O parágrafo 43 de Ser e Tempo retoma a problemática tradicional em torno do debate idealismo-realismo. Na seção 43a, o foco está no problema da existência do mundo externo, o que equivale a levantar a questão do ceticismo epistemológico. E na seção 43c, é abordado o problema ontológico da extensão em que o mundo depende da nossa experiência dele. Aqui nos deparamos com o problema do mentalismo. Em ambos os casos, Heidegger dissolve esses problemas ao mostrar sua inconsistência ontológica. (…)
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Kenntnis / Erkenntnis / Erkennen …
Kenntnis / connaissance / conhecimento / Erkenntnis / connaissance théorique / conhecimento teórico / knowledge / Erkennen / knowing / Erkenntnistheorie / théorie de la connaissance / teoria do conhecimento / epistemology / Kenntnisnahme / prise de connaissance / tomada-de-conhecimento / taking notice / Sichkennen / se-connaître mutuellement / Weltkenntnis / connaissance mondaine / conhecimento mundano / Unkenntnis / ignorance / não conhecimento / desconhecimento / Auskennen / familiarizado / Auskenntnis / knowing-the-way-around / Sich-Auskennen / know-how / perícia / expertise
Soit connaissance acquise, soit, le plus souvent (par opp. à Erkenntnis = connaissance théorique) une connaissance « mondaine »; cf. la Weltkenntnis du début de l’Anthropologie de Kant Kant Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou. .
Au lieu de se demander comment un "sujet" peut sortir de soi pour entrer en relation avec un "objet" extérieur, le problème devient celui de décrire l’attitude cognitive comme modalité particulière de l’être-au-monde. [Greisch Greisch
Jean Greisch JEAN GREISCH (1942) ]
KENNTNIS E DERIVADOS
Matérias
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Escudero (2016) – Ceticismo epistemológico e antimentalismo
16 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro -
Percepção psicológica e conhecimento pessoal
18 de março, por Cardoso de Castro(RMAP:200-203)
[…] preencher com conteúdo fenomenológico os dois aspectos que a meditação de ontem nos indicou como características da realidade pessoal: a subjetividade e a individualidade essencial.
De fato, se essas duas categorias abarcam respectivamente, por assim dizer, a aparência e a essência, o rosto e a alma do que somos, elas devem conter o alfa e o ômega de um percurso de conhecimento pessoal: o dado inicial, o de um "encontro", e o termo ideal do "percurso". Em suma, o dado (…) -
Teoria do conhecimento de Scheler
7 de abril, por Cardoso de CastroBochenski1962
Existem no homem três espécies de saber. A primeira é o saber indutivo das ciências positivas. Baseia-se no instinto de dominação e nunca chega a leis compulsivas. Seu objeto é a realidade. Scheler admite a existência da realidade, mas afirma com Dilthey que um ser puramente cognoscente não teria realidade, porque a realidade é aquilo que opõe resistência a nosso esforço. O choque com essa resistência prova a existência do real.
A segunda espécie de saber é o saber da (…) -
Être et temps :§ 31. Le Da-sein comme comprendre.
11 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’affection est une des structures existentiales où se tient l’être du « Là ». Or cet être, cooriginairement avec elle, est constitué par le comprendre. L’affection a à chaque fois sa compréhension, ne serait-ce que tandis qu’elle la réprime. Le comprendre est toujours in-toné. [143] Si (…) -
GA58:104-110 – La significatividad como carácter de realidad de la vida fáctica
30 de maio de 2023, por Cardoso de CastroVivo siempre atrapado por la significatividad γ cada significatividad está rodeada por nuevas significatividades: horizontes de ocupación, implicación, valoración y destino.
Francisco de Lara
Aquello de lo que tengo experiencia es fácticamente real, existe. ¿Cuál es el sentido de esta «existencia»? Si deseamos responder esta pregunta [116] debemos apartar todo lo relativo al concepto de existencia y toda las pruebas y explicaciones epistemológicas; se trata de llegar a ver el sentido (…) -
GA20: § 20. O conhecimento como modo derivado do ser-em do estar-aí
30 de janeiro de 2023, por Cardoso de CastroTraducción de Jaime Aspiunza
Desde cedo a relação do estar-aí com o mundo foi primariamente determinada a partir dos modos de ser do conhecimento, ou, como se diz, o que, entretanto, não se cobre com a primeira expressão usada, a "relação do sujeito com o objeto" foi primeiramente concebida primariamente como "relação cognoscitiva" e então foi incorporada posteriormente uma assim chamada "relação prática". Mesmo que fosse viável conceber este modo de ser como o modo primário, no sentido (…) -
Empatia em sentido amplo e vias do conhecimento pessoal
18 de março, por Cardoso de Castro(RMAP:214-217)
Compreender uma personalidade que viveu em outros tempos através dos vestígios que restaram, por exemplo. Certamente, não é apenas a empatia que está em jogo nesse caso – há também um grande trabalho de hipóteses e indução. No entanto, se não houver uma espécie de intuição empática básica, talvez falte o essencial para a reconstrução de uma vida e de seu "espírito". Esta é a lição que muitos grandes historiadores e todos os grandes biógrafos nos dão. A percepção psicológica (…) -
Nietzsche (A:432) – o conhecimento está ao fim de caminhos múltiplos
7 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro[tabby title="Paulo César de Souza"]
432. Investigadores e experimentadores. — Não existe um método da ciência que seja o único a levar ao saber! Temos que lidar experimentalmente com as coisas, sendo ora maus, ora bons para com elas e agindo sucessivamente com justiça, paixão e frieza em relação a elas. Esse homem dirige-se às coisas como policial, aquele como confessor, um terceiro como andarilho e curioso. Ora com simpatia, ora com violência se arrancará algo delas; a reverência ante os (…) -
Caron (2005:104) – Descobrir a horizontalidade desse horizonte que todo conhecimento postula consigo mesmo (Caron)
19 de abril, por Cardoso de CastroCaron2005
Em 1922, por exemplo, vemos o desejo muito explícito de estabelecer essa visibilidade, que Husserl afirma ser um princípio impensado da exegese, e a determinação de descobrir o campo de possibilidade de qualquer tentativa de exegese ou interpretação em si mesma: “Toda interpretação tem, dependendo de seu campo de realidade e de sua pretensão de conhecimento, 1) um ponto de vista, mais ou menos expressamente apropriado e fixado, e 2) uma perspectiva subsequente, na qual são (…) -
Agamben (IH:27) – experiência e conhecimento
18 de março de 2022, por Cardoso de CastroInfanzia e storia. Distruzione dell’esperienza e origine della storia
Burigo (excerto)
É nesta separação de experiência e ciência que devemos ver o sentido — nada abstruso, mas extremamente concreto — das disputas que dividiram os intérpretes do aristotelismo da antiguidade tardia e medieval a propósito da unicidade e da separação do intelecto e sua comunicação com os sujeitos da experiência. Inteligência (noûs) e alma (psyche) não são, de fato, para o pensamento antigo (e — pelo menos (…) -
GA27:196-197 – Conhecimento Científico
20 de novembro de 2024, por Cardoso de Castroc) A positividade [Positivität] da ciência. O projeto prévio, não-objetivo, demarcador do campo da constituição de ser [Der vorgängige, ungegenständliche, feldabsteckende Entwurf der Seinsverfassung]
Agora, porém, é importante ver que com esse projeto não apenas o ser do ente é determinado de antemão de maneira diversa, mas que, nesse e com esse projeto do ser, é delimitado e demarcado um campo ôntico. Pois, com isso, é decidido desde o princípio o que pertence ao campo denominado (…) -
Être et temps : § 58. Compréhension de l’ad-vocation et dette
1º de julho de 2023, por Cardoso de Castro§58 A este apelo o que responde o Dasein? O apelo, dissemos, procura retirar este último da sua dispersão no Nós e reuni-lo numa totalidade articulada. Ele não diz nada, não dá qualquer acontecimento a conhecer: ele apenas desvela ao Dasein o seu poder-ser fundamental. É por isso que não temos de nos interrogar sobre o que o apelo «diz». Basta constatar que ele «acusa»: «o apelo acusa o Dasein de estar em falta». Que há «falta» (Schuld), todas as doutrinas morais o testemunham. Mas elas (…)
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Léon Chestov - Les sources de la connaissance
8 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroSi Éros est la source de la connaissance suprême, c’est aux éclairs, aux illuminations soudaines que nous devons certainement accorder notre confiance. Ainsi faisaient les anciens, tandis que les modernes s’appuyant sur les sciences exactes exigent, eux, l’unité de la connaissance. La théorie des idées chez Platon n’est une théorie que de nom. Elle n’est que très faiblement liée à ces buts derniers et les mythes lui sont plus chers que les « conclusions rationnelles », et pourtant c’est pour (…)
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Beistegui (2022:21-22) – estupidez e ignorância
7 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroA Universidade de Warwick, onde lecionei por muitos anos, é protegida por uma grande escultura de aço inoxidável retorcido de Richard Deacon. Como uma criatura mitológica, ela adverte os transeuntes com as palavras “Let’s Not Be Stupid” (Não sejamos estúpidos). Como, você se pergunta, devo interpretar esse título desconcertante: como um aviso, um convite bem-humorado, uma provocação, uma exortação? Desde a Academia de Platão, as instituições acadêmicas têm se dedicado à busca do conhecimento (…)
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Carneiro Leão (1991:11-20) – Fé, Pensamento e Conhecimento
11 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroCARNEIRO LEÃO, Emmanuel, Aprendendo a pensar. Volume II. Petrópolis: Vozes, 1991, p. 11-20
Fé, Pensamento e Conhecimento são três modalidades existenciais que se excluem mutuamente, mas que “a loucura da Cruz” reuniu historicamente. De per si, não há homogeneidade, continuação ou passagem possível entre o Conhecimento que define a Ciência, ou o Pensamento que dá vida à Filosofia, e a Fé em que se funda a Contemplação. Toda contaminação de uma pela outra arruína todas as três. Embora (…) -
Rorty (2009) – investigações dos fundamentos do conhecimento
12 de março, por Cardoso de Castro(Rorty2009)
É a noção de que a atividade humana (e a inquirição, a busca de conhecimento, em particular) tem lugar dentro de um quadro que pode ser isolado previamente à conclusão da inquirição — um conjunto de pressuposições que podem ser descobertas a priori — que liga a filosofia contemporânea à tradição Descartes-Locke-Kant. Pois a noção de que existe tal quadro somente faz sentido se pensamos nele como imposto pela natureza do sujeito conhecedor, pela natureza de suas faculdades ou (…) -
Être et temps : § 81. L’intratemporalité et la genèse du concept vulgaire de temps.
17 de julho de 2014, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Comment quelque chose comme le « temps » se montre-t-il de prime abord à la préoccupation quotidienne, circon-specte ? Dans quel usage préoccupé, dans quel emploi d’outils le temps devient-il expressément accessible ? S’il est vrai qu’avec l’ouverture du monde, du temps est publié, et (…) -
Fink (1966a:158-161) – alegoria da caverna
3 de junho de 2023, por Cardoso de CastroPara una interpretación fenomenológica, la caverna viene a ser la imagen de la permanente situación del hombre en el mundo. Siempre nos hallamos atados hasta la inmovilidad por la fascinación de una potente tradición de “prejuicios” que nos mantienen de espaldas a lo realmente existente y nos vuelven hacia el mundo de las “sombras", las de nosotros mismos y de las cosas.
Raúl Iturrino Montes
Pero la situación paradójica de la filosofía fenomenología de Husserl se deja simbolizar por (…) -
Être et temps : §67-. La réalité fondamentale de la constitution existentiale du Dasein et la pré-esquisse de son interprétation temporelle.
17 de julho de 2014, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
L’analyse préparatoire a rendu accessible une multiplicité de phénomènes, qui, à quelque degré qu’il se concentre sur la totalité structurelle fondative du souci, ne doit pas échapper au regard phénoménologique. En tant qu’elle est articulée, la totalité originaire de la constitution du (…) -
Frank (Être:i-xiv) – La connaissance et l’être (avant-propos)
29 de agosto de 2014, por Cardoso de CastroExtrait de « La connaissance et l’être », par Simon Frank. Traduit du russe par Kaffi, Oldenbourg et Fedotoff. Fernand Aubier, 1937.
En présentant aujourd’hui à nos lecteurs, comme douzième ouvrage de cette collection, une oeuvre d’un des plus importants parmi les philosophes russes de ce temps, La Connaissance et l’Être, de Simon Frank, c’est encore une traduction que nous leur demandons d’accueillir.
Nul de nos amis ne s’étonnera que notre collection ait compté jusqu’ici beaucoup (…)
Notas
- Agamben (2001:II) – intelecto e psique
- Alain: Cette pensée de plusieurs est-elle elle-même plusieurs ?
- Alain: Que serait le monde sans les idées ?
- Allard l’Olivier (IC:37-38) – raiz VID = FID = ID (ver, saber, aparecer)
- Betanzos (FBPL:83-91) – citações de Baader (conhecimento, fé e revelação)
- Birault (1978:11-12) – presença, An-wesen, παρουσία
- Buzzi – A ciência é uma expressão de conhecimento do ser
- Buzzi – O que é o "conhecimento científico"?
- Carneiro Leão (1977:18-19) – desejo de saber
- Carneiro Leão (1991:106-107) – A técnica moderna é …
- Crisp (2004:viii-ix) – virtude moral consiste em conhecimento
- Deleuze (EFP:29-31) – a lei moral não traz conhecimento
- Dreyfus (1991:5) – cognitivismo
- Dufour-Kowalska (1996:34) – imaginação
- Emmanuel LEVINAS, « L’intuition »
- Eudoro de Sousa (2002:166-167) – Teoria dramática do conhecimento
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- GA18:19-21 – ζωον λόγον εχον
- GA18:213-214 – poiesis (ποίησις)
- GA18:28-29 – a alma é οὐσία
- GA18:299-300 – δύναμις
- GA18:89 – telos (τέλος) e teleion (τέλειον)
- GA19:59-60 – νοῦς e διανοεῖν
- GA19:69-70 – mathematika (μαθηματικά)
- GA20:45-46 – representação [Vorstellung]
- GA26:83-84 – conhecimento adequado
- GA27:12 – gnothi seauton
- GA27:44-45 – Ciência e verdade — adaequatio intellectus ad rem
- GA27:5-6 – ser-aí e filosofar
- GA29-30:305-306 – relação ser humano a ser humano
- GA3:26-27 – intuição
- GA6T1:176-177 – concepção de conhecimento do platonismo
- GA6T1:341-342 – o morto e o vivente
- GA7:14 – τέχνη e έπιστήμη
- GA89 (2021:810) – objetificação da natureza
- GA89 (2021:810, 812) – objeto
- GA89 (2021:811-812) – método científico
- Gilvan Fogel (2005:171-172) – vertentes de conhecimento
- Gilvan Fogel (2005:18-19) – essência
- Gilvan Fogel (2005:60-61) – cálculo
- Graham Harman (2002:83-84) – a teoria des-munda
- Graham Harman (2002:86) – Stimmung - Befindlichkeit
- Hegel (FE) – temor de errar
- Heidegger: L’« enchaînement de la vie »
- Heidegger: La question de la « vie »
- Husserl (Ideias:§24) – princípio de todos os princípios
- Jean-Louis Chrétien (2014) – esquecimento
- Jean-Louis Chrétien (2014) – o “sempre já” é o do esquecimento
- Luijpen (1973:100-101) – Exclusão do "problema critico" ?
- Manfredo Araújo de Oliveira (2012) – rompimento com a epistemologização
- Maritain: Inutile et nécessaire Métaphysique !
- Masson-Oursel: « Positivité » de la métaphysique ?
- Platon: Ainsi parlait… Calliclès !
- Platon: Les philosophes : Beaux parleurs ?… ou vrais penseurs ?
- Plotin: connaissance de soi
- Sartre (Husserl) – filosofia digestiva
- SZ:123-124 – Mitsein mit Anderen / ser-com com outros