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The Kyoto school
Carter (2013) – Nishida: a experiência pura como fundamento
An introduction
- A experiência pura como fundamento da metafísica de Nishida e a identidade do poder unificador no sujeito e no cosmos
- A experiência pura sendo o alicerce da metafísica de Nishida, seu relato mais sistemático da realidade, caracterizada como uma unidade que pode ser complexa, sempre ocorrendo no presente e podendo estender-se como uma unidade por um lapso de tempo
- A natureza da experiência pura sendo anterior à distinção sujeito/objeto e à divisão da consciência nos aspectos de conhecer, sentir e querer
- Esta unidade sendo o eu consciente em seu ponto de partida básico, mas também formando a estrutura básica de toda a realidade
- A identidade dos fenômenos material e espiritual do ponto de vista da experiência pura, levando à manutenção por Nishida de que as duas funções unificadoras devem ser, em última análise, do mesmo tipo
- O poder unificador na fundação do pensar e do querer (o mundo do sujeito) sendo "diretamente idêntico" ao poder unificador nos fenômenos do cosmos (o mundo dos objetos)
- O princípio de unidade estendendo-se por todo o universo, sendo o macrocosmo refletido no microcosmo e vice-versa, e sendo este princípio que gera tanto as coisas mentais quanto as materiais
- A experiência pura como noção raiz e acesso à realidade última
- A experiência pura sendo vista como a noção raiz, presente em todo o desenvolvimento do pensamento de Nishida, e nosso acesso ao que é real
- A experiência pura revelando o "eu profundo" (ou verdadeiro) e a profundidade de todos os elementos apreendidos, como árvores e rochas, que são compreendidos em uma plenitude mais robusta do que pela percepção abstrata
- A capacidade de o eu livre do ego compreender a realidade última, que se manifesta como tudo o que é, tem sido ou será
- A percepção ordinária raramente rompendo com os hábitos de expectativa, o que torna a riqueza de ver as coisas como se fosse pela primeira vez quase impossível
- A primazia da experiência sobre o indivíduo e a crítica de Nishida às doutrinas metafísicas
- A realização por Nishida de que não é a experiência que existe porque há um indivíduo, mas que "um indivíduo existe porque há experiência"
- A experiência do indivíduo sendo simplesmente uma pequena e distintiva esfera de experiência limitada dentro da verdadeira experiência
- A recusa de Nishida em ser classificado como materialista ou idealista, visto que, da perspectiva da experiência pura, não há fatos independentes e autossuficientes, exceto os fenômenos da consciência
- A posição de que a "verdadeira realidade não é um fenômeno de consciência nem um fenômeno material," sendo um mal-entendido supor que fenômenos da consciência sejam "verdadeira realidade"
- O artista como revelador da realidade e o caráter transindividual da experiência direta
- O artista, e não o estudioso, chegando à verdadeira natureza da realidade, porque a realidade é sempre realidade para a consciência, e a consciência inclui sempre o sentir e o querer
- O artista, para criar, devendo estar totalmente engajado em um evento criativo através do conhecer, sentir e querer, sem se preocupar com a subjetividade ou a objetividade
- A consciência do artista de que a realidade artística "é uma sucessão de eventos que fluem sem parar"
- A experiência pura ou direta sendo a porta de entrada para a realidade, e sendo anterior a todas as distinções, incluindo a distinção entre aquele que vê e o que é visto, e as distinções de eu, outro, coisa, interno ou externo
- A experiência direta indo além do indivíduo, sendo fundamentalmente transindividual
- A estratégia filosófica de Nishida sendo a de apreender a realidade através da experiência pura, em vez de através da experiência já estruturada por um sujeito olhando para objetos identificáveis e dualisticamente separados, ou por meio de dedução racional ou indução empírica
- O caminho para a realidade sendo o de voltar, ao princípio, à experiência na sua forma mais pura
- As duas acepções de intuição de Nishida: Intelectual e de Ação
- O termo intuição sendo usado por Nishida de duas maneiras principais: "intuição intelectual" e "intuição de ação," além do uso kantiano de percepção sensorial
- A "intuição intelectual" sendo uma consciência estritamente unificada e um ver direto, não uma forma de percepção sensorial, mas uma apreensão de objetos "ideais," como a "unidade" subjacente a toda a consciência
- A intuição intelectual sendo um alargamento ou aprofundamento da experiência pura, e por não ser lógica nem inferencial, tendo sido sugerida a designação de "intuição criativa"
- A intuição intelectual estando relacionada com a inspiração, um ver imediato de uma conclusão correta sem cálculo de qualquer forma, e sendo um estado de consciência que transcendeu a distinção sujeito/objeto
- A unidade apreendida pela intuição intelectual subjazendo a toda outra experiência
- A "intuição de ação," um traço da obra posterior de Nishida, enfatizando que agimos no e sobre o mundo, e não apenas o contemplamos
- A intuição de ação envolvendo o corpo no modo de ver e atuar da consciência, referindo-se ao nosso engajamento com o mundo histórico e físico, e unindo teoria e prática
- A não existência de espaço entre o conhecer e o fazer na intuição de ação
- Os modelos de intuição de ação, como o mestre pintor ou o mestre espadachim, agindo sem ter de deliberar, com uma integração tal que não há momento intervir discernível entre o ver e o atuar, restando apenas o ver-como-agir sem costuras no instante aqui-e-agora
Ver online : Escola de Kyoto
CARTER, Robert Edgar. The Kyoto school: an introduction. Albany (N.Y.): State university of New York press, 2013