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Às coisas, elas mesmas
Porque o deus é, como deus, aquele que vê e aquele que como quem emerge para a presença, θεάων, o deus é ο δαίων – δαίμων, aquele que no ver se apresenta, ele mesmo, como o descoberto.
Deinon é o terrível no sentido do vigor predominante (überwaeltigendes Walten), que provoca, simultaneamente e de modo igual, tanto o terror do pânico, a verdadeira angústia, como o temor concentrado, quieto, que vibra em si mesmo. […] Outra vez, deinon significa o vigoroso no sentido daquele que usa o vigor da violência. [GA40:158-159]
b) The inadequacy of the juridical-moral meanings of δίκη, τίσις, and ἀδικία; c) ἀδικία as noncompliance, δίκη as compliance [GA35]
A duplicidade do ὄν designa tanto o presente como o estar-presente. Designa ambos simultaneamente e nenhum deles enquanto tal. A esta duplicidade essencial do ὄν corresponde que ο νοεῖν do εἶναι, do ἐόν, co-pertence à δόξα dos δοκοὔντα, quer dizer, dos ἐόντα. O que o νοεῖν percebe não é o deveras ente, disitinguindo-se da mera aparência. Pelo contrário, a δόξα percebe ela mesma imediatamente o que-está-presente, mas não o estar-presente do presente, cujo estar-presente ο νοεῖν percebe. [GA5]
Δύναμις significa a capacidade, ou melhor, a aptidão para. A madeira presente na oficina está apta para uma “mesa”; mas a madeira não possui o caráter dessa aptidão para uma mesa, mas apenas como esse algo escolhido e talhado para isso. Escolha e talhe, porém, isto é, o caráter de aptidão, determinam-se a partir da “produção” do que “deve ser produzido”. Mas produzir, pensado de forma grega e de acordo com a força nomeadora de nossa palavra alemã, significa: trazer de lá para a presença, como algo pronto, como algo que possui tal ou tal aspecto. [GA9]