STOKES, Patrick. The Naked Self. Kierkegaard and Personal Identity. Oxford: Oxford University Press, 2015, p. 13-14
nossa tradução
As articulações de Kierkegaard sobre a individualidade [selfhood] são completamente não substancialistas. De fato, desde o início, o pseudônimo de Kierkegaard, o juiz William, rejeita ativamente a noção de si mesmo como uma substância à qual quaisquer predicados psicológicos poderiam ser atribuídos sem comprometer sua identidade, como se um indivíduo (…)
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Fenomenologia
Alguns filósofos modernos da Fenomenologia, anteriores e posteriores a Heidegger, referenciados ou não por Heidegger, ou que dialogam com ele.
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Kierkegaard: o "si mesmo"
19 de janeiro de 2020, por Cardoso de Castro -
Arendt (Free) – revolução e liberdade
9 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroDuarte
A palavra “revolução”, como qualquer outro termo de nosso vocabulário político, pode ser utilizada em um sentido genérico, sem levarmos em conta a sua origem e o momento temporal em que foi aplicada pela primeira vez a um fenômeno político específico. A suposição de tal utilização é que, não importa quando e por que o termo apareceu pela primeira vez, o fenômeno ao qual ele se refere é coetâneo da memória humana. A tentação de utilizar a palavra em termos genéricos é especialmente (…) -
Caeiro (2015:10-11) – ação (agir) e produção (fazer)
5 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tr. António Caeiro. Lisboa: Quetzal, 2015, p. 10-11.
As acções têm, assim, o seu princípio de ser no Humano enquanto tal. Sem o elemento Humano não há acção. É o próprio Humano que é causa eficiente enquanto motivação da acção. E é também o Humano a causa final da acção, o terminus ad quem de todo e qualquer encaminhamento prático. O modelo aristotélico do pensamento da acção é o da produção. Sem dúvida que agir (agere) é diferente de produzir (facere). Pode (…) -
Graham Harman (2002:1-2) – ontologia orientada a objetos
1º de janeiro de 2020, por Cardoso de Castronossa tradução
Este livro começa com um comentário pouco ortodoxo sobre o pensamento de Martin Heidegger e termina com um esboço do que será chamado de "filosofia orientada a objetos". Definir esta frase e mostrar como ela surge inevitavelmente a partir dos insights básicos de Heidegger é uma tarefa que é melhor deixar para o corpo do livro. Mas uma breve visualização pode ser do interesse do leitor.
A chave do meu argumento está em uma nova leitura da famosa análise-da-ferramenta em Ser (…) -
Arendt (LM2:17-18) – onde estamos quando pensamos?
1º de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroJoão Duarte
Concluí o primeiro volume de A vida do Espírito com certas especulações sobre o tempo. Isso era uma tentativa para clarificar uma questão muito antiga, levantada pela primeira vez por Platão, mas nunca respondida por ele: onde é o topos noetos, a região do espírito em que o filósofo habita? Reformulei esta pergunta no decurso da investigação para a seguinte: Onde estamos quando pensamos? Para onde nos afastamos quando nos alheamos do mundo das aparências, cessamos todas as (…) -
Kierkegaard: "eu" - o voltar-se da relação sobre si mesma
30 de dezembro de 2019, por Cardoso de CastroVersões do início do primeiro capítulo do "Tratado do Desespero" de Kierkegaard
Xavier de Melo Carneiro
’’KIERKEGAARD, Soeren. Tratado do Desespero. Introdução e Tradução de José Xavier de Melo Carneiro. Brasília: Coordenada-Editora de Brasília, 1969, p. 43-44.’’
Doença do espírito, do eu, o desespero pode assumir três figuras: o desesperado inconsciente de ter um eu (o que não é verdadeiro desespero); o desesperado que não quer ser ele mesmo e o desesperado que quer sê-lo.
O homem (…) -
McNeill: êthos
21 de dezembro de 2019, por Cardoso de CastroMCNEILL, William. The Time of Life. Heidegger and Êthos. New York: State University of New York Press, 2006
Este livro talvez seja a melhor reflexão sobre a questão da ética na trama do pensamento de Heidegger.
nossa tradução
O Capítulo 2, "Cuidado consigo mesmo: ética original em Heidegger e Foucault", tenta, por meio de um diálogo entre Heidegger e Foucault, abrir a dimensão ontológica da ética no trabalho de ambos os filósofos em termos da relação ontológica com si mesmo, (…) -
Dreyfus & Taylor (2015:1-4) – sujeito-objeto
16 de dezembro de 2019, por Cardoso de CastroNossa tradução
“UMA IMAGEM NOS MANTÉM CATIVOS” (Ein Bild hielt uns gefangen). É o que Wittgenstein fala no parágrafo 115 das Investigações Filosóficas. O que ele se refere é a poderosa imagem da mente-no-mundo que habita e subjaz ao que poderíamos chamar de moderna tradição epistemológica, que começa com Descartes. O ponto que ele quer transmitir com o uso da palavra “imagem” (Bild) é que há algo aqui diferente e mais profundo do que uma teoria. É um entendimento de fundo amplamente não (…) -
Arendt (LM2:96-97) – educação moral = educação da vontade
4 de dezembro de 2019, por Cardoso de CastroAbranches et alii
John Stuart Mill, ao examinar a questão da vontade livre, sugere que “a confusão de ideias”, comum nessa área da filosofia, “tem de… ser muito natural para o espírito humano”, e descreve — de maneira menos vivida e também menos precisa, mas com palavras estranhamente semelhantes àquelas que acabamos de ouvir — os conflitos a que está sujeito o ego volitivo. É errado, insiste, descrevê-los como se “ocorressem entre mim e alguma força estranha, a qual conquisto ou pela qual (…) -
Haar: o apelo da consciência
12 de julho de 2019, por Cardoso de CastroExcerto de HAAR, Michel. Heidegger e a Essência do Homem. Lisboa: Instituto Piaget, 1997, p. 47-49.
Alves
Heidegger parte da «voz da consciência» (Stimme des Gewissens) como de um dado de facto pertencente à «auto-interpretação quotidiana do Dasein». É necessário evitar estabelecer aqui uma equivalência rápida entre Gewissen e a consciência moral, como faz a «tradução» Vezin. Pois a Gewissen é precisamente posta em relação com o estar-em-dívida e é considerada como «condição de (…)