When we say about a being that it is innerworldly—like nature, for example—this being still does not have the mode of being which comports itself toward a world; it does not have the mode of being of being-in-the-world. It has the mode of being of extantness, to which additionally the determination of innerworldliness can accrue when a Dasein exists which lets that being be encountered as innerworldly in Dasein’s being-in-the-world. Physical nature can only occur as innerworldly when world, i.e., Dasein, exists. This is not to say that nature cannot be in its own way, without occurring within a world, without the existence of a human Dasein and thus without world. It is only because nature is by itself extant that it can also encounter Dasein within a world. [GA25EM GA25
GA25EM
GA 25
GA XXV
PIKKRV Phänomenologische Interpretation von Kants Kritik der reinen Vernunft (WS 1927-1928) [1977] — Interpretação fenomenológica da Crítica da Razão Pura de Kant :14]
Nature is older than those ages [Zeiten] which are measured out to men and to peoples and to things. But nature is not older than “time” [Zeit], How could nature be older than “time”? As long as she remains “older than the ages,” she is, of course, “older,” therefore earlier, thus more original, thus precisely more timely than the “times” with which the sons of the earth calculate. “Nature” is the oldest time, and not at all “supertemporal” in the metaphysical sense, and definitely not “eternal” in the Christian sense. Nature is more temporal than “the ages,” because as the wonderfully all-present she has already bestowed on everything real the clearing in the open where everything real is first capable of appearing. Nature is prior to all actuality and all action, even prior to the gods. For she, “who is older than the ages,” is also “higher than the gods of Occident and Orient.” Nature is not by any means “above” the gods in an isolated domain of reality “above” them. Nature is higher than “the” gods. She, “the powerful,” is still capable of something other than the gods: as the clearing, in her everything can first be present. Hölderlin Hölderlin FRIEDRICH HÖLDERLIN (1770-1843). La poesía de Holderlin está sustentada por el destino y la determinación poética de poetizar propiamente la esencia de la poesía. Para nosotros, Holderlin es en sentido eminente el poeta del poeta. (GA39 p. 32) names nature the holy because she is “older than the ages and above the gods.” [GA4 GA4
GA 4
GA IV
EHD
EHP
GA4KH Erläuterungen zu Hölderlins Dichtung (1936-1968) [1981] — Elucidações sobre a poesia de Hölderlin :59]
VIDE: Natur
nature
natureza
naturaleza
NT: Nature (Natur), 9-11, 18, 25, 47 n. 2, 48, 60, 63, 65 + fn, 70-71, 89, 95, 98-100, 106, 112, 144-145, 152, 165, 179, 199, 211, 361-363, 377, 379, 388, 388 n. 9, 398-400, 401 (Yorck), 404, 412-413, 415, 417 n. 4, 418, 428 (Aristotle
Aristoteles
Aristote
Aristóteles
Aristotle
Para Heidegger, Aristóteles é com efeito toda a filosofia, por esta razão passou sua vida a situar, demarcar, mensurar, em resumo questionar em sua dimensão mesma de lugar, este lugar comum a toda humanidade.
); 429, 431, 432 n. 30, 434 (Hegel
Hegel
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831)
); thing of n., natural thing (Naturding), 48, 63, 99-100, 211; surrounding world of … (Umweltnatur), 71, 381, 413. See also Intelligibility (unintelligibility) [BTJS
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
]
Natur vem do latim natura, "nascimento, característica, ordem natural etc.", e esta, por sua vez, de nasci, "ser nascido, crescer, ser produzido", com seu particípio passado natus. O grego physis tem uma esfera de significados similar, e vem de phyein, "crescer, vir à luz etc." Heidegger insiste que a tradução latina de physis, assim como acontece com todas as palavras gregas importantes, destruiu sua força original (GA40 GA40
GA40PT
GA40EN
GA40FR
GA40ES Einführung in die Metaphysik (Sommersemester 1935), ed. Petra Jaeger, 1983. , 10s. Cf. GA54 GA54
GA 54
GA LIV
GA54PT
GA54EN
GA54ES Parmenides (Wintersemester 1942/1943), ed. Manfred S. Frings, 1. Auflage 1982. 2. Auflage 1992. , 57ss). Physis aparece ocasionalmente nas preleções iniciais. Os gregos consideravam o ser como "vigência e ser-simplesmente-dado [Anwesenheit und Vorhandenheit] da physis, no sentido mais amplo" (GA21 GA21
GA 21
GA XXI
GA21EN
GA21ES Lógica. A pergunta pela verdade. / Logik. Die Frage nach der Wahrheit (Wintersemester 1925/1926), ed. Walter Biemel, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1995. , 77). "Physis não é ‘natureza’; ela é […] ‘o que é espontaneamente’, o que subsiste em si mesmo" (GA22 GA22
CFFA
GA 22
GA XXII
GAP
CFPA
BCAP
GA22RR
GA22GJ
GA22AB
GA22J Grundbegriffe der antiken Philosophie (SS 1926) [1993] — Conceitos fundamentais da Filosofia Antiga — Traducción de Germán Jiménez, Buenos Aires, Waldhuter, 2014 — Translated by Richard Rojcewicz, Bloomington, Indiana University Press, 2008. , 287). O termo não aparece todavia em SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972 , e apenas mais tarde torna-se proeminente.
Nas primeiras preleções e em SZ
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, Natur opõe-se, com frequência, à "história", como o reino das ciências naturais em contraste com o das "ciências humanas" ou "do espírito" (Geisteswissenschaften) (GA20
GA20
GA20ES
GA20EN
Prolegomena zur Geschichte des Zeitbegriffs (Sommersemester 1925), ed. Petra Jaeger, 1. Auflage 1979. 2., durchgesehene Auflage 1988. 3., durchgesehene Auflage 1994.
, 1). Contrasta, também com a "graça" ou o "sobrenatural", com a "arte", e com o "espírito" (GA7
GA7
GA 7
GA VII
GA7PT
GA7FR
GA7ES
Vorträge und Aufsätze (1936–1953), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 2000. — Ensaios e conferências
, 237). Que Natur contraste com outros campos é um de seus defeitos. Ela não representa uma visão original, não contaminada do(s) ente(s), mas um reino específico de entes, demarcado com vistas a uma concepção prévia dos entes enquanto tais, anterior a qualquer demarcação deste tipo. E esta concepção original dos entes que Heidegger quer desvelar, penetrando além das subsequentes linhas de demarcação. Há dois sentidos importantes de Natur. 1. a natureza tal como é circunvisualmente descoberta nas nossas lidas cotidianas com as coisas; 2. a natureza tal como conhecida teoricamente pelas ciências naturais (GA21
GA21
GA 21
GA XXI
GA21EN
GA21ES
Lógica. A pergunta pela verdade. / Logik. Die Frage nach der Wahrheit (Wintersemester 1925/1926), ed. Walter Biemel, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1995.
, 314; SZ
GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
, 65). Estes sentidos não são idênticos. Uma casa não é uma parte da natureza no sentido 1, embora as árvores no jardim e os marimbondos no sótão possam ser. Para o físico, a casa é uma parte da natureza tanto quanto as árvores e os marimbondos, embora não sejam considerados como uma casa, árvores e marimbondos. Posteriormente, a natureza no sentido 1 torna-se terra. [DH
Inwood
DH
Michael Inwood / Dicionário Heidegger
]
Uma primeira abordagem consistiria em afirmar que os Gregos conceberam a φύσις [physis] pelo modelo da natureza. Ter-se-iam entregue, num primeiro tempo, a uma observação dos processos naturais, e por abstração e generalização é que a φύσις teria sido separada do seu domínio de origem para ser depois aplicada à totalidade dos entes. Isto conduziria a duas consequências igualmente necessárias: por um lado, o que os Gregos chamavam φύσις não seria mais do que «a generalização da experiência ingênua (considerada hoje como ingênua) do desabrochar dos germes e das flores, e do nascer do sol» [GA55 GA55
GA 55
GA LV
GA55MS
GA55AE Heraklit. 1. Der Anfang abendländischen Denkens (Heraklit) (1943) 2. Logik. Heraklits Lehre vom Logos (SS 1944) [1979] :89]; por outro lado e em consequência disso, sendo a natureza o reino dos processos materiais, e sendo a φύσις, como conceito grego fundamental para o ente na sua totalidade, derivada dela, o primeiro pensamento grego seria uma «filosofia da natureza» [Naturwissenschaft], «uma representação de todas as coisas segundo a qual elas são de uma natureza propriamente material» [GA40 GA40
GA40PT
GA40EN
GA40FR
GA40ES Einführung in die Metaphysik (Sommersemester 1935), ed. Petra Jaeger, 1983. :12]. Filosofia certamente um pouco primitiva, mas que devíamos contudo honrar pela precocidade com que colocou os primeiros marcos do naturalismo, e até do materialismo moderno. [MZHPO MZHPO